CPI da Americanas leva a voto relatório final hoje à tarde
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Relator Carlos Chiodini apresentou texto final ao colegiado da Comissão há quinze dias. De lá para cá, nada mudou. Deputados do PSOL querem outro texto
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Por Filipe Calmon, especial para o 247 em Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas, criada para investigar as inconsistências da ordem de 20 bilhões de reais detectadas em lançamentos contábeis da empresa, volta a se reunir nesta tarde, às 15h, no Plenário 7 da Câmara dos Deputados, para votar o relatório apresentado no início do mês pelo deputado federal Carlos Chiodini (PL-SC). Os votos em separado dos deputados psolistas Tarcísio Motta (RJ) e Fernanda Melchionna (RS) seguem apresentados, assim como o texto alternativo do deputado Alfredinho (PT-SP). Nos bastidores, porém, tudo segue em aberto e a qualquer momento um novo relatório pode ser apresentado.Até a publicação desta matéria na manhã desta terça-feira (26), nem o texto de Chiodini nem os votos em separado tiveram qualquer modificação. Com isso, a expectativa nos bastidores é de que o dia seja novamente quente, com a possibilidade real de o relator ver seu voto derrotado pelas propostas em separado, especialmente para o voto apresentado pelos deputados do PSOL. Isso pode novamente levar o presidente da CPI, Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), a adiar a sessão deliberativa ou a articular mudanças no voto do relator que levem a comissão a um consenso.ImbróglioA expectativa era de que a CPI terminasse na última terça-feira com a votação do relatório. No entanto, como já era aventado nos bastidores, foram apresentados votos em separado poucas horas antes da sessão iniciar, o que desencadeou uma série de articulações que acabaram por inviabilizar, na visão da presidência da comissão, a deliberação marcada para aquele dia.Com o argumento de que o relator buscaria aproveitar parte dos textos dos votos em separado apresentados, o presidente Gustinho Ribeiro cancelou a reunião, adiando para hoje a votação do relatório. Não se sabe exatamente o que aconteceu durante a semana, mas o resultado prático é que os textos protocolados não mudaram e o buscado acordo para composição do relatório não logrou êxito. Desta forma, esta terça-feira começa exatamente como a da última semana, com tensão no ar e a própria realização da reunião em xeque.Deputados querem culpadosDe forma resumida, o que os deputados Tarcísio Motta, Fernanda Melchionna e Alfredinho querem fazer constar no texto final da CPI da Americanas é a responsabilização objetiva dos bancos Itaú, Santander e ABC, das empresas de auditoria PwC e KPMG e dos acionistas de referência da Americanas, os bilionários conhecidos como 3G: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Para esses deputados essas instituições e esses acionistas conspiraram para fraudar os balanços com o objetivo de aumentar seus lucros pessoais.