Netanyahu admite que Israel não consegue conter o genocídio na Faixa de Gaza
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'Estamos tentando fazer o mínimo de vítimas civis. Mas, infelizmente, não estamos tendo sucesso', afirmou o primeiro-ministro israelense
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Washington I Reuters - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu nesta quinta-feira (16) que Israel tenta, mas não consegue reduzir as mortes de civis em sua incursão terrestre na Faixa de Gaza para destruir o Hamas. A afirmação foi feita em entrevista à rede americana CBS."Qualquer morte de civis é uma tragédia. E não deveríamos ter nenhuma, porque estamos fazendo tudo o que podemos para tirá-los do perigo, enquanto o Hamas está fazendo tudo para mantê-los em perigo", disse Netanyahu.O premiê afirmou que Tel Aviv tem lançado panfletos no território palestino alertando a civis para que deixem a área e feito os mesmo alertas por telefone. "Outra coisa que posso dizer é que tentaremos concluir esse trabalho com o mínimo de vítimas civis. É isso que estamos tentando fazer o mínimo de vítimas civis. Mas, infelizmente, não estamos tendo sucesso", afirmou.Em dado momento da entrevista ao vivo, Netanyahu quis fazer um paralelo com algo relacionado à Alemanha, mas não teve tempo de detalhar e foi interrompido pelo entrevistador da CBS, que fez uma pergunta sobre a segurança pós-guerra em Gaza.Civis palestinos têm sofrido o peso da campanha militar de Israel em resposta ao ataque do Hamas que Israel afirma ter matado 1.200 pessoas, a maioria civis, no dia 7 de outubro.Autoridades de saúde de Gaza afirmam que pelo menos 11.500 morreram em bombardeios e durante a invasão terrestre israelense - mais de 4.700 delas, crianças.Dois terços da população da Faixa de Gaza, de um total de 2,3 milhões de pessoas, estão desabrigados devido à guerra. Na quinta-feira, Israel lançou panfletos em partes do sul de Gaza pedindo às pessoas que deixassem o território por razões de segurança.A pressão internacional sobre Israel diante do aumento das mortes de civis palestinos em Gaza tem crescido nos últimos dias. O avanço recente do Exército israelense em hospitais do território, sob o argumento de que o Hamas mantém centros de comando e túneis nos locais, é alvo de duras críticas das Nações Unidas e mesmo de aliados de Tel Aviv.As Forças de Defesa de Israel (IDF) invadiram o maior hospital de Gaza, o al-Shifa, na madrugada desta quarta-feira (15), noite de terça (14) no Brasil. Os militares dizem que o local era usado como base de comando pelo Hamas, o que o grupo terrorista nega. As trocas de acusações não puderam ser verificadas de forma independente.