Мы в Telegram
Добавить новость
smi24.net
Brasil247.com
Сентябрь
2023

Lula na ONU: a estrela central

0

img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230919120932_6dbd09086364bd7ceda5934798e7372f4b98af7c31ee17130906d90d6913a49e.jpg" width="610" height="380" hspace="5" /

O que Lula propõe é mais do que reflexão, ele propõe o enfrentamento da concentração de riqueza

br clear="all"

Lula, Jacó, Olivio e outros tantos jovens guerreiros fundaram um partido que é o maior e mais importante da centro-esquerda em toda América Latina e talvez do mundo, que venceu cinco eleições presidenciais, mas que tornou-se menor, muito menor do que o seu fundador.Lula é uma personalidade planetária, não um cometa, como escreveu Mario Vitor Santos aqui no 247, mas a estrela central e fundamental.E essa estrela afirmou na ONU que a miséria e a desigualdade no mundo são resultado do liberalismo. Ouvi apenas uma discordância; o jornalista da GloboNews Daniel Souza considerou um exagero a afirmação do presidente.Será que Lula tem razão ou exagerou?Por razões ideológicas tendo a concordar com Lula, pois, o Estado tornou-se refém do capital financeiro global, tanto é verdade que ouve-se diariamente notícias sobre os “humores do mercado”, como se ele fosse uma entidade superior que determina a nossa sorte.No mundo em que o capital não tem domicílio fixo e os fluxos financeiros estão bem além do controle dos governos nacionais, muitas das alavancas das políticas econômicas feitas pelo Estado não funcionam; o Estado-nação está definhando e os tais “mercados” são as novas forças erosivas transnacionais, são como nuvem de gafanhotos, parasitas.Segundo Bauman o “mercado” é um “aglomerado de sistemas manipulados por atores em grande parte invisíveis, pressionam com demandas manipuladas, artificialmente criadas com desejo de lucro rápido” e ele completa: “Os Estados não têm recursos suficientes nem liberdade de manobra para suportar a pressão do capital. Com sua soberania e independência anulada, sua classe política apagada, a nação-estado torna-se um mero serviço de segurança para as megaempresas”.E, devido à implacável disseminação das regras de livre mercado – como fossem dogmas que não se pode questionar -, devido ao livre movimento do capital, a economia é progressivamente afastada do necessário controle Estatal. Nenhum governo consegue resistir por muito tempo as pressões especulativas do mercado.Toda narrativa, majoritária nas últimas quatro ou cinco décadas, levou à descredibilização da Política e sua demonização, a consequência é o surgimento de personagens intolerantes como Trump, Bolsonaro, Erdogan, dentre outros.Tendo esse argumento em perspectiva Lula está certo, especialmente porque a desregulamentação, liberalização, flexibilidade, alívio da carga tributária e facilitação das transações nos mercados financeiros, imobiliário e trabalhista, tornou difícil o debate de questões sociais, bem como a efetiva ação Estatal, pois, as questões sociais não são preocupação do neoliberalismo.A consequência é a enorme concentração da riqueza nas mãos de poucos, ampliação da miséria, da desigualdade e da fome.Miséria, desigualdade e fome tratados como meras externalidades pelo liberalismo, ou seja, o liberalismo é uma teoria econômica que aceita os danos causados pelo mercado à vida das pessoas; aceitam que vidas sejam destruídas.O mercado financeiro, a nossa “Faria Lima”, representante servis de instituições internacionais, sugam, como parasitas, a maior quantidade de recursos públicos, em forma de juros da dívida de boa parte dos povos do mundo, não se importando se seus povos sejam pobres ou não.Como fazem isso? A maldade chega fantasiada de “reformas estruturantes, que os incautos aplaudem sem nem perceber que batem palmas à escravidão e à miséria. Os chamados programas de “ajuste estrutural”, no fim e ao cabo buscam apenas: (a) menos regulação; (b) juros mais altos; (c) taxas de cartões de crédito obscenas e, no nosso caso (d) criminosa taxa de juros Selic, dentre outras tantas maldades.Essa é uma descrição do neoliberalismo de livre mercado, hoje o modelo econômico dominante de desenvolvimento do mundo capitalista.O texto “Neoliberalismo, políticas públicas e desigualdade: Uma análise principalmente do Brasil”, e Rose Mary Menchise, Diogo Menchise Ferreira e Antón Lois Fernandez Álvarez, deve ser lido para amplificação e compreensão da tese apresentada por Lula na ONU; nesse trabalho há uma descrição séria da reprodução capitalista mundial, principalmente o que está acontecendo na América Latina e no Brasil.O que Lula propõe é mais do que reflexão, ele propõe o enfrentamento da concentração de riqueza, pois é injusta a captura os recursos disponíveis e sua entrega ao capital, porque é injusto submeter a população mundial a um sistema sem direitos trabalhistas, previdenciários e sociais, “batizados” de “novas relações de trabalho” ou de “empreendedorismo”.Não é razoável subordinarmos a existência humana, uma experiência tão breve, aos interesses dos grandes conglomerados, à lucratividade e a um sistema que amplia a desigualdade social, pois “A gente não quer só comida / A gente quer comida, diversão e arte”.O neoliberalismo foi resposta à crise dos anos 1970, mas ele não solucionou nada, trouxe apenas mais miséria e sofrimento às pessoas.Lula propõe também que mudemos isso, que coloquemos como prioridade a questão civilizatória e o bem-estar social.O que é possível, afinal, trata-se de uma decisão política e, portanto, das pessoas.Essas são as reflexões.











СМИ24.net — правдивые новости, непрерывно 24/7 на русском языке с ежеминутным обновлением *