Pressionado por protestos contra o genocídio, Macron pede que Netanyahu pare de matar mulheres e crianças em Gaza
247 – Em uma entrevista exclusiva no Palácio do Eliseu, o presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo direto ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pedindo que ele cesse os ataques que resultam na morte de mulheres e crianças em Gaza. Macron afirmou à BBC que não há justificativa para os bombardeios e enfatizou a importância de preservar vidas civis.Embora reconheça o direito de Israel de se defender, Macron pediu uma interrupção imediata nos ataques em Gaza. Ele destacou que, apesar da condenação clara da França às ações "terroristas" do Hamas, é fundamental evitar o impacto sobre civis inocentes.Ao ser questionado se espera que outros líderes, incluindo dos EUA e do Reino Unido, se juntem ao seu apelo por um cessar-fogo, Macron respondeu: "Eu espero que sim."Israel alega atacar alvos militares em conformidade com o direito internacional, adotando medidas para reduzir as baixas civis. Macron, após uma conferência de ajuda humanitária em Paris sobre a situação em Gaza, destacou a necessidade de uma pausa humanitária e um cessar-fogo, sublinhando que a "conclusão clara" do evento foi a urgência de proteger civis não envolvidos em atividades terroristas.Macron enfatizou que é crucial interromper os ataques que afetam diretamente a vida de civis, incluindo mulheres e crianças, em Gaza. Ele se recusou a fazer julgamentos sobre a violação das leis internacionais, salientando que não é sua função como chefe de Estado.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, respondeu rapidamente, destacando a necessidade de condenar o Hamas e alertando sobre os crimes cometidos pela organização em Gaza.Além da questão de Gaza, Macron abordou preocupações sobre a possibilidade de violência no Oriente Médio se refletir na França, enfatizando a importância da união contra o antissemitismo. Ele também discutiu a invasão russa na Ucrânia, a luta contra o extremismo online e os riscos das mudanças climáticas, relacionando-as ao aumento do terrorismo global.Após um mês de bombardeios israelenses e quase duas semanas após o início de uma ofensiva terrestre em Gaza, o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, relatou 11.078 mortes e 1,5 milhão de deslocados. Israel anunciou pausas militares diárias de quatro horas em partes do norte de Gaza, mas Macron destacou a necessidade de interromper os ataques de maneira mais abrangente para preservar vidas civis e buscar uma solução duradoura.