Justiça Militar nega pedido de prisão de suspeitos de furto de armas de quartel

A medida atendeu o entendimento do Ministério Público Militar, que não concordou com pedido de prisão preventivafeito pelo Exército
247 - A Justiça Militar negou o pedido do Exército para prender preventivamente seis militares investigados por suspeita de furtarem 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra, em Barueri, Grande São Paulo. De acordo com reportagem do G1, o Ministério Público Militar (MPM) foi contrário à decretação das prisões por entender que os "indícios" contra os militares eram insuficientes para que fossem presos.Além disso, a Procuradoria investiga se houve irregularidades no "aquartelamento" da tropa após a descoberta do desvio das armas, em 10 de outubro. Na ocasião, os militares foram impedidos de sair do quartel até 24 de outubro, medida que é prevista pelo Exército em casos excepcionais.No entanto, a Procuradoria aponta que a legalidade da ação em caso no caso do furto das armas. De acordo com o advogado de um dos suspeitos de participar diretamente do furto, todos eles foram agredidos durante o "aquartelamento", sem apresentar provas ou testemunhas.De acordo com a investigação do Exército, a suspeita é a de que, para furtar a metralhadoras, os militares desligaram as câmeras de segurança do quartel, provocando um "apagão". Também são acusados de arrombar cadeados e adulterar lacres.O cabo suspeito do crime é apontando como o responsável por usar um carro oficial do então diretor do Arsenal de Guerra para transportar as 13 metralhadoras antiaéreas calibre .50 e oito metralhadoras calibre 7,62 furtadas do quartel. O cabo era motorista pessoal do tenente-coronel que dirigia a unidade militar. Além disso, os investigadores encontraram as digitais do cabo e de outros militares suspeitos numa área da sala de armas que ele não tinha autorização de entrar.