Governo prevê novo programa de incentivos a montadoras
img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230525180516_b47b044f-d896-45bc-b7c1-e240d9d73d9a.jpg" width="610" height="380" hspace="5" /
A gestão do presidente Lula pretende estimular a produção nacional de veículos menos poluentes
br clear="all"
247 - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, comandado por Geraldo Alckmin, deve lançar nas próximas semanas o novo regime automotivo (MoVer). A ideia é que seja colocado em prática um programa de incentivos a veículos menos poluentes e a manutenção do imposto zero para importação de carros elétricos. A informação foi publicada pela coluna Painel. O governo calcula que deixou de arrecadar R$ 1,2 bilhão em tarifas de importação - caso fosse aplicada a alíquota máxima de 35% permitida pelas regras do Mercosul - entre janeiro e agosto deste ano. A gestão do presidente Lula Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (30) a versão final do programa de estímulo à indústria automobilística, com a previsão de R$ 1,5 bilhão em crédito tributário para as montadoras que se dispuserem a conceder descontos de até R$ 8 mil nos preços dos carros e de até R$ 99,4 mil para caminhões e ônibus.Um grupo liderado pela General Motors (GM) defende híbridos e elétricos, e a manutenção do imposto zero para elétricos importados. Fabricantes liderados pela Fiat são favoráveis ao aumento da alíquota de importação para conter a atuação de empresas estrangeiras no Brasil.O Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, ajudou na elaboração do novo plano de incentivos. Montadoras terão de produzir veículos menos poluentes, com motores elétricos, híbridos ou a combustão. Os incentivos serão dados a fabricantes que produzam no País, emitam menos carbono, e façam mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento nessa área. A empresa que atender às regras definidas pelo governo federal vai ter descontos de PIS, Cofins, CSLL (Contribuição Sobre Lucro Líquido) e Imposto de Renda.De acordo com informações publicadas pela CNN Brasil, a lista dos dez carros elétricos ou híbridos importados mais vendidos no mercado brasileiro inclui modelos como o Porsche Cayenne (preço final de venda na faixa de R$ 630 mil), o Volvo XC60 (R$ 420 mil), o Great Wall H6 (R$ 270 mil) e o BYD Song (R$ 230 mil). Deixa-se de cobrar até R$ 138 mil em tarifas de importação sobre esses modelos. É muito mais do que países ricos têm distribuído em isenções tributárias para a compra de veículos do tipo. O governo dos Estados Unido, por exemplo, dão um bônus de US$ 7 mil para quem compra um carro elétrico e os países da União Europeia aplica subvenção média de € 6 mil - dependendo do País. Para que esses descontos sejam aplicados, o veículo tem de ser produzido localmente.O ministro da Fazendo, Fernando Haddad, comentou nesta segunda (30), em Brasília (DF), sobre a versão final do programa de estímulo à indústria automobilística e, de acordo com o titular da pasta, R$ 500 milhões vão ser usados para cobrir os créditos tributários para o setor de automóveis, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. O programa terminará quando os recursos disponíveis se esgotarem.