Seca castiga a Amazônia, pode bater recorde e se estender até janeiro
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A estiagem prejudicará a navegação, a pesca, a agricultura e o equilíbrio ambiental da região
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247 - A Amazônia está sofrendo uma seca extrema este ano, que tem o potencial de quebrar recordes e prolongar-se até janeiro, de acordo com as previsões do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que é uma entidade vinculada ao governo federal. A situação dos diversos rios estratégicos na região é crítica, com seus níveis de água muito abaixo da média histórica, informa o g1.Neste contexto, espera-se que o número de municípios afetados pela estiagem aumente até o final do ano, o que terá sérias consequências para a navegação e o acesso à água, além de agravar os incêndios florestais e causar perdas na produção agrícola das famílias locais. Apenas no estado do Amazonas, estima-se que até 500 mil pessoas sejam impactadas pela seca em outubro. Em resposta a essa crise, Manaus e Rio Branco já declararam estado de emergência."É possível que essa situação de seca se agrave até o mês de dezembro ou janeiro e comece a desintensificar [enfraquecer] a partir do mês de março ou abril de 2024", diz a pesquisadora do Cemaden na área de secas e agrometeorologia Ana Paula Cunha.Este período do ano é tradicionalmente de seca na região Norte, quando é comum a diminuição da vazão dos rios. No entanto, segundo Ana Paula Cunha, a seca deste ano pode ser igualmente intensa, se não mais severa, do que aquela que a região enfrentou nos anos de 2015 e 2016, os quais causaram sérios impactos.De acordo com a análise realizada pelo Cemaden, com base nas medições da Agência Nacional de Águas (ANA), há uma situação alarmante que se desenha em relação aos rios na região, com uma perspectiva sombria para os próximos três meses. É previsto que importantes trechos de rios, como o Negro e o Solimões, que são formadores do rio Amazonas, apresentem vazões abaixo das médias históricas, assim como outros rios igualmente cruciais, incluindo o Madeira, Juruá, Purus e Xingu. Adicionalmente, espera-se que os bancos de areia, que a cada dia se tornam mais visíveis e extensos, aumentem em tamanho. Isso terá impactos não apenas na navegação, mas também na pesca, na agricultura e no equilíbrio ambiental da região.