Brasil aplica penas mais rígidas do que os EUA em ataques à democracia
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Tramitação ágil e ausência de recursos após condenação marcam julgamentos no STF pelo 08/01, em comparação com a Justiça dos EUA pela invasão ao Capitólio
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247- A Suprema Corte Brasileira (STF) está aplicando penas duas vezes maiores do que as impostas nos Estados Unidos no julgamento dos casos relacionados aos ataques ocorridos em 8 de janeiro. Além disso, a tramitação dos processos no Brasil está sendo notavelmente mais rápida, e os réus não terão a oportunidade de apresentar recursos após a condenação, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos no caso da invasão ao Capitólio, destaca o jornal O Globo.No caso mais recente, Aécio Lúcio Costa Pereira recebeu uma sentença de 17 anos de prisão, contrastando com a pena imposta ao primeiro condenado via júri popular pela invasão ao Capitólio nos Estados Unidos. A diferença de penas é marcante, com Pereira enfrentando uma punição substancialmente maior.Enquanto nos Estados Unidos, a primeira condenação relacionada à invasão do Capitólio ocorreu 412 dias após o evento, no Brasil, a primeira sentença foi proferida na quinta-feira (14), após 249 dias dos ataques. Esta diferença de tempo é notável, destacando a agilidade do sistema judiciário brasileiro em levar os casos a julgamento.Uma diferença fundamental entre os dois países é o fato de que, nos Estados Unidos, todos os julgamentos criminais envolvem júris populares, enquanto no Brasil, o julgamento ocorre na Suprema Corte, a última instância do Judiciário. Nos Estados Unidos, parte dos réus recorreu das condenações, um direito que não será concedido aos réus no Brasil, onde a decisão do STF é final.Outro contraste entre os processos nos dois países é a participação de júris populares nos Estados Unidos, onde cidadãos são convocados para decidir sobre a culpabilidade dos acusados. Enquanto isso, no Brasil, o julgamento é realizado exclusivamente pelos juízes do STF.Além das diferenças nas penas e no processo judicial, os casos em ambos os países envolvem simpatizantes dos presidentes recém-derrotados nas eleições - Jair Bolsonaro no Brasil e Donald Trump nos Estados Unidos.