El Niño deve persistir até abril de 2024 com temperaturas elevadas, adverte a Organização Meteorológica Mundial
247 - A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou em sua última atualização, divulgada nesta quarta-feira (8), que as características climáticas do El Niño continuarão afetando as condições ambientais pelo menos até abril de 2024. Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño, que se desenvolverá rapidamente em 2023, poderá atingir seu ápice no primeiro semestre do próximo ano, destaca o G1.A agência da ONU alerta que, apesar do impacto direto das características, serão geralmente apresentadas no ano seguinte ao seu desenvolvimento, 2023 já se encaminha para se tornar o ano mais quente da história. Anteriormente, em 2016, a marca foi alcançada devido a uma combinação de um El Niño com características fortes e ao aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, relacionadas às mudanças climáticas provocadas pelo homem.O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, enfatizou que o próximo ano será ainda mais quente devido à crescente contribuição das concentrações de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas. Ele alertou que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes, serão mais comuns em diversas regiões, resultando em impactos significativos.Em 2023, foram registradas temperaturas recordes na superfície dos oceanos devido ao El Niño, com aumento de 0,5 °C acima da média para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro no Oceano Pacífico Equatorial. As observações também provocaram um inverno atípico no Brasil, com temperaturas acima da média em várias regiões, incluindo máximas superiores a 40ºC em algumas capitais. O Hemisfério Norte também provocou ondas de calor extremo, resultando em alertas em países como Itália, Espanha e Grécia, além de incêndios florestais devastadores nos Estados Unidos e Canadá.O relatório da OMM indica que o El Niño deverá diminuir durante a próxima primavera no Hemisfério Norte, mas há uma alta probabilidade de que as temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial continuem elevadas pelo menos até abril de 2024.