Chanceler venezuelano reitera chamado ao diálogo com Guiana
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Yván Gil enfatiza a importância de um diálogo direto para resolver a disputa territorial
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Prensa Latina - O chanceler da Venezuela, Yván Gil, reiterou nesta quarta-feira (27) hoje o chamado do presidente Nicolás Maduro ao seu homólogo da Guiana, Mohamed lrfaan Ali, para um diálogo face a face em um país do Caribe, a fim de discutir a controvérsia sobre o Esequibo. Durante uma exposição perante o corpo diplomático acreditado em Caracas, o alto funcionário expôs as razões de seu país sobre a disputa territorial e afirmou que a República Bolivariana está defendendo seus direitos históricos sobre um território que lhe pertence desde sua declaração de independência em 1811.Na segunda-feira passada, o presidente venezuelano reafirmou a Irfaan Ali a vontade de dialogar no âmbito do Acordo de Genebra de 1966 para resolver a controvérsia sobre o território Esequibo. Em meio às crescentes tensões entre os dois países, o presidente bolivariano, em seu programa Con Maduro +, propôs retomar o "diálogo cara a cara e direto" como única solução. "Ratifico ao presidente guyanês, em nome de nosso povo, que estou pronto para me encontrar com você, em breve, no local do Caribe que escolhermos para dialogar dentro do Acordo de Genebra, retomar as negociações de paz e encerrar essas ameaças e ilegalidades", enfatizou.Gil destacou que o chefe de Estado bolivariano solicitou aos membros da Comunidade do Caribe, da qual a Guiana faz parte e a Venezuela é membro observador, que intervenham para facilitar esse diálogo direto e deixar para trás as controvérsias, acusações e ameaças. Ele comentou que veem com preocupação como são realizados exercícios militares sem o consentimento da Venezuela, obtêm apoio da potência imperial para uma situação limítrofe ainda não definida, e o governo dos Estados Unidos toma partido com o desdobramento de forças militares na região.Ele enfatizou que essas ações "não contribuem para a solução que devemos encontrar entre os dois países, conforme exige o Acordo de Genebra". O ministro das Relações Exteriores considerou preocupante e grave a decisão do governo guianês de licitar blocos petrolíferos em território marítimo não delimitado, onde a Venezuela possui recursos naturais que pertencem ao povo, e previu que essa situação poderia gerar situações muito complexas no futuro.Nesta quarta-feira, um comunicado do Ministério das Relações Exteriores foi divulgado rejeitando veementemente a declaração da embaixadora da Guiana junto à ONU, Carolyn Rodrigues-Bricket, por tentar distorcer e manipular os comunicados oficiais emitidos pela Venezuela. O texto ressaltou que, em nome da transparência, os pronunciamentos oficiais emitidos pelo Governo da República Bolivariana "de maneira alguma representam uma ameaça à soberania e à integridade territorial" da Guiana.