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Сентябрь
2023

Elis & Tom, uma viagem

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"Estou falando disso porque hoje fui assistir ao documentário Elis & Tom de Roberto Oliveira e Jom Tob Azulay que além de me emocionar"
Sempre gostei do disco Elis & Tom. Gravado em 1974 em Los Angeles ele trazia uma sonoridade muito agradável e era quase impossível passar indiferente pela qualidade das músicas e das interpretações. Afinal eram Tom e Elis e nos anos 70 vivíamos uma espécie de hiato de gosto musical sobretudo com o recém anunciado fim dos Beatles. Para mim, pelo menos. Ouvir Águas de Março ou Chovendo na Roseira com aquelas versões inusitadas era bom. Mas não se falava muito na época. O disco foi sobrevivendo aos tempos transformadores que estavam por vir e mesmo esquecido na prateleira a lembrança estava bem viva. De vez em quando eu ouvia para matar saudades da qualidade da música. Mas havia Gil, Caetano, Mutantes e toda uma MPB que mesmo não sendo de agrado de muitos era boa.A música se transformou, o mundo se transformou e sobretudo a comunicação se transformou muito. Não é por menos que um dos maiores sucessos de hoje nos vídeos, nos streamings, em qualquer mídia que seja é a série de gravações dos Beatles, Get Back recuperadas por Peter Jackson e que reproduzem sessões de gravações realizadas há mais de 50 anos. Resultou num delicioso filme com cenas inéditas e na famosa sequência dos músicos no telhado da gravadora Apple que parou aquela parte de Londres até a polícia chegar.Estou falando disso porque hoje fui assistir ao documentário Elis & Tom de Roberto Oliveira e Jom Tob Azulay que além de me emocionar, fez renascer toda a memória da qualidade do disco e me levou a comparar de alguma maneira com o efeito que Get Back causou em mim. Ambos recuperam imagens guardadas por décadas e falam de uma época, os anos 70, em que as coisas pareciam mais criativas, as propostas artísticas perduravam e o futuro ainda era a meta de cada um de nós. Hoje, como diz o engenheiro de som do álbum em questão, o chileno Humberto Gatica, a música é consumida muito rapidamente, quase sem reflexão. De fato, elas duram muito pouco e em seguida vem outra.Ouvir música como naquele tempo era diferente. Parávamos para isso. Cada nota estava ocupando seu lugar como também é dito no filme. Elis era uma voz extraordinária e Tom, um gênio difícil de reproduzir. O encontro deles, a princípio hostil e estranho, marcou para sempre esses dois talentos e o disco, como se vê pelo filme, sobreviveu. A qualidade é imensa e é muito divertido saber de todas as dificuldades que aconteceram na época além das maravilhosas imagens de Tom e Elis cantando músicas de Ary Barroso.Elis Tom e Get Back nos levam de volta no tempo, mas também nos mantém aqui, alertas e gratificados ao mesmo tempo pelo que pode significar a criatividade máxima e o talento sem fim. Os tempos continuam mudando, a música e a comunicação também, mas que além de ter feito parte da sua vida e das suas lembranças mostram que você sempre esteve do lado certo da história, ou seja, do lado certo da qualidade criativa e emocional da história.










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