Ministro das Relações Exteriores palestino pede fim imediato da agressão israelense a Gaza

Al-Maliki destacou que a brutal agressão israelense contra a Faixa de Gaza atinge todos os cantos da região
247 - O Ministro das Relações Exteriores e Expatriados da Palestina, Riyad al-Maliki, enfatizou na quinta-feira (16) a necessidade urgente de parar a agressão israelense contra o povo palestino em Gaza, proteger os civis, acabar com o deslocamento forçado e facilitar o regresso dos palestinianos deslocados às suas casas.As declarações de Al-Maliki foram feitas durante uma reunião com o seu homólogo irlandês, Michael Martin, e a delegação que o acompanha na sede do ministério em Ramallah, informa a agência palestina de notícias WAFA.Al-Maliki destacou que a brutal agressão israelense contra a Faixa de Gaza atinge todos os cantos da região, não deixando nenhum lugar seguro dentro do território. Ele destacou que Israel explorou o pretexto da autodefesa para cometer massacres, resultando na perda de mais de 11 mil vidas palestinas, a maioria delas crianças e mulheres.“[Gaza] também enfrenta fome, deslocamento e destruição generalizada, o que constitui violações flagrantes do direito internacional humanitário e dos direitos humanos”, disse Al-Maliki.O Ministro denunciou as posições de alguns países que não mudaram a sua posição mesmo após 41 dias de agressão israelita. Ele notou o seu apoio contínuo ao chamado direito de Israel à autodefesa, concedendo efetivamente a Israel a justificação para persistir nos seus ataques e crimes contra civis inocentes em Gaza.Maliki também abordou as condições desafiadoras na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, onde as violações por parte das forças de ocupação israelenses e das milícias de colonos estão a aumentar.Condenou o incitamento de ministros israelenses, como Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, que defendem o assassinato de civis palestinos e a anexação da Cisjordânia. Al-Maliki também destacou as contínuas incursões sangrentas diárias das forças de ocupação israelenses em cidades, vilas e campos palestinos, resultando em 200 mortes, mais de 2.700 feridos e na detenção arbitrária de 2.500 indivíduos desde 7 de Outubro.O ministro instou os países que apoiam a solução de dois Estados a reconhecerem o Estado da Palestina para estabelecer as bases da paz na região, enfatizando que é impossível discutir o apoio a uma solução de dois Estados sem reconhecer o Estado da Palestina.Em resposta, o ministro irlandês expressou tristeza pela perda de vidas civis e apelou a um cessar-fogo humanitário em Gaza. Ele destacou os esforços da Irlanda para parar os acontecimentos em curso em Gaza.Martin enfatizou a necessidade de abrir corredores humanitários para ajuda essencial em Gaza e expressou preocupação com a escalada da situação na Cisjordânia.