Extrema direita tenta organizar palestra com Deltan Dallagnol na UFPR, mas estudantes barram
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O ex-Lava Jato iria ministrar um painel com o tema Liberdade de Expressão e Combate à Corrupção
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247 - Ex-procurador da Operação Lava Jato, o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) teve uma palestra marcada para esta sexta-feira (17) na Universidade Federal do Paraná (UFPR) cancelada por causa da pressão feita por integrantes do movimento estudantil da instituição onde o ex-parlamentar se formou. O ex-Lava Jato iria ministrar um painel com o tema "Liberdade de Expressão e Combate à Corrupção", no auditório nobre da instituição. Na rede social X, antigo Twitter, o ex-Lava Jato afirmou ter sido censurado, ao repostar um comentário de outro perfil. "Impedir palestra em universidade não basta.Agora impediram uma palestra sobre liberdade de expressão na @UFPR porque o @deltanmd iria falar".Em nota nas redes, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirmou que, após ter conhecimento da palestra, mobilizou estudantes para um ato contra a ida do lavajatista para a UFPR. "Essa é mais uma vitória do movimento estudantil e todo o campo progressista, democrático e popular da nossa instituição. Continuemos atentos! Aqueles que diariamente atacam as instituições públicas de ensino amam utilizá-las de palanque político para espalhamento do ódio".Em maio deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do ex-parlamentar por ter feito campanha enquanto ainda havia processos em análise no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por causa da atuação dele como procurador do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), onde eram feitas as denúncias contra investigados na Lava Jato. A partir de 2019 começaram a ser publicadas na imprensa as conversas entre Dallagnol e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato em primeira instância jurídica. De acordo com os diálogos, o atual parlamentar interferia na elaboração de denúncias, que devem ser feitas apenas por promotores, para, em seguida, o magistrado decidir se condena ou absolve a pessoa investigada. Também no mês de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão que obrigou Dallagnol a pagar R$ 75 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter apresentado um powerpoint em 2016, quando o então procurador fez acusações sem provas contra o petista. Em 2021, o STF declarou a suspeição de Moro nos processos contra o atual chefe de Estado, que teve seus direitos políticos devolvidos. Impedir palestra em universidade não basta.Agora impediram uma palestra sobre LIBERDADE DE EXPRESSÃO na @UFPR porque o @deltanmd iria falar.https://t.co/GMkrFC243q— Madeleine Lacsko (@madeleinelacsko) November 17, 2023