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Ноябрь
2023

Mais de 100 economistas alertam que eleição de Milei provocará 'devastação' na Argentina

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Em carta aberta, economistas como Thomas Piketty, Jayati Ghosh e o ex-chefe do Banco Mundial Branko Milanović alertam para o risco das propostas do candidato da extrema direita
Rede Brasil Atual - A nove dias da eleição presidencial na Argentina, um grupo com mais de 100 economistas influentes em todo o mundo aponta que a vitória do candidato da extrema-direita Javier Milei provocará um quadro de “devastação” e de caos social no país. O alerta é mencionado numa carta aberta, divulgada nesta quarta-feira (8), em que os economistas afirmam compreender o “desejo profundo de estabilidade econômica” da população, dadas as frequentes crises financeiras da Argentina e as constantes altas inflacionárias.No entanto, os especialistas advertem que “embora soluções aparentemente simples possam ser apelativas, é provável que causem mais devastação no mundo real no curto prazo, ao mesmo tempo que reduzem severamente o espaço político no longo prazo”, observam. Entre os economistas influentes signatários do documento estão o francês Thomas Piketty, o indiano Jayati Ghosh, o sérvio-americano Branko Milanović, ex-chefe do Banco Mundial, e o ex-ministro das Finanças da Colômbia José Antonio Ocampo.A carta ainda destaca que as propostas de Milei são apresentadas como uma “saída radical para o pensamento econômico tradicional”. Quando, na verdade, elas estão baseadas no “laissez-faire econômico”, de não intervenção do Estado na economia. E são “cheias de riscos que as tornam potencialmente muito prejudiciais para a economia argentina e para o povo argentino”.Milei possibilita a volta da violência política na Argentina, afirma sociólogaMilei é ‘porta para as desigualdades’ - Outsider ultraliberal, Milei buscou ao longo da campanha se notabilizar por um discurso antipolítica e contrário às instituições. Além de ser defensor de medidas pouco convencionais, como a dolarização da economia argentina e o fechamento do Banco Central. O extremista, que se declara anarcocapitalista, também tem discursos negacionistas e é comparado aos ex-presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro. O que o levou a ganhar o apelido de “Bolsonaro argentino”, inclusive entre a população local.Para os economistas, as propostas de dolarização e austeridade fiscal do candidato da extrema-direita “ignoram as complexidades das economias modernas”, apontam. “Ignoram as lições das crises históricas e abrem a porta para acentuar as já graves desigualdades”. O grupo de especialistas completa que uma grande redução nas despesas governamentais, com a ideia de Milei de cortar investimentos sociais, isso “aumentaria os já elevados níveis de pobreza e desigualdade, e poderia resultar num aumento significativo das tensões sociais e dos conflitos”.Milei foi o mais votado nas prévias eleitorais argentinas deste ano e era tido como o favorito ao pleito. O candidato da extrema-direita acabou, porém, ficando em segundo lugar no primeiro turno, perdendo para o atual ministro da Economia e candidato governista Sergio Massa. Para este segundo turno, marcado para 19 de novembro, os dois candidatos aparecem com empate técnico em grande parte das sondagens. O ultradireitista também vem diminuindo sua distância em relação ao peronista.Disputa voto a voto - O jornal argentino Pagina 12 divulgou, nesta segunda (6), uma pesquisa apontando Massa na frente, com 42,4% das intenções de voto, ante 39,7% de Milei. Em 22 de outubro, a diferença entre os dois era de 8 pontos e agora são 3. Já uma média do portal La Política Online indicou um resultado mais apertado, com o ultradireitista com 42,9% e o peronista, 42,8%. A avaliação é que o pleito argentino repita o que o ocorreu no Brasil, com a disputa voto a voto entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual Luiz Inácio Lula da Silva (PT).O chefe do Executivo brasileiro, inclusive, vem sendo alvo do candidato da direita. Em entrevista, Milei afirmou que, se eleito, não se reunirá com Lula por ele ser “corrupto” e “comunista”. O governo federal decidiu, contudo, não se posicionar. Um ministro da equipe afirmou à Folha de S. Paulo que a declaração será “ignorada”. E acusou o candidato de querer “puxar a briga” para depois acusar o mandato do presidente de “interferência”. “Um bravateiro”, resumiu.Sem apresentar provas, Javier Milei vem acusando Lula de interferir nas eleições vizinhas. Nesta semana, o candidato chegou a acusar o petista de financiar a campanha de seu adversário.










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