OMS condena invasão israelense de hospital em Gaza e exige respeito às leis internacionais

Diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus relatou que a OMS perdeu contato com os funcionários do hospital Al Shifa
247 - O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, condenou nesta quarta-feira (15) a invasão militar de Israel ao hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza, onde as forças de ocupação atacaram pacientes, destruíram medicamentos e abriram fogo.Tedros afirmou ainda que a OMS perdeu contato com funcionários do hospital e exigiu respeito ao direito humanitário internacional, que proíbe ataques a instalações hospitalares."A incursão militar de Israel no hospital Al Shifa em Gaza City é totalmente inaceitável. Hospitais não são campos de batalha. Estamos extremamente preocupados com a segurança da equipe do hospital e os pacientes, protegê-los é fundamental. A OMS perdeu contato com funcionários do hospital. Uma coisa está clara: sob o direito humanitário internacional, instalações médicas, profissionais da saúde, ambulâncias e pacientes devem ser protegidos contra todos os atos de guerra", declarou ele, em pronunciamento. Em um ato terrorista, as forças militares de Israel invadiram o principal hospital da Faixa Gaza, o Al Shifa, nesta quarta-feira. De acordo com um jornalista presente no hospital e que relatou a situação à BBC, as forças israelenses vasculharam o local, indo de quarto em quarto e de andar em andar, interrogando tanto a equipe médica quanto os pacientes.Mohammad Zaqout, o diretor geral dos hospitais na Faixa de Gaza, disse ao canal Al Mayadeen que as forças israelenses ocuparam a sala de emergência do hospital Al Shifa e atacaram pacientes.As ações dos soldados incluíram disparos no ar para forçar as pessoas que ainda estavam dentro do hospital a sair, conforme relatado pelo jornalista. A emissora Al Jazeera informou na quarta-feira, citando fontes do hospital, que as forças armadas de Israel destruíram um armazém que guardava medicamentos e equipamentos médicos.Israel e os Estados Unidos acusam o movimento palestino Hamas de usar o hospital Al Shifa para suas operações de guerra contra Israel. O Hamas nega as alegações de que usa o hospital para fins militares.