Eleição para conselhos tutelares se torna novo ponto de embate entre direita e esquerda
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Eleição para os 6,1 mil conselhos tutelares em todo o Brasil acontece neste domingo (1)
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247 - A eleição para os 6,1 mil conselhos tutelares em todo o Brasil, que irá determinar 30,5 mil representantes neste domingo (1), tornou-se o epicentro de uma batalha entre políticos de esquerda e direita. As vagas têm mandato de quatro anos e são definidas por eleições diretas em cada cidade.Segundo o jornal O Globo, a agenda conservadora da direita busca fortalecer a autoridade parental sobre as crianças, em oposição ao que veem como interferência de instituições educacionais e governos na estrutura familiar. Enquanto isso, grupos de esquerda defendem candidatos alinhados ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de pautas como o acesso ao aborto para vítimas de violência sexual na infância e adolescência.“Os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Jilmar Tatto (PT-SP) enviaram um ofício ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, pedindo transporte público gratuito para facilitar o deslocamento de eleitores. A prefeitura informou que irá liberar as catracas de todos os ônibus da cidade amanhã, entre 7h e 18h, a pedido da Câmara Municipal e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania”, destaca a reportagem. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, recomendou a gratuidade do transporte público. Nesta linha, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), divulgou um vídeo incentivando a participação popular no pleito.Por outro lado, deputados como Gustavo Gayer (PL-GO) e Capitão Alden (PL-BA), alinhados à direita, têm se envolvido na campanha, alertando sobre supostos perigos relacionados à mobilização da esquerda, acusando-a de promover uma "ideologia de gênero".A discordância entre os grupos também é evidente na campanha para o Conselho Tutelar da Zona Sul do Rio de Janeiro, onde a abordagem em relação a crianças em situação de rua é um ponto de atrito. A ex-deputada Áurea Carolina (PSOL-MG), diretora-executiva do Nossas, alerta que “os conselhos vêm sendo sistematicamente ocupados por fundamentalistas de extrema-direita, numa vertente de igrejas evangélicas contrária à agenda dos direitos humanos”.