Enel é caso de polícia, diz Ronaldo Caiado, governador de Goiás
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Em Goiás, consegui expulsá-los, afirmou. A empresa deixou de atuar no estado após enfrentar uma série de queixas em consequência de múltiplas quedas de energia
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247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), é claro e direto ao aconselhar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre como lidar com os desafios relacionados à empresa Enel na distribuição de energia no estado: "enel é caso de polícia. Tem que ser jogo pesado. Em Goiás, consegui expulsá-los", disse o político ao Estado de S. Paulo.A empresa deixou de fornecer serviços em Goiás após enfrentar uma série de queixas no estado, que experimentou múltiplas quedas de energia. Em setembro de 2022, a Enel vendeu sua divisão de distribuição de energia no estado por R$1,6 bilhão à Equatorial Energia. A transação foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro, e a nova empresa assumiu o serviço no Estado. Na perspectiva do governo, a empresa realizou a transação pouco antes de ser descredenciada, pois estava ciente de que essa era a direção inevitável diante dos problemas na qualidade dos serviços prestados no estado. A Enel estava enfrentando questionamentos devido ao não cumprimento de metas e registrava índices negativos de desempenho no estado. Por exemplo, dados da Aneel mostram que o fornecimento de energia foi interrompido por mais tempo do que os limites estabelecidos em vários anos. Em 2019, os residentes de Goiás ficaram sem energia por 23,07 horas, enquanto o limite estabelecido era de 13,44. Em 2020, as interrupções totalizaram 16,48 horas, quando o limite era de 12,95. Em 2021, foram 18,75 horas, quando o limite era de 12,58.Em outubro do ano passado, o governador Ronaldo Caiado entrou com um processo judicial para obrigar a Enel a realizar serviços de manutenção preventiva pouco antes do período chuvoso. A empresa já havia vendido a divisão de distribuição de energia para a Equatorial, mas ainda era responsável pelo atendimento. O governador acredita que outras empresas privadas que prestam serviços de distribuição de energia também não estão atendendo às expectativas. "O maior problema em Goiás é a péssima distribuição de energia e a incapacidade de responder à demanda”.Apesar de apoiar a privatização em diversas áreas, Caiado destacou a importância de uma análise criteriosa para determinar quais setores apresentaram resultados positivos e quais não. “A privatização da telefonia, sucesso total. Avançou mais do que o consumidor imaginava. A privatização da distribuição de energia não conseguiu, em nenhum estado, atender a demanda e o consumo, muito menos a expansão solicitada”. Segundo Caiado, as deficiências no setor de energia tornaram-se um grande obstáculo para o progresso do país: "é o maior ponto de garroteamento do nosso crescimento”.