Rio 40 graus. A urgência climática bate a porta

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Estamos sentindo os problemas climáticos de forma extrema

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Imaginem os descontentes de direita se remoendo quando, Lula, ao abrir o discurso na ONU, falando sobre clima, conseguiu atenção do planeta sobre a causa, começando por mostrar as diferenças que observou do seu último mandato ao atual. Além da desigualdade provocada pela economia liberal, que entristece o presidente, as mudanças climáticas estão batendo a porta, dizendo: “A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado.”. Logo depois, grandes líderes como Biden, foram ao encontro do presidente, interessados na economia verde que será usado como proposta de compromisso aos bancos de desenvolvimento para impulsionar ações sustentáveis para o planeta.Estamos sentindo os problemas climáticos de forma extrema. Em pleno inverno, o governo está emitindo um alerta de calor excessivo que pode ser letal em todas as regiões do Brasil. Só em Minas, mais de 100 cidades estão sob alerta. Várias cidades estarão com um calor acima de 40º, pois estarão sob uma massa de ar extremamente quente. Neste momento, em uma cidade no Irã, o calor já passa dos 50º, levando a população a ficar confinado em suas casas, pois essa temperatura é impossível conter vida. Aquecimento Global já é real. Estamos à beira de um colapso climático extremo. E quando você ouve notícias sobre enchentes na Líbia ou terremoto em Marrocos, que são distantes de sua realidade, a comoção não é tão forte. A chuva intensa no Sul do Brasil nos aproximou um pouco dessa realidade, mas agora, quando o calor atingir a grande parte do país, a população descrente deverá acordar para essa realidade, porém um pouco tarde. A Universidade de Leipzig na Alemanha atestou que já tivemos em julho a temperatura mais quente em 120 mil anos, que provocou derretimento de cabos na Itália, deixando a população sem luz e água, a Grécia registrou mais de 100 incêndios florestais. Não se fala mais em Aquecimento Global e sim Ebulição Global. Não faltaram avisos. Estamos vivendo um momento que o aumento da temperatura é o mesmo do aumento da umidade e isso de fato dificulta até o corpo de executar a transpiração. Se o famoso risco iminente de destruição do planeta devido à aproximação de uma guerra nuclear, até retratada pela música Two minutes to midnight do Iron Maiden , está próxima, devemos considerar que nem usaremos armamentos e sim nossa ganancia, ódio e liberalismo intoxicando o planeta. Alguns cientistas dizem que temos apenas seis anos para reverter com seriedade, mas outros consideram três anos algo mais real. Meteorologistas já não têm mais esperanças dessa reversão e recomendam que aproveitem o resto da vida nesse curto espaço de tempo.Enquanto alguns ex-presidentes de extrema-direita, que trataram a ecologia como Casa da Mãe Joana, queimando a Amazônia, Serrado, Pantanal, vendendo madeira ilegal, desmatando a floresta, acabando com rios para exploração de minérios de forma desenfreada e dizimando populações indígenas e chamando ativista ecológica de pirralha, outros bilionários correm contra o tempo tentando colonizar outros planetas. Mas apenas para os ricos e famosos. Hoje podemos afirmar que algumas regiões do planeta vão ficar inabitáveis por causa do calor.Duvido que nesse momento, não exista alguém em que, nos seus momentos de reclusão mais íntima, não se desespere com um cenário de fim dos tempos, logo na sua existência. Tal qual a tristeza de santos Dummont ao ver que sua invenção que seria para ajudar a humanidade, estava sendo usada como arma e matando outros seres humanos, estamos todos em relação ao planeta. O que poderíamos ter ajudado? Não adianta mais negociar, insistir, barganhar ou se autoflagelar. É hora de agir.Não tenha dúvida, o planeta vai continuar existindo por alguns bilhões de anos. Nós não.