Stiglitz defende a tributação dos mais ricos no Brasil

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Nobel de economia enfatizou que essas medidas teriam um impacto positivo na economia nacional

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247 – O economista Joseph Stiglitz, agraciado com o Prêmio Nobel em 2001, expressou seu apoio às iniciativas propostas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para eliminar privilégios fiscais que permitem que os indivíduos mais abastados paguem menos impostos no Brasil. Em entrevista ao jornalista Eduardo Cucolo, da Folha de S. Paulo, Stiglitz enfatizou que essas medidas teriam um impacto positivo na economia nacional, desconsiderando os argumentos frequentemente apresentados pelos mais ricos contra a tributação progressiva.Na entrevista, o renomado economista destacou que, no contexto da atual desaceleração econômica global, é crucial que o Brasil aumente sua receita, estimule o crescimento econômico e reduza as taxas de juros. Stiglitz também aproveitou sua visita recente ao país, na qual se encontrou com o presidente Lula, para elogiar os esforços do governo brasileiro, considerando-os impressionantes dadas as adversidades enfrentadas.Stiglitz defendeu a ideia de justiça tributária, argumentando que os mais ricos no Brasil pagam uma proporção menor de impostos em relação à sua renda em comparação com os mais pobres. Ele enfatizou que a tributação progressiva beneficia a economia, fornecendo ao governo os recursos necessários e contribuindo para uma sociedade mais igualitária, uma perspectiva amplamente respaldada por organizações internacionais como o FMI e a OCDE.Em relação à questão do déficit público e à austeridade fiscal, Stiglitz discordou das políticas de austeridade, afirmando que geralmente levam a um menor crescimento econômico e agravam o déficit. Ele elogiou a estratégia do presidente Lula de aumentar a arrecadação de impostos de forma moderada e utilizar parte desses recursos para estimular o crescimento econômico e avançar na transição ecológica do país.