Filipe Martins, que teria entregue minuta golpista a Bolsonaro, tem histórico de polêmicas
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Ex-assessor de Bolsonaro é seguidor de Olavo de Carvalho, foi acusado de racismo e, segundo Mauro Cid, fazia parte do gabinete do ódio
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247 — O ex-assessor Filipe Martins, que entregou a minuta do golpe de Estado a Jair Bolsonaro, tem histórico de polêmicas. Seguidor de Olavo de Carvalho, Martins fazia parte da chamada “ala ideológica” do governo Bolsonaro e, segundo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, fazia parte do chamado “gabinete do ódio”.Cid relatou que após a derrota no segundo turno da eleição, Bolsonaro recebeu um rascunho de decreto das mãos de seu assessor Filipe Martins que propunha a convocação de novas eleições e a prisão de adversários políticos. Conforme o relato de Cid, Bolsonaro discutiu o conteúdo do documento com altos comandantes militares. O denunciante alegou que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, demonstrou apoio ao plano golpista em conversas privadas, embora o Alto Comando das Forças Armadas não tenha aderido à ideia.Em 2021, durante sessão no Senado, Martins foi acusado de racismo após supostamente ser flagrado fazendo um gesto utilizado por supremacistas brancos nos Estados Unidos. O sinal feito por ele, também entendido como “OK”, foi cooptado por supremacistas brancos, como neo-nazistas e membros do Ku Klux Klan, para uso em público, sinalizando sua presença. O gesto forma com as mãos as letras "W" e "P", significando "white power", "poder branco" em inglês.Ele, no entanto, foi absolvido da acusação de racismo, pois, segundo a Justiça Federal, o Ministério Público não conseguiu provar que havia intenção racista no gesto de Filipe Martins.Martins também foi denunciado durante a CPI da Covid por mentir durante a pandemia. Ele figurou na lista de indiciados pela suposta prática de incitação ao crime, artigo 286 do código penal. O relatório final da comissão, redigido por Renan Calheiros, apontou-o como integrante de um “núcleo formulador de fake news”. Martins era uma espécie de conselheiro ideológico ligado à extrema direita durante o governo Bolsonaro.