Lira decide rumo das CPIs com destaque para manipulação de jogos e MST
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Presidente da Câmara deve estender CPI de Manipulação de Jogos e encerrar CPIs das Americanas e MST, com incertezas sobre resultados
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247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tomará decisões cruciais nesta terça-feira (12) em relação ao destino de três das quatro Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em funcionamento na Casa. De acordo com reportagem do jornal O Globo, enquanto a CPI que investiga a manipulação de jogos no futebol brasileiro deve ver seu prazo estendido em até 60 dias, as CPIs das Americanas e do Movimento Sem Terra (MST) não devem ser prorrogadas.Com seus prazos de conclusão se aproximando, as duas últimas comissões devem encerrar suas atividades até quinta-feira (14), mesmo diante de críticas de parlamentares tanto da base governista quanto da oposição, que defendem uma prorrogação das investigações.A CPI da Manipulação de Resultados em Partidas de Futebol ainda espera o depoimento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Santos, agendado para o próximo dia 20, por meio de convite. A CPI confia em uma prorrogação do prazo e busca um acordo para que Santos compareça voluntariamente, evitando uma convocação formal. Seu testemunho é considerado fundamental para o relatório final, uma vez que ele deve abordar suspeitas de manipulação de resultados transmitidas à CBF por uma empresa de consultoria.Em contrapartida, a CPI do MST, que já foi vista como uma potencial ameaça ao governo, deve ser encerrada sem revelações impactantes sobre a atuação de políticos da base no Movimento Sem Terra. Com a saída de parlamentares oposicionistas de partidos de Centro do colegiado, como Republicanos, União Brasil e PP, a maioria das cadeiras agora é ocupada por membros que não incomodam os governistas. Mesmo o relatório final da CPI não tem garantia de aprovação no plenário.A CPI das Americanas também não deve ver sua prorrogação. O relatório final, elaborado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), afirma que não é possível identificar os autores de uma fraude contábil bilionária e pede alterações na legislação fiscal. Segundo o presidente da comissão, Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), o pedido de prorrogação sequer será apresentado a Lira.Além disso, uma carta do ex-CEO das Americanas, Miguel Gutierrez, sugerindo conhecimento da fraude contábil por parte dos acionistas majoritários da empresa, gerou controvérsia. O presidente da CPI argumenta que a carta surgiu após a apresentação do relatório final com o objetivo de tumultuar o ambiente, e, portanto, não deve ser considerada.