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Ноябрь
2023

A máscara do racismo "natural" precisa cair para haver justiça social

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Discurso meritocrático e teorias raciais tentam justificar o que é desumano. A morte é ferramenta de gestão na miséria. Desigualdade persiste
Por Leonardo LucenaMeritocracia, teorias raciais feitas por estudiosos e a maneira como foram propostas algumas leis abolicionistas mostram que o racismo nunca foi consequência de uma “seleção natural da espécie”. O capitalismo tem como objetivo o lucro. Para esta finalidade ser alcançada, é necessária a concentração de renda e a desigualdade racial. Professor de História e mestre em Serviço Social formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jones Manoel critica o discurso meritocrático como alternativa para o racismo. Segundo o historiador, “o poder político, ideológico e econômico da burguesia” tenta influenciar as pessoas a verem no mérito próprio a principal solução para enfrentar a desigualdade entre negros e brancos.“A compreensão média da maioria das pessoas é construída por aparelhos ideológicos que estão sob controle da classe dominante. Desde a indústria cultural - como a televisão que chega na casa de quase todos os brasileiros - até o aparelho educacional e o discurso da maioria dos partidos políticos e lideranças institucionais, temos a predominância de uma visão liberal de mundo - liberalismo de esquerda ou de direita. Nessa visão, faz sentido tomar como ponto de partida o indivíduo, seja para afirmar que não existe racismo e sim pessoas que ‘não se esforçaram o suficiente’, numa perspectiva de direita, ou de um ponto de vista liberal de esquerda, para afirmar que existe racismo, representado pela ausência da igualdade de oportunidades, numa competição injusta”, continua.Ato nos EUA contra o racismo e o historiador Jones Manoel. Foto: Reprodução (AFP) I Reprodução (Redes Sociais) Na avaliação do estudioso, que também é educador, comunicador popular, escritor e militante comunista, “embora o termo ‘racismo estrutural’ esteja popularizado, poucas pessoas e organizações políticas debatem que estrutura é essa”. “Quando falamos de estrutural, estamos falando de poder político, poder econômico, relações de poder do Estado e quem controla a economia a partir da propriedade dos meios de produção”.De acordo com o pesquisador Rogério Correa, doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), “a meritocracia não ajuda nem subestima os negros, pois se trata de um engodo, uma vez que o problema principal da sociedade brasileira é o enorme abismo que separa a maioria dos trabalhadores negros de uma minoria de trabalhadores brancos”. “Não se trata apenas de uma questão de remunerar o trabalhador pela sua dedicação, mas de qualificá-lo e dar condições para que ele acesse empregos com melhores remunerações e estabilidade”, afirma o estudioso, graduado (1995) e mestre (1998) em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mobilização contra o racismo no futebol e o filósofo Rogério Correa. Foto: Reprodução I Rafa Neddermeyer / Agência BrasilRafa Neddermeyer/ Ag�ia Brasil“Medidas para manter trabalhadores negros nos seus postos de trabalho são múltiplas. De um ponto de vista macroeconômico, é necessário estabilidade econômica. Isso implica em moeda estável e forte. Consequentemente, maior poder de compra. De um ponto de vista político e social, é necessário a implementação de programas de qualificação profissional para negros. É fundamental que as instituições de ensino superior tenham mais alunos negros. Tudo isso, no entanto, depende da implementação de políticas públicas centradas na população negra”, acrescenta.“Os negros ocupam empregos que não fazem parte dos chamados empregos do primeiro nível ou escalão. O número de juízes, médicos e odontólogos negros, por exemplo, é significativamente inferior ao número de brancos. Segundo a ‘Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira-2022 (IBGE)’, pretos e pardos são a maioria no comércio e reparação, na agropecuária, na construção, no transporte armazenamento e correios, no alojamento e alimentação e nos serviços domésticos. Brancos são a maioria na administração pública, saúde, educação, informação e financeira. Dado que o Brasil tem uma economia instável (pelo menos nos últimos anos foi assim), é claro que qualquer alteração ou agravamento da economia atinge trabalhadores negros, pois eles ocupam posições menos privilegiadas. Em segundo lugar, é necessário observar que trabalhadores negros possuem menos qualificação em comparação com trabalhadores brancos, pois o acesso e permanência deles nas instituições de ensino de todos os níveis é mais instável e problemático”.‘Morte é ferramenta de gestão na miséria’Integrante do Movimento Negro Unificado de Pernambuco, Ricardo Herculano destaca o fato de uma parte da negritude ver os negros e não a elite político-empresarial como a causa do racismo. O militante cita a dificuldade de acesso à educação como um dos motivos para a falta de senso crítico sobre as razões do racismo estrutural. “Eles nem percebem. A pobreza é o único lugar em que todo mundo é igual”, diz.Uma parte da negritude vê o próprio sustento em atividades como o tráfico de drogas, em que a morte é uma das condições para o funcionamento do negócio. O homicídio é uma ferramenta de gestão da "empresa", para a eliminação de concorrentes. “Eles (traficantes) querem estar no lugar de quem está mandando, ter uma arma na mão”.Protesto no estado do Rio de Janeiro e Ricardo Herculano. Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil I Reprodução(Photo: Tomaz Silva/Agência Brasil)Tomaz Silva/Agência BrasilO militante sugere a necessidade de integração entre escolas e familiares do negro. De acordo com o ativista, o negro que está na miséria vê na ilegalidade uma maneira de “vencer” a discriminação e se sustentar. “É sub capitaneado pelo submundo do crime, pelo tráfico. Os pais espancam, ele vai para rua. Quem o apoia? O tráfico”, reforça.Na entrevista, Bandeira cita as dificuldades do movimento negro. “Os movimentos sociais estão órfãos. Não têm (dinheiro). É difícil. Precisamos não apenas de ações, mas de políticas públicas para a população. Não temos que estar pedindo. Somos a maioria da população”. “Quem nos dar migalhas apenas como instrumento de voto. Querem que nossos filhos sejam empregados, eleitores dele”, afirma. ‘A bala não erra o negro’. EstatísticasA Rede de Observatórios da Segurança divulgou um estudo na última quinta-feira (16) e informou que a população negra representou quase 90% das pessoas mortas pela polícia em 2022. De 3.171 registros de morte, com informação de cor/raça declaradas, os negros somaram 87,35% (ou 2.770 pessoas) em oito estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí). A pesquisa foi intitulada “Pele Alvo: a bala não erra o negro”.No relatório, a cientista social Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios, reforçou que, “em quatro anos de estudo, um segundo fator nos causa grande perplexidade: mais uma vez, o número de negros mortos pela violência policial representar a imensa maioria e a constância desse número, ano a ano, ressalta a estrutura violenta e racista na atuação desses agentes de segurança nos estados, sem apontar qualquer perspectiva de real mudança de cenário”. “É necessário tomar a letalidade de pessoas negras causada por policiais como uma questão política e social. As mortes em ação também trazem prejuízos às próprias corporações que as produzem. Precisamos alocar recursos que garantam uma política pública que efetivamente traga segurança para toda a população”.O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), também havia apontado que negros foram a principal vítima de mortes em consequência de intervenções policiais. Representou 83,1% dos casos no ano passado.Jovem negro, arma e outra pessoa assassinada. Foto: Agência Brasil I Fernando Frazão / AbrOutras estatísticas retratam a desigualdade racial. No Brasil, a taxa de desocupação foi de 11,3% entre os que se autodeclaravam pretos, 10,1% entre os pardos e 6,8% entre os brancos no primeiro trimestre de 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontaram que, em 2021, pretos ou pardos eram mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do País, mas ocupavam somente 29,5% dos cargos gerenciais. O percentual de quase 30% não foi nem a metade da porcentagem referente (69%) aos brancos em locais de trabalho.O total de pessoas autodeclaradas pretas ou pardas é de 56,1% no Brasil e o de brancas, 43%, mostrou o IBGE, também com dados referentes a 2021, período em que, levando em consideração a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pretos e pardos abaixo da linha de pobreza (37,7%) foi praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). Sediado nos Estados Unidos, o BM adota como linha de pobreza os rendimentos de R$ 486 mensais per capita. A linha de extrema pobreza é de R$ 168 mensais per capita.Negros na extrema-pobreza. Foto: AbrRacismo 'científico', mercado de crânios e leis 'abolicionistas' O historiador Jones Manoel cita o ativista norte-americano Malcom X (1925-1965). “Malcolm X dizia que não existe ‘capitalismo sem racismo’. Ele estava certo. O racismo enquanto sistema global de dominação, exploração e negatividade ideológica de povos foi criação do capitalismo. No sistema capitalista, podemos ter políticas de ações afirmativas e reformas que reduzem alguns dos efeitos mais dramáticos do capitalismo racista - por exemplo, é possível, mesmo no capitalismo, reduzir o encarceramento em massa que vitima a população negra”, diz.“No sistema imperialista, temos uma máquina de propaganda permanente - como a indústria cultural dos Estados Unidos - que vilifica e demoniza certos povos, como árabes, africanos, orientais etc. Quando um povo é demonizado, desumanizado, você sente menos empatia, compaixão, dor pelas tragédias naquele povo. Fica mais fácil, por exemplo, a França invadir o Mali, matar milhares, dizer que foi uma ‘missão humanitária’ e a maioria das pessoas não questionar esse tipo de narrativa”, acrescenta.Relatos históricos mostraram que, a partir do século 17, o conceito de raça foi sendo mais discutido em um sentido social e não apenas animal. Por centenas de anos, intelectuais e pessoas favoráveis ao racismo tentaram justificar uma “seleção” natural dos homens e tentavam passar a mensagem de que negros estariam em posição de "inferior" aos brancos porque não conseguiram se adaptar a mudanças ambientais e sociais. Uma das principais influências do século XIX foi o antropólogo inglês Francis Galton (1822-1911). Ele criou a chamada Teoria da Eugenia, que seria a genética aplicada à seletividade de homens e mulheres. O objetivo era aumentar a reprodução nas classes alta e média, diminuir nas camadas pobres, e fazer prevalecer a falsa ideia de “superioridade” de raça.Escravos em 1.880 no Vale do Paraíba (Sudeste brasileiro), ossos de negros do continente africano e três pessoas acorrentadas. Foto: Reprodução (Nossa história em imagens) I Reprodução (BBC) I Reprodução (YT) O documentário História do Racismo, da British Broadcasting Corporation (Corporação Britânica de Radiodifusão), mostra que partes de corpos de africanos eram levadas para pesquisas na Europa com o objetivo de comprovar uma suposta condição biopsicológica inferior das pessoas nascidas na África. O (a) interlocutor (a) da BBC afirma que, "numa vala coletiva recém-descoberta, a poucos quilômetros da Ilha de Shark, repousaram algumas das vítimas do primeiro genocídio do século 20". "Outras vítimas viram negada a mera dignidade de uma vala coletiva. Elas se tornaram matéria-prima da ciência racial. Seus crânios e até cabeças decapitadas foram vendidos para museus na Europa, e usados para provar inferioridade dos africanos". Antiga colônia da Alemanha, a Namíbia, país no sudoeste do continente africano, teve o primeiro genocídio do século 20 (1904-1908). Segundo estimativas oficiais, cerca de 80 mil pessoas (homens, mulheres e crianças) de duas etnias locais, os herero e os nama, foram mortos por colonizadores alemães.Profissionais eram contatados por integrantes da elite de governos de países mais desenvolvidos para ajudar na elaboração de teorias racistas. Por décadas, defensores do racismo recorreram a estudiosos como o cientista e médico norte-americano Samuel George Morton (1799-1851); o dramaturgo irlandês George Bernard Shaw (1856-1950); o antropólogo alemão Eugen Fischer (1874-1967), dois ingleses - o sociólogo Herbert Spencer (1820 - 1903) e Winston Churchill (1874-1965), que, de 1940 a 1945, foi primeiro-ministro do Reino Unido (RU). O político britânico Lord Lytton (1831-1891), vice-rei da Índia (de 1876-1880), também influenciou europeus na tentativa de justificar as diferenças de oportunidades e qualidade de vida entre brancos e negros.Estimativas apontaram que os portugueses trouxeram ao Brasil cerca de 4,9 milhões de africanos para o trabalho escravo. Durante séculos, responsáveis por navios portugueses ou brasileiros chegaram em quase 90 portos do continente africano. Foram mais de 11,4 mil viagens, sendo 9,2 mil que tinham o Brasil como destino. Os números foram publicados no The Trans-Atlantic Slave Trade Databas, iniciativa internacional de catalogação de estatísticas do tráfico negreiro e que tem o apoio de instituições como a Universidade de Harvard (EUA). Escravos no Brasil. Foto: Reprodução (Uma Historia a Mais)No Brasil Colonial (1500-1822), os negros não eram só mão de obra, mas também mercadorias. Na Era Imperial (1822-1889) foi aprovada a Lei de Terras, em 1853, que determinava a posse da terra apenas por meio de compra, o que negros mais prejudicados. No século 19, alguns projetos impunham condições para a liberdade dos escravos. A Lei dos Sexagenários (1885) determinava que escravizados com 60 anos ou mais deveriam ser livres, mas era necessária indenização aos donos de escravos. Eles pagavam o débito com o trabalho, porque não tinham dinheiro para quitar a dívida. A Lei do Ventre Livre (1871) propunha pagamento a senhores que mantinham trabalho escravo. Por esta proposta, filhos de escravos poderiam ser considerados livres aos 8 ou aos 21 anos de idade. Em 1.888, a Princesa Isabel (1846-1921) assinou a Lei Áurea (1.888), que decretava o fim da escravidão. Na teoria, propostas no Brasil Imperial estimulavam o fim do escravismo, mas, na prática, os negros não tinham estudo e condições de se sustentar. A desigualdade social continuou.Em 1911, aconteceu o Congresso Universal das Raças, em Londres. O Brasil enviou como representante para a capital inglesa o antropólogo e médico João Batista Lacerda (1846-1915), então diretor do Museu Nacional (RJ). Em uma parte do artigo “Sur les métis au Brésil” (Sobre os mestiços do Brasil), ele prevê que Brasil seria um País branco. “A população mista do Brasil deverá ter pois, no intervalo de um século, um aspecto bem diferente do atual. As correntes de imigração europeia, aumentando a cada dia mais o elemento branco desta população, acabarão, depois de certo tempo, por sufocar os elementos nos quais poderiam persistir ainda alguns traços do negro” (confira o trecho na página 14 em PDF). Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), conflitos entre diferentes povos aconteciam nos cinco continentes do mundo (América, África, Ásia, Europa e Oceania. Mas, a partir dos anos 40 do século 20, palavras como genocídio, holocausto e racismo passaram a ser usadas com mais frequência após o extermínio de cinco a seis milhões judeus pelo regime nazista, comandado por Adolf Hitler, que nasceu em 1889 e morreu em 1945. Ele comandou o nazismo de 1934 a 45. Dois escravos (círculo), médico João Batista de Lacerda e, em mais destaque, uma missa realizada em maio de 1.888 no bairro de São Cristóvão, município do Rio (RJ). Foto: Reprodução (Uma história a mais) I Divulgação I Reprodução (Nossa História em Imagens)Ministério se pronunciaNas décadas seguintes aos anos 40, o racismo continuou sendo um dos principais desafios para o enfrentamento da injustiça social dentro e fora do País. Cotas para a entrada de negros em universidades é uma proposta que foi sendo cada vez mais discutida e implementada no Brasil.“Nós não podemos reduzir ações afirmativas somente a vagas”, alerta a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O ministério destacou ser “fundamental promover uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a inclusão”. “Isso implica em treinamentos regulares sobre diversidade, sensibilização para o racismo e desenvolvimento de uma mentalidade antirracista em toda a organização. Além de desenvolver e implementar políticas de não discriminação e não tolerância ao racismo. Isso inclui processos eficazes para denúncias e investigações de casos de discriminação racial”, complementa.Segundo a titular da pasta, “é de extrema importância apoiar a ascensão de lideranças negras dentro das organizações, garantindo que tenham oportunidades de progressão na carreira”. “Estamos falando de uma construção de memória de políticas públicas concretas que incentivem a permanência da população negra nos espaços, então por isso que a gente articula com a Mover, Coca-Cola, Ambev, e outras empresas, a gente pensa em programas para jovens negros entrarem nesse mercado de trabalho porque são os nossos corpos que estão morrendo”, acrescenta. “O MIR não pode implementar políticas organizacionais dentro de cada instituição privada, mas estamos sempre articulando com elas para que assim sejam firmadas parcerias e a formação de ações para esse público”. Universidade de Brasília (Une) e Anielle Franco no seminário '135 anos da Abolição – Entre a Escravidão e o Racismo', na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na capital federal. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Abr I Marcelo Casal Jr. / AbrEntre as entregas do Ministério este ano, está o decreto assinado pelo presidente Lula no dia 21/03/2023 que institui a 30% de pessoas negras em cargos de liderança dentro do governo federal, e também a instituição do FIAR - Formação de Iniciativas Antirracistas, feita em parceria com a Enap para formação de lideranças. Outra iniciativa citada pela pasta foi o Programa Esperança Garcia, que vai ofertar 30 bolsas de estudo de até R$ 3,5 mil mensais e 130 vagas em um curso preparatório virtual, sem qualquer custo para os beneficiados, que lançamos em parceria com a Advocacia-Geral da União, para aumentar o número de pessoas negras nesta carreira. O racismo existe, em nível global e nacional, independentemente de governo. Atualizar estratégias de mobilização em todos os continentes é uma das principais etapas para a diminuir não apenas a pobreza, mas também a desigualdade, num mundo onde o 1% mais rico capturou quase duas vezes mais riqueza do que o resto do planeta nos últimos dois anos, conforme relatório da Oxfam, divulgado este ano. As pessoas mais ricas viram a fortuna subir em US$ 26 trilhões. A dos 99% mais pobres aumentou apenas US$ 16 trilhões. Os números são preocupantes. É impossível mudar o passado. Mas a vida em sociedade não é estática. E as ideias para o combate ao racismo não têm limite. Escravos. Foto: Reprodução (Youtube) News Brasil 247 2023-11-18T15:44:36-03:00 b247-462538 Banco do Brasil pede perdão ao povo negro por gestões anteriores durante escravidão https://www.brasil247.com/brasil/banco-do-brasil-pede-perdao-ao-povo-negro-por-gestoes-anteriores-durante-escravidao img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023051007058_8d3521d63a0068fab3e968de2bb72ea444fd2e28c90379047467cbcdb95b348c.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Banco também anuncia ações para promover a igualdade étnico-racial br clear="all" Por Daniella Almeida, repórter da Agência Brasil - O Banco do Brasil (BB) pediu, na manhã deste sábado (18), perdão ao povo negro pelas gestões anteriores da instituição por participação no processo de escravidão de pessoas negras, durante o século XIX, no país. O pedido de perdão da atual gestão foi divulgado, hoje, no site da empresa.O banco fundado em 1808, tem, pela primeira vez, uma mulher negra em sua presidência, a funcionária de carreira Tarciana Medeiros. Na nota, a presidente do Banco do Brasil diz que “direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povo negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história [escravidão].” LEIA TAMBÉM: MPF instaura inquérito para investigar participação do Banco do Brasil na escravidão“Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país. O BB não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa” afirmou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.O pedido de perdão do Banco do Banco ocorre junto com o anúncio da adoção de um conjunto de novas medidas, que, de acordo com a instituição, tem o objetivo de promover a igualdade e a inclusão étnico-racial e de combater o racismo estrutural no país. O BB que espera que as novas medidas impactem positivamente na relação com clientes, funcionários, fornecedores, demais parceiros estratégicos da empresa e toda a sociedade.A empresa considera que a diversidade em sua base e que a mesma tem elevado potencial de inclusão financeira e geração de trabalho e renda, também para pretos e pardos. “O simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, enfatizou Tarciana Medeiros.Para a presidente do Banco do Brasil, boas práticas podem ser construídas de forma articulada com diálogo aberto com movimentos negros e outras instituições públicas e privadas. “As sequelas da escravatura convocam todos os atores sociais contemporâneos a agir para a promoção da igualdade étnico-racial, a contribuir por meio de ações concretas, como as que o BB já desenvolve de modo pioneiro, voluntário e destacado.O Banco do Brasil fez, faz a fará muito pela diversidade e desenvolvimento social e econômico em nossa sociedade. Para nós, Raça é prioridade, sim!”, enfatiza TarcianaO Banco do Brasil, constituído na forma de sociedade de economia mista, conta com a participação acionária do governo federal em 50% desta sociedade anônima. Por isso, o BB é considerado um dos cinco bancos públicos federais, ao lado da Caixa Econômica Federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB).AÇÕES - Entre as ações anunciadas pelo Banco do Brasil para a promoção de inclusão racial e do combate ao racismo estrutural no país, estão:- Fomento ao mercado de trabalho para o povo negro, com a inclusão de uma cláusula nos contratos com fornecedores do Banco do Brasil, a partir de novas licitações, que promova a diversidade, equidade e inclusão nos quadros de pessoal dessas empresas;- O Banco do Brasil também fará parceria para encaminhar jovens que participaram do programa Menor Aprendiz do BB para o mercado de trabalho;- Lançamento neste mês do edital de Empoderamento Socioeconômico de Mulheres Negras, do entre o BB e o Ministério da Igualdade Racial, para apoiar o fortalecimento institucional de organizações sociais e empreendimentos econômicos solidários urbanos e rurais de mulheres negras;- Realização em dezembro próximo do “MBM Inovahack”, do Movimento Black Money, com a participação do Banco do Brasil, com o objetivo de promover a inclusão financeira e econômica da população negra, por meio de soluções tecnológicas consideradas inovadoras;- Internamente, o programa "Raça é Prioridade" da empresa vai selecionar e desenvolver a carreira de até 150 funcionários pretos e pardos do Banco do Brasil, com potencial para atuar como líderes na empresa, mas, que atualmente ocupam outras funções;- Realização de um workshop sobre a promoção da diversidade, equidade e inclusão com estatais e fornecedores do banco.Para acompanhar as novas medidas anunciadas, o Banco do Brasil criou um site que trata da construção de um futuro mais diverso, inclusivo, equitativo e justo, em todos os contextos e para todos. A página eletrônica trará atualizações de novas medidas que possam ser anunciadas pelo banco. News Brasil 247 2023-11-18T15:29:01-03:00 b247-462537 Gaza: Sobe para 200 o número de mortos em ataque de Israel a escola em campo de refugiados https://www.brasil247.com/mundo/gaza-sobe-para-200-o-numero-de-mortos-em-ataque-de-israel-a-escola-em-campo-de-refugiados img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231101091152_9edae6b392b370a0f192190a88de0536292bcee790a283b3a3f421669a01823d.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / A escola Al-Fakhoora, localizada no campo de refugiados de Jabaliya, é administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e abrigava pessoas deslocadas na região br clear="all" 247 - A tragédia se aprofunda na Faixa de Gaza, com o aumento para 200 do número de vítimas fatais em um ataque israelense à escola Al-Fakhoora, no norte da região, conforme relatado pela emissora Al Jazeera.Os números iniciais davam conta de que ao menos 50 pessoas haviam morrido em decorrência do bombardeio israelense realizado contra a escola na madrugada deste sábado (18), conforme comunicado pela agência de notícias AFP. O Ministério da Saúde de Gaza confirmou o número inicial de mortos, mas o cenário se agravou ao longo do dia.A escola Al-Fakhoora, localizada no campo de refugiados de Jabaliya, é administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e abrigava pessoas deslocadas na região. Desde o início do mês, o campo tem sido alvo frequente de ataques por parte de Israel.O campo de Jabaliya é considerado o maior campo de refugiados na Faixa de Gaza, abrigando uma população onde mais de 80% são refugiados ou descendentes daqueles que deixaram suas casas em 1948, durante o estabelecimento do Estado de Israel, conforme destacou a AFP. News Brasil 247 2023-11-18T15:20:01-03:00 b247-462536 Paz é a palavra de ordem imediata! https://www.brasil247.com/blog/paz-e-a-palavra-de-ordem-imediata-uq0zthgx img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231112141140_e7e430115686d914814f182d66cb5b2cfd074b1bac00a8230bcf6744800f2265.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / O genocídio em Gaza comprometerá para sempre a paz mundial br clear="all" Parem de soltar bombas assassinas, soltem pombas símbolos da paz.A diferença é de uma letra e de muitas vidas salvas.Não enviem mísseis, enviem cestas de mantimentos e medicamentos.A diferença é a escolha entre a vida e a morte, entre o humanismo e o barbarismo. O genocídio em Gaza comprometerá para sempre a paz mundial. Os países, cujos governos estão apoiando ou omissos diante dessa guerra, também ficarão marcados como responsáveis ante a história. Mirem-se na biografia nazista e da segunda guerra mundial e verão o que a história lhes reserva.Sem paz, os filhos da guerra serão potenciais protagonistas de novos conflitos.Qual será o futuro dos órfãos, sejam palestinos ou judeus? As futuras gerações de árabes e israelenses herdarão o traumatismo de um genocídio televisado, assumido, e com consequências ainda difíceis de avaliar em sua totalidade, mas fácil de afirmar que doravante a coexistência pacífica entre os Estados é uma fratura exposta e sem remédios à vista.É delírio sociopata de Netanyahu acabar com Gaza e palestinos. Permanecer nessa obsessão transformará Israel em pária humana, indesejada por todos os povos do planeta terra. Pode até ganhar militarmente a guerra, mas não será uma vitória política, e muito menos conseguirá manter o território da Faixa de Gaza sob domínio político.Por conta da sociopatia do primeiro ministro, o governo israelense vai entrar em colapso, moral, político e econômico. Vejam por quanto tempo a Alemanha andou de cabeça baixa, sem ter projeto próprio livre dos EUA e da ex-União Soviética?O povo alemão não cicatrizou as feridas das guerras, seu carma ainda permanece atravessando gerações. Os judeus do mundo todo, se a paz não vier de imediato, também carregarão a marca dos holocaustos. Uma dupla marca: a que sofreram nos cativeiros nazistas e a que os palestinos estão vivendo no cativeiro de Gaza por obra dos judeus israelenses. O direito internacional não dá licença para repelir uma agressão com outra desmedidamente superlativada, notadamente quando as vítimas são civis, crianças, mulheres, idosos e enfermos.Dos 12 mil palestinos mortos, a maioria é de crianças, em torno de 5 mil são de mulheres, mais de 3 mil de idosos; próximo a 30 mil feridos e enfermos. (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cqeplqy3e3eo)Numa guerra o direito e a verdade são mutilados diuturnamente, mesmo que contrariando os fatos e as imagens. As imagens de Gaza, como um cemitério de corpos e escombros, os vazios de onde eram as escolas e hospitais, as doenças das putrefações causadas pelo morticínio, povoarão as mentes e sofrerão de pesadelos por décadas, e as próximas gerações carregarão traumaticamente essa herança fúnebre. O Brasil incomoda a todos os países e sobremaneira as potências militares ocidentais, que têm na belicosidade das armas os seus modos de ser e existir.Netanyahu, em sua loucura, desafia o mundo, quer tocar fogo no oriente médio e, quiçá, mais além.“Temos de vencer, não só para o nosso bem, mas para o bem de todo o Oriente Médio, para o bem dos nossos vizinhos árabes. Se não vencermos agora, a Europa será a próxima. E, então, você é o próximo. Temos que vencer”, apontou Netanyahu, nesta segunda-feira, 13/11, em entrevista na Fox News.O que está por traz desse dito “a Europa será a próxima”? Próxima a quê? A ser atingida, e por quem?Como Hitler, Netanyahu é um alucinado, em sua megalomania delirante é capaz de injetar o ódio entre nações, como Zelensky acreditou que conseguiria.Na Ucrânia, o obstáculo é que do outro lado tinha (tem) uma superpotência nuclear, a Rússia. Já do lado contrário à Israel, que é apoiada por uma superpotência militar, os EUA, não há força equivalente e nem persuasiva.Rússia e China pisam em ovos, para não aceitar a inevitabilidade de uma terceira guerra mundial e fatal à humanidade. Entretanto, esse compasso pode ser entendido como permissivo para com a estratégia imperialista.Nesse complexo cenário, Israel sente-se mais potente do que é, e alimenta a sua paranoia beligerante e colonialista.Busquem os discursos e narrativas de Hitler e seus nazistas de elite e verificarão mais que semelhanças, verdadeiras identidades com a práxis do governo de Israel. A ideologia que move Israel é essencialmente neonazista. A religião que Israel pratica é o satanismo, mas dela se apegou ao que lhe convém, como “cada um é seu próprio deus e o seu próprio demônio, cujo eixo moral é olho por olho, dente por dente”, e a medida cada qual defina como quiser, no caso da guerra com o Hamas, o parâmetro é o genocídio total. Os métodos usados por Israel nesta guerra com o Hamas, vão nutrir no mundo todo os movimentos e os estados terroristas, as milícias e polícias fascistas, e colateralmente o punitivismo penal. A impunidade de Israel não pode vencer a justiça internacional. O genocídio praticado pelo governo israelense não pode esmagar os direitos humanos, especialmente o direito humanitário internacional.Prosperando a impunidade, as regras civilizatórias serão letras mortas e enterradas com os corpos das crianças, das mulheres, dos idosos e enfermos de Gaza, que não ofereciam qualquer perigo ao povo israelense. Israel não tem limites, não aceita resoluções da ONU, aparentemente resiste até ao seu protetor maior, EUA, a oposição interna ainda não tem forças para destituir o neonazista Bibi, e os países estão demorando na pressão, na suspensão de relações, enquanto seu poder bélico vai arrasando a Faixa de Gaza, O Brasil não é uma potência militar, mas é uma potência verde, ecológica e alimentícia, que vive em paz com seus vizinhos, que não fez do seu tamanho e potencialidades fatores de subjugação dos países fronteiriços. Ao contrário, os ajuda, como recentemente à Argentina e à Venezuela. Bem como à Cuba, sendo protagonista histórico e novamente articulador para encerrar o criminoso bloqueio econômico pelos EUA àquela ilha dos sonhos de Fidel e Che, revolucionária, fraterna, exemplo de solidariedade internacional.O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, é um estadista respeitado por todos os líderes dos demais países, até por aqueles que julgavam que poderiam constrangê-lo e seduzi-lo, como Biden e Zelensky; por tudo, na atual conjuntura internacional, o Brasil pode desempenhar um papel maior do que até agora tem feito e tem servido de exemplo, como foi o resgaste dos brasileiros de Israel e de Gaza e a proposta de resolução ao Conselho da ONU vetada pelos EUA. Lula, contudo, sofre com o cerco dos três êmes (mídia, militares, mercado) representados nas presidências desses três poderes, STF, Câmara Federal, Senado e no Ministério da defesa. Porém, quero acreditar e faço figa, que o embaixador terrorista de Israel, que se imiscuiu em política e na sede de um poder institucional da República do Brasil, seja considerado persona non grata e despachado com mala e cuia de volta ao seu Estado terrorista. Os governos latino-americanos estão tomando posição clara e assertiva contrária a Israel e estão recebendo respostas virulentas do presidente daquele país. Lula, como maior liderança desse cone, não deveria ficar com excessivas cautelas e perder o timing.Outros países já apelaram ao Tribuna Penal Internacional.O cerco se fecha, todavia, Israel resiste a qualquer apelo e constrangimento, vive num mundo paralelo, o da esquizofrenia paranoide de Netanyahu. Olhando pelo retrovisor da história, as religiões nunca trouxeram amor e paz. Pregam o que não praticam, e nem realizam coletivamente o que desenham como ideal.Em lugar do amor e da paz, levaram ódio e guerra. Em lugar da liberdade levaram alienação e subjugação. Em lugar do progresso científico ergueram o negacionismo à ciência. Em lugar da dialógica e do perdão, levaram a imposição e a tortura. Em lugar da comunhão levaram o anátema. Em lugar da convivência fraterna e da respeitosa coexistência pacifica, levaram o racismo, a misoginia, o preconceito sexual e o despotismo. Em lugar de dar, tomaram. Em lugar da caridade, cobraram dízimo. Em lugar da indulgência terrena, venderam-na como crédito para entrar nos reinos do além. Essas ligações com a metafísica do divino, do transcendental, manipuladas e sendo cortinas históricas para os reais interesses materiais egóicos, até quando essa fraude continuará a engabelar a humanidade? As descobertas contínuas das ciências, o desenvolvimento tecnológico incessante, o risco da sobrevivência do planeta, parece que nada afeta às crenças primitivas, cujos processos alienantes mantém a maioria esmagadora da população mundial ignorante do sentido histórico da vida.Não por outras, o temor da filosofia e da sociologia chegarem às grandes massas sociais, permeia os sistemas políticos e econômicos. Religião e Poder sempre conveniados, favorecendo as elites religiosas e laicas, e as necessidades primígenas da humanidade, como alimentação, moradia, trabalho, liberdade e segurança, continuam carentes até a atualidade e idem no horizonte longínquo. Qual o monstro que impede nos séculos recentes as respostas as essas necessidades?Esse monstro de muitos tentáculos, com fúrias espalhadas por vários países, é, desde a segunda guerra mundial, o imperialismo ocidental, tendo à frente os Estados Unidos da América do Norte. Os povos de todo o mundo devem se unir para combater esse monstro, tendo à frente a juventude, pois é o seu futuro que está comprometido.A China, como o país mais promissor economicamente e internamente com melhorias sociais crescentes, guiada por uma perspectiva ideologia socialista e uma democracia própria, deveria assumir o protagonismo político-ideológico que lhe cabe neste cenário periclitante. Os Brics devem muito em breve também se posicionar - esperamos e desejamos. Na vida como na política acertar o tempo certo de uma ação frente ao desafio é fator decisivo para a vitória.Fica a sugestão de no dia internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, soltarmos as pombas da paz em todos os recantos do mundo. News Brasil 247 2023-11-18T15:04:51-03:00 b247-462535 Nave 'Starship' da SpaceX, de Elon Musk, explode mais uma vez em novo lançamento https://www.brasil247.com/geral/nave-starship-da-spacex-de-elon-musk-explode-mais-uma-vez-em-novo-lancamento img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231118141144_c4035febea3bd184ff64e55fde40d8b924b973757c99e71566f0297e882dc3c7.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Explosão não estava programada, de acordo com declarações oficiais da SpaceX br clear="all" 247 - A SpaceX, empresa de exploração espacial liderada pelo bilionário Elon Musk, enfrentou outro revés neste sábado (18), quando a segunda tentativa de lançamento da nave Starship terminou em uma explosão do propulsor logo após a decolagem, informa o portal g1. A empresa também admitiu ter perdido contato com a cápsula durante o teste.O lançamento era visto como crucial para os planos futuros da SpaceX, já que a Starship é considerada a nave mais poderosa do mundo e tem como objetivo realizar missões para a Lua e Marte.A explosão não estava programada, de acordo com declarações oficiais da SpaceX. A empresa, no entanto, enfatizou que o teste, embora tenha terminado em fracasso, é uma parte essencial do processo de desenvolvimento da nave, visando torná-la mais confiável e segura para missões futuras.Esta não é a primeira vez que a Starship enfrenta problemas em seus testes. Em abril deste ano, uma nave de mesmo modelo explodiu antes de atingir a órbita terrestre. Em ambas as missões, é importante notar que não havia tripulantes a bordo. News Brasil 247 2023-11-18T14:48:04-03:00 b247-462534 Turquia se oferece para reconstruir Gaza se cessar-fogo for alcançado, diz Erdogan https://www.brasil247.com/mundo/turquia-se-oferece-para-reconstruir-gaza-se-cessar-fogo-for-alcancado-diz-erdogan img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230528170556_8996c8c29941c29617c51301dd458c3c904bb69faf2daea3d6f16be94e9666b3.png" width="610" height="380" hspace="5" / Faremos esforços para reconstruir a infraestrutura danificada em Gaza e reconstruir escolas, hospitais, instalações de água e energia destruídas, disse o presidente turco br clear="all" ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia fará esforços para reconstruir a infraestrutura danificada, hospitais e escolas em Gaza se um cessar-fogo for alcançado, reportou a mídia turca neste sábado, citando o presidente Tayyip Erdogan."Se um cessar-fogo for alcançado, faremos o que for necessário para compensar a destruição causada por Israel", afirmou Erdogan a repórteres em seu avião de retorno de uma viagem a Berlim, onde teve conversas com líderes alemães."Faremos esforços para reconstruir a infraestrutura danificada em Gaza e reconstruir escolas, hospitais, instalações de água e energia destruídas", acrescentou, de acordo com a emissora A Haber em seu site.Nesta semana, Erdogan pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que anunciasse se Israel possui armas nucleares, e ele retomou o assunto em seus comentários aos jornalistas, solicitando inspeções de armas nucleares no país. "Como Turquia, estamos fazendo esse apelo. As armas nucleares de Israel devem ser inspecionadas sem dúvida, antes que seja tarde demais. Vamos acompanhar isso", afirmou.Erdogan também disse que famílias de israelenses mantidos como reféns pelo grupo militante Hamas lhe enviaram uma carta solicitando sua intervenção para garantir a libertação dos reféns, e ele afirmou que a agência de inteligência turca foi acionada para investigar a questão. News Brasil 247 2023-11-18T14:19:31-03:00 b247-462533 Ataques israelenses contra blocos residenciais matam ao menos 47 pessoas no sul de Gaza https://www.brasil247.com/mundo/ataques-israelenses-contra-blocos-residenciais-matam-ao-menos-47-pessoas-no-sul-de-gaza img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231103121140_a3267c5e8474aa5a490e6f2ec3d1f930e5388ede76112c25c41d6593090fd5f5.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Israel está iniciando uma nova onda de invasões e ataques no sul do enclave, após subjugar o norte br clear="all" 247 - Ataques aéreos israelenses contra blocos residenciais no sul de Gaza mataram pelo menos 47 palestinos neste sábado, de acordo com médicos da região. Israel emitiu alertas para que civis deixem a região, pois está iniciando uma nova onda de invasões e ataques no sul do enclave, após subjugar o norte.De acordo com a agência de notícias Reuters, autoridades palestinas acusaram o exército israelense de retirar à força a maioria dos funcionários, pacientes e pessoas deslocadas do maior hospital de Gaza, no norte, e abandoná-los a jornadas perigosas rumo ao sul a pé. As forças israelenses tomaram o controle do hospital Al Shifa em sua ofensiva no norte de Gaza no início desta semana, alegando que o local escondia um centro de comando subterrâneo do Hamas. Após a invasão ao hospital, no entanto, não foram constatados elementos substnaciais que justificassem as alegações de Israel.Desde o início de outubro, Israel bombardeou grande parte da Cidade de Gaza -- o núcleo urbano do enclave -- às cinzas, ordenou o despovoamento da metade norte da estreita faixa e deslocou cerca de dois terços dos 2,3 milhões de palestinos de Gaza.Autoridades sanitárias de Gaza informaram um aumento no total de mortos na sexta-feira (17) para mais de 12 mil pessoas, incluindo 5 mil crianças. A ONU considera que esses números são confiáveis, embora estejam sendo atualizados com pouca frequência, pela dificuldade de coletar informações.A ofensiva israelense no sul da Faixa de Gaza pode obrigar centenas de milhares de palestinos que fugiram da incursão israelense na Cidade de Gaza, no norte, a se deslocarem novamente, junto com os moradores de Khan Younis, uma cidade com mais de 400 mil habitantes, agravando a grave crise humanitária.De sexta para sábado, 26 palestinos foram mortos e 23 ficaram feridos por um ataque aéreo contra dois apartamentos em um prédio de vários andares em um movimentado distrito de Khan Younis, segundo autoridades sanitárias. Alguns quilômetros ao norte, seis palestinos foram mortos quando uma casa foi bombardeada pelo ar, na cidade de Deir Al-Balah, de acordo com autoridades sanitárias.Um terceiro ataque aéreo israelense na tarde deste sábado matou 15 palestinos em uma casa a oeste de Khan Younis, perto de um abrigo para deslocados, disseram testemunhas e médicos. Israel diz que o Hamas geralmente esconde combatentes e armas em edifícios residenciais e outros edifícios civis, o que o Hamas nega.Um comunicado do exército israelense disse apenas que, nas últimas 24 horas, sua força aérea atingiu dezenas de alvos de Gaza, incluindo militantes, centros de comando, bases de lançamento de foguete e fábricas de munições. [Com base em informações da agência Reuters] News Brasil 247 2023-11-18T14:07:51-03:00 b247-462532 Como aprofundamos nossas democracias restritas? https://www.brasil247.com/entrevistas/como-aprofundamos-nossas-democracias-restritas img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231026171048_10affaaf9107bff378fa6298a71698abdf0f9f5d5064a5aee08f2f44f296f5b1.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Confira análise do dirigente comunista argentino Ariel Elguer sobre a eleição presidencial de seu país, entre o ultradireitista Javier Milei e o ministro da Economia, Sergio Massa br clear="all" 247 - O dirigente do Partido Comunista da Argentina (PCA) Ariel Elguer concedeu entrevista ao Canal Pão com Ovo há dois dias das eleições e avalia que a extrema direita representada no candidato Millei precisa ser derrotada nas eleições, pois se trata de um laboratório de “grupos concentrados da decadência do poder mais concentrado do mundo, das burguesias parasitárias e do poder local” que levam as forças de esquerda a buscar o aprofundamento de uma democracia restrita, que efetivamente não consegue melhorar as condições de vida da maioria da população, mas que ainda assim é melhor do que a barbárie proposta por Millei.Em uma entrevista de uma hora e quatro minutos concedida ontem 17/11 ao Canal Pão com Ovo e transmitida pela Voz Trabalhadora, Vozes Livres e Canal Geopolítica, o dirigente comunista argentino Ariel Elguer fez uma análise da eleição presidencial de seu país, cuja votação em segundo turno ocorre neste domingo dia 19/11, entre o candidato de esquerda Sérgio Massa e o candidato ultradireitista Javier Millei. A entrevista foi mediada pelo integrante da Pão com Ovo Igor Pereira e conduzida pelo editor internacional do site Brasil 247 José Reinaldo de Carvalho. O jornalista perguntou a Elguer sobre o tema da entrevista, que é a Argentina entre a democracia e a barbárie, o que ele avalia em relação a isso. Transcrevemos o trecho na íntegra em que ele responde essa pergunta:Nós entendemos que esse grande debate entre democracia e barbárie ou fascismo é parte do contexto mundial em que estamos. Entendemos que não podemos escapar da crise civilizatória do capitalismo e não podemos escapar da tendência da guerra global que está acontecendo hoje na Palestina, e por isso toda nossa solidariedade com o povo palestino.Os diferentes golpes institucionais e ações que estão ocorrendo em toda a nossa latinoamérica nos últimos anos, incluindo o Brasil, demonstram que há uma tendência global de belicosidade dessa nova direita, desse fascismo ultradireitista e ademais ultraliberal. Uma combinação que as forças comunistas terão que estudar mais, aprofundar sobre esse fenômeno novo que aparece nos principais países do mundo e também em nossa região. São expressões que efetivamente contactam com sentimentos e opiniões de nosso povo, e justamente atacam estas democracias.Patricia Etchegaray, que foi secretária geral de nosso partido, falava que temos democracias restritas. A abertura democrática pós-ditadura resultou nessas democracias restritas que não puderam efetivamente dar soluções materiais e reais a nosso povo. Creio que as experiências da Pátria Grande dos últimos anos da derrota desse projeto que foi a ALCA, e sem dúvidas de ampliação de direitos e melhores condições de vida para nosso povo, em todas as ações de desenvolvimento e soberania em uma grande quantidade de aspectos, ainda assim não puderam resolver situações profundas em nossas sociedades.Hoje, em que pese o governo que derrotou eleitoralmente o macrismo nas últimas eleições, estamos frente a uma pobreza de 40% e uma pobreza infantil de 60%. Então, sem dúvida, há ações materiais que contactam esses setores fascistas e direitas e que dão vazão a um setor de nosso povo pensar nessa destruição, nesse ataque às castas e ao Estado que não dá respostas. Para mim é muito anedótico. Uma companheira que estava conversando ao final do dia ao tirar o lixo de casa, encontra dois papeleiros, aqueles que buscam o lixo para vender papelão, numa economia de sobrevivência. E ela perguntou eles: em quem vocês votaram? Eles responderam que votaram em Millei. A companheira então perguntou pq votaram em Millei, pois ele vai tirar nossos direitos. Os papeleiros então responderam perguntando: "e que direitos nós temos"? Temos que discutir e aprofundar: quais democracias nós temos?Temos um grande dilema das forças populares, revolucionárias, progressistas e de esquerda. Como aprofundamos a democracia mesmo? A democracia participativa, que dê respostas a igualdade entre as pessoas. Hoje sem dúvida, o debate de democracia ou fascismo, as democracias que temos são o melhor que temos e podemos construir. A experiência que propõe Millei e a candidata a vice, como dizia Igor, ela é filha de militares e reivindica a última ditadura militar e põe em dúvida se realmente houve 30 mil companheiros detidos e desaparecidos na Argentina ou não, ela retorna a todo um clima de ódio político, de ataque a todas as instituições.O outro fato que temos que mencionar foi o ataque de bombas de coquetel Molotov citado por Igor, à sede do Partido Comunista da Argentina. Não é um fato isolado. É parte de um ataque que ocorre ao longo do nosso país não só ao partido comunista, mas também à Campora e diferentes organizações políticas de nosso povo e até organizações do movimento popular. Nos últimos dias, várias universidades públicas sofreram atentados de diferentes grupos e sabemos que vem se formando e desenvolvendo como em épocas obscuras dizendo que vamos sequestrar, vamos usar o Falcon, esse emblema na Argentina com que sequestraram companheiros militantes populares na ditadura civil-militar argentina.Há um clima de ódio político não muito distante do que acontece no Brasil e nos Estados Unidos. Estamos nesse mesmo momento alertando sobre a realização das próprias eleições no domingo 19 de novembro. Por que vem falando Millei sobre fraude nas eleições, pondo em dúvida todo o aparato democrático, entre outras coisas, para criar um clima semelhante ao que aconteceu no Brasil com o grupo de apoiadores de Bolsonaro, e nos Estados Unidos em torno do episódio do assalto ao Capitólio. Essa direita fascista e reacionária efetivamente vem com uma decisão de belicosidade e uma quantidade de ações que está estruturada.É interessante a canção (paródia da música Ilariê da Xuxa que chama Millei de louco), ela faz uma desconstrução com bom humor, mas efetivamente Bolsonaro é um louco solto? Trump, Millei, são loucos soltos? Ou são laboratórios e ensaios destes grupos concentrados da decadência do poder mais concentrado do mundo, das burguesias parasitárias e do poder local da Argentina que buscam expressões para implementar uma agenda de direita? Há uma ameaça dos direitos trabalhistas com propostas de flexibilização das leis de proteção ao trabalho explicitada por Millei, na eliminação do artigo catorze da constituição, que são temas sensíveis e centrais da agenda dos trabalhadores. A ameaça sobre a educação pública e de qualidade, sobre a saúde pública, há uma grande quantidade de aspectos que vem a atacar a essa democracia restrita sim, mas que ainda defende interesses populares.Para ouvir o trecho da entrevista, clique no link abaixo: Para ver a íntegra da entrevista, clique no link abaixo: News Brasil 247 2023-11-18T13:45:31-03:00 b247-462531 Eventos serão obrigados a autorizar entrada de garrafas de água após morte em show da Taylor Swift https://www.brasil247.com/brasil/eventos-serao-obrigados-a-autorizar-entrada-de-garrafas-de-agua-apos-morte-em-show-da-taylor-swift img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231118131132_e883c598dd59973d338b31423368f7c4624d6c299b35bc716401c98d7de288f0.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Ministro Flávio Dino determinou que empresas produtoras de eventos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em ilhas de hidratação de fácil acesso br clear="all" 247 - Após a morte de Ana Benevides, de 23 anos, durante o show da cantora Taylor Swift no estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na sexta-feira (17), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou neste sábado (18) que, por ordem da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, a entrada de garrafas de água de uso pessoal, em material adequado, será permitida em espetáculos no Brasil.Além disso, o ministro determinou que empresas produtoras de eventos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em "ilhas de hidratação" de fácil acesso. A medida entra em vigor imediatamente, com a promessa de uma Portaria detalhada a ser editada ainda hoje.A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de ÁGUA de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos. E as empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar… Flávio Dino ???????? (@FlavioDino) November 18, 2023O Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, responsável por executar a determinação do Ministro, já havia enfatizado o que chamou de "insanidade" de negar água a milhares de pessoas em meio a condições climáticas extremas. "De imediato estamos determinando que a produtora T4F assegure o acesso à água em todos os shows da cantora Taylor Swift no Brasil. É uma insanidade negar água a milhares de pessoas num calor em que a sensação térmica chegue a 60 graus!" declarou Damous.Ana Benevides, estudante de Psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), faleceu devido às condições adversas provocadas pelo intenso calor no estádio. A proibição de entrada com garrafas d'água gerou manifestações de descontentamento nas redes sociais, com espectadores presentes no local expressando frustração diante da impossibilidade de se hidratar durante o evento. News Brasil 247 2023-11-18T13:36:25-03:00 b247-462530 SP: prefeitura cancela eventos ao ar livre devido risco de tempestade https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/sp-prefeitura-cancela-eventos-ao-ar-livre-devido-risco-de-tempestade img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230313150320_41bde131445c656805e34344d6d96bbb77a7972a47b224ea79e8be7b9a18a6e2.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / A prefeitura informou que acatou alerta da Defesa Civil do Estado de São Paulo, sobre possibilidade de tempestades e rajadas de vento intensas na capital paulista br clear="all" Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - A prefeitura de São Paulo informou neste sábado (18) que vai cancelar todos os eventos ao ar livre promovidos pela gestão municipal a partir das 16h de hoje, incluindo aqueles programados para a comemoração do Dia da Consciência Negra.Em nota, o poder municipal destacou que acatou alerta da Defesa Civil do Estado de São Paulo, sobre possibilidade de tempestades e rajadas de vento intensas na capital paulista, que podem chegar a 100 quilômetros por hora (km/h). Os eventos previstos para o domingo (19) e segunda-feira (20) estão mantidos, mas dependem de novas informações da Defesa Civil estadual ainda neste sábado.Os parques municipais ficam abertos, mas o horário de fechamento pode ser antecipado diante de avisos de alertas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil. Em caso de chuva intensa no período em que estiverem fechados, há a possibilidade de o horário de abertura ser alterado no domingo.“A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente vai manter todas as equipes de plantão e vai publicar posts nas redes sociais deles alertando sobre uma possível alteração no horário de funcionamento e solicitando que a população atenda aos pedidos dos funcionários dos parques caso o fechamento seja necessário”, divulgou a prefeitura. News Brasil 247 2023-11-18T12:55:41-03:00 b247-462529 Após agressão, Ana Hickmann fala em ex-marido e dará entrevista contando tudo à Record https://www.brasil247.com/midia/apos-agressao-ana-hickmann-fala-em-ex-marido-e-dara-entrevista-contando-tudo-a-record img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231113161124_459e3c5da41292f6d0576043c2a19c337206cbb60a80b8764fb9eb101c12fb4a.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Apresentadora foi agredida por Alexandre Correa no último sábado br clear="all" 247 - A apresentadora Ana Hickmann, que recentemente denunciou seu marido, Alexandre Correa, por agressão em sua casa em Itu (interior de São Paulo), está decidida a esclarecer a situação em uma entrevista exclusiva à Record. O casal, inclusive, está separado há uma semana e Ana já se refere a Correa como seu "ex-marido", de acordo com informações obtidas pelo Notícias da TV.O portal também informa o motivo da briga entre o casal, que levou às agressões por parte de Correa, foi financeiro. Ele agencia a vida profissional da apresentadora desde a adolescência, e ela o acusa de ser "obcecado por dinheiro" e de ter "destruído o patrimônio" da família.A apresentadora, que enfrenta dificuldades financeiras com suas empresas acumulando dívidas desde o fechamento das lojas de sua marca durante a pandemia, fez empréstimos bancários que totalizam R$ 7,5 milhões nos últimos 14 meses. O Banco Safra move duas ações contra o casal, alegando um total de R$ 14,6 milhões em processos de cobrança. Há o risco iminente de bloqueio de dois apartamentos em São Paulo e cinco carros para pagamento das dívidas.Neste contexto, Ana está em negociações com a Record para definir "o momento certo" de conceder a entrevista explicando toda a situação. Embora exista expectativa na emissora de que a entrevista ocorra no próximo Domingo Espetacular, amanhã (19), nada foi confirmado até o momento.A apresentadora já havia se pronunciado anteriormente na televisão, durante sua participação no programa "Hoje em Dia" da Record, na última segunda-feira (13), agradecendo o apoio recebido e mencionando a dificuldade de lidar com a situação. Prometeu, na ocasião, trazer à tona toda a verdade quando se sentisse pronta e mais forte emocionalmente. News Brasil 247 2023-11-18T12:47:01-03:00 b247-462528 Bombardeio israelense mata ao menos 50 pessoas em escola da ONU localizada em campo de refugiados https://www.brasil247.com/mundo/bombardeio-israelense-mata-ao-menos-50-pessoas-em-escola-da-onu-localizada-em-campo-de-refugiados img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231104131116_211f47ddd88f5468de151a2ae5b07b864e3fd2c23deb04974835a9e0c7822cd6.png" width="610" height="380" hspace="5" / Número de mortos foi confirmado pelo Ministério da Saúde de Gaza. Desde o início deste mês, Jabaliya já foi alvo de diversos ataques por parte de Israel, com mais de 200 mortes br clear="all" 247 - Um bombardeio israelense contra a escola al-Fakhoura no campo de refugiados de Jabaliya, ao norte da Faixa de Gaza, matou ao menos 50 pessoas na madrugada deste sábado (18), informa a agência de notícias AFP.O número inicial de mortos foi confirmado pelo Ministério da Saúde de Gaza. A escola em questão abrigava pessoas deslocadas no campo de Jabaliya, que é administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde o início deste mês, o local já foi alvo de diversos ataques por parte de Israel, com mais de 200 mortes registradas e centenas de feridos.Ainda de acordo com a AFP, "este é o maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, onde mais de 80% dos habitantes são refugiados ou descendentes de refugiados que deixaram as suas casas em 1948, quando o Estado de Israel foi estabelecido."Horripilantes as imagens do massacre na escola da ONU de Al-Fakhoura, Jabalia, Gaza.Primeiras informações de 200 mortos (!).É uma escola. Da ONU. Em um campo de refugiados. israel coleciona crimes de guerra no genocídio palestino.pic.twitter.com/uhK8Z23tVS FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) November 18, 2023 News Brasil 247 2023-11-18T12:22:21-03:00 b247-462527 Gleisi critica pressão do Congresso por mais emendas parlamentares: defendem meta fiscal zero, de onde vai sair esse dinheiro? https://www.brasil247.com/brasil/gleisi-critica-pressao-do-congresso-por-mais-emendas-parlamentares-defendem-meta-fiscal-zero-de-onde-vai-sair-esse-dinheiro img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230922130932_85cc24f641ffecdd6f436a435b3bd2ed2ea4684f6273f12a14d1487e7f34db85.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Deputada criticou notícia de que congressistas pedem R$ 46 bilhões em pagamento de emendas parlamentares: isso é quase o valor do PAC para 2024! br clear="all" 247 - Neste sábado (18), a deputada federal Gleisi Hoffmann utilizou suas redes sociais para criticar a persistente pressão do Congresso Nacional contra o presidente Lula (PT), em busca de um aumento no montante destinado ao pagamento de emendas parlamentares, que poderia atingir a marca de R$ 46 bilhões. Em seu tweet, Hoffmann questionou a viabilidade dessa demanda em meio à defesa de uma meta de déficit fiscal zero por parte dos congressistas, levantando dúvidas sobre a origem dos recursos."A imprensa noticia que congressistas continuam querendo impor ao governo aumento para R$ 46 bilhões em pagamento de emendas parlamentares. Isso é quase o valor do PAC para 2024! Como também defendem meta fiscal zero, de onde vai sair esse dinheiro? Dos programas sociais e das obras que o país precisa pra voltar a crescer", declarou a deputada em sua publicação.A deputada destacou a discrepância entre a busca por mais recursos para emendas parlamentares e a defesa da meta fiscal zero, alertando que tais valores poderiam ser retirados de programas sociais e obras essenciais para o desenvolvimento do país. Em sua análise, Gleisi ressaltou a importância de apresentar emendas ao Orçamento, mas criticou a falta de ordem e planejamento na aplicação dos recursos da União."Uma coisa é apresentar emendas ao Orçamento, outra, bem diferente, é aplicar as verbas da União sem ordem nem planejamento. Executar o Orçamento é prerrogativa constitucional do Executivo. É muita irresponsabilidade com o país", alertou Hoffmann, enfatizando a necessidade de um uso responsável dos recursos públicos. Imprensa noticia que congressistas continuam querendo impor ao governo aumento para R$ 46 bilhões em pagamento de emendas parlamentares. Isso é quase o valor do PAC para 2024!Como também defendem meta fiscal zero, de onde vai sair esse dinheiro? Dos programas sociais e das obras…— Gleisi Hoffmann (@gleisi) November 18, 2023A deputada também observou a curiosa ausência de discussão sobre os juros altos que impactam a economia brasileira, chamando a atenção para a falta de abordagem desse tema por parte dos congressistas. Sua crítica sugere a necessidade de um debate mais abrangente sobre as questões econômicas do país, indo além das demandas específicas por aumento de emendas parlamentares. News Brasil 247 2023-11-18T11:54:41-03:00 b247-462526 Rússia vai realmente proibir LGBTs? https://www.brasil247.com/mundo/russia-vai-realmente-proibir-lgbts img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20221205141256_c545d0b4-f280-45b8-8cf6-5ade00234b3a.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Suprema Corte vai decidir sobre a proibição do movimento internacional LGBT br clear="all" 247 - Recentemente, surgiram notícias conflitantes sobre a postura da Rússia em relação à comunidade LGBT. Por um lado, o Ministério da Justiça russo propôs rotular o "movimento público internacional LGBT" como extremista, buscando proibir suas operações no país. A justificativa apresentada foi que tal "movimento" estaria promovendo "discórdia social e religiosa". A Suprema Corte da Rússia está programada para decidir sobre a petição do Ministério da Justiça em 30 de novembro.No entanto, o presidente russo Vladimir Putin fez declarações que parecem reconhecer preocupações quanto à liberdade e segurança da comunidade LGBT na Rússia.Durante o 9º Fórum Internacional de Cultura em São Petersburgo, na sexta-feira, Putin afirmou que membros da comunidade LGBT e sua cultura são parte de uma sociedade moderna e não devem ser barrados de representações em eventos ou concursos culturais.Putin reconheceu que a comunidade LGBT tem o direito de vencer, mostrar e contar sua história, pois também faz parte da sociedade. Ele também sugeriu que tais temas não devem ser critério obrigatório para vencer concursos, como ocorre, segundo ele, no Ocidente.Nessa mesma vertente, um representante do Ministério da Justiça assegurou na ONU que os direitos das pessoas LGBT eram protegidos por lei e que o sistema jurídico visa apenas a “propaganda de relações sexuais não tradicionais” que "ameaçam os valores tradicionais".Ao mesmo tempo, a crítica ao Ocidente ecoa pronunciamentos recentes de Putin em que disse que o Ocidente era “satânico”. Putin rejeitou o liberalismo do Ocidente, dizendo que, ao contrário da Rússia, este se afastou dos valores “tradicionais” e “religiosos”.Críticos argumentam que o Kremlin está mais uma vez a tentar distrair a população, procurando inimigos internos para reforçar os índices de aprovação de Putin, que estão constantemente em níveis acima de pelo menos 75%, no meio de uma guerra prolongada na Ucrânia.A homossexualidade foi crime na Rússia até 1993 e considerada doença mental até 1999.Apesar da queda das restrições legais, a Rússia tem endurecido progressivamente sua legislação com o objetivo de restringir a disseminação da "ideologia LGBT".Desde 2013, o país proibiu a "propaganda LGBT" destinada a menores de idade, e essa proibição foi reforçada em dezembro passado com a introdução de multas pesadas para quem promover "relações sexuais não tradicionais", pedofilia e transgenerismo, tanto para menores quanto para adultos. Em 2020, Putin promoveu uma reforma constitucional que proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. News Brasil 247 2023-11-18T11:39:51-03:00 b247-462525 Promotora do show de Taylor Swift terá que garantir acesso à água ao público https://www.brasil247.com/brasil/promotora-do-show-de-taylor-swift-tera-que-garantir-acesso-a-agua-ao-publico img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231118111132_fe43f03b0c60b3eb4c0a34a37fad61dc4acb7dcfe8a1822420e3405ca4881a74.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / O Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, anunciou medidas imediatas por meio das redes sociais. É uma insanidade negar água a milhares de pessoas no calor, disse br clear="all" 247 - Após a trágica morte de Ana Benevides, de 23 anos, durante o show de Taylor Swift no estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, anunciou neste sábado medidas imediatas para garantir o acesso à água em todos os shows da cantora no Brasil.A decisão foi tomada após o ministro da Justiça, Flávio Dino, expressar sua indignação com a morte de Ana Benevides e instruir o Secretário Nacional do Consumidor a agir rapidamente diante das denúncias sobre a falta de água nos eventos durante a onda de calor que assola o país."Orientei o Secretário Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous, a adotar as providências cabíveis – AINDA HOJE – quanto às denúncias de vedação ou ausência de disponibilidade de ÁGUA para os consumidores que foram ou irão a shows durante essa imensa onda de calor que o Brasil atravessa", declarou o ministro Flávio Dino.Damous, por sua vez, utilizou as redes sociais para anunciar a determinação: "De imediato estamos determinando que a produtora T4F assegure o acesso à água em todos os shows da cantora Taylor Swift no Brasil. É uma insanidade negar água a milhares de pessoas num calor em que a sensação térmica chegue a 60 graus!"De imediato estamos determinando que a produtora T4F assegure o acesso à água em todos os shows da cantora Taylor Swift no Brasil. É uma insanidade negar água a milhares de pessoas num calor em que a sensação térmica chegue a 60 graus! https://t.co/xGQaAkagML Wadih Damous (@wadih_damous) November 18, 2023Ana Benevides, que cursava Psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), faleceu devido às condições adversas provocadas pelo intenso calor no estádio. Segundo relatos, ela passou mal no início da apresentação, durante a execução da primeira música no palco. Nas redes sociais, manifestações de descontentamento surgiram de pessoas presentes no local devido à proibição de entrada com garrafas d'água, uma medida que estava em vigor por questões de segurança.O Código de Defesa do Consumidor exige que os serviços sejam seguros e adequados à saúde, e o ministro Flávio Dino ressaltou que é inaceitável que pessoas sofram, desmaiem e até morram por falta de acesso à água em eventos públicos.A T4F, produtora responsável pelo show de Taylor Swift, agora está sob a obrigação de garantir o acesso adequado à água em todos os eventos da cantora no país, visando a segurança e o bem-estar do público. News Brasil 247 2023-11-18T11:34:14-03:00 b247-462524 Lembrando Jean Genet: Estados Unidos e Palestina https://www.brasil247.com/blog/lembrando-jean-genet-estados-unidos-e-palestina img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023111811114_d297df0d90782049584024fd7644c42a4bc7c76567f22b6a2e1391419c26cd56.png" width="610" height="380" hspace="5" / Por tudo o que viu, sentiu e expressou; por sua coragem e pela clareza de suas posições, Jean Genet permanece como nosso incômodo e necessário contemporâneo br clear="all" “ ... porque eu não amo os oprimidos. Eu amo aqueles que amo, que são sempre belos e às vezes oprimidos, mas que sempre se levantam em revolta.”Jean Genet – O Milagre da Rosa“Um racismo antiárabe, quase doentio, está tão presente em todos os europeus que nos perguntamos se os palestinos devem contar com nossa ajuda, por menor que seja?”Estas palavras, tão atuais, foram escritas por Jean Genet em 1971, no seu primeiro texto importante consagrado aos palestinos. (1)Genet foi um dos mais originais e combativos escritores do século XX. Nascido em 1910 em Paris de pai desconhecido, foi entregue aos sete meses pela mãe aos cuidados da assistência pública. Pode-se imaginar que enormes esforços esta mãe deve ter feito para guardar a criança, já que ficou com ela por seus sete primeiros meses, provavelmente abandonando-a à uma instituição somente quando a luta para manter à si mesma e ao filho se tornou um tarefa impossível. Genet nunca a encontrou. As autoridades o entregaram para ser criado por uma família de artesãos na pequena vila de Alligny-en-Morvan. Porém os laços de afeto que Genet pudesse desenvolver em relação à sua família adotiva também estavam ameaçados desde o início, pois ele cresceu sabendo que ao completar treze anos, pela lei, seria colocado como aprendiz em uma outra localidade, como de fato aconteceu. Aos quinze anos Genet fugiu do centro de aprendizado para onde tinha sido levado e, como punição, foi encarcerado pela primeira vez. Daí em diante uma grande parte de sua vida seria passada em sucessivas prisões.Aos dezoito anos se alistou nas forças armadas como forma de escapar da probreza e do cárcere. Serviu no exército colonial francês no Marroco onde viu de perto a realidade brutal do colonialismo. De volta à França em 1937 foi preso sucessivas vezes sob acusações de vagabundagem, deserção e sobretudo de roubo. Foi na prisão, em 1942 e 1943, que Genet escreveu os seus primeiros romances, Nossa Senhora das Flores e O Milagre da Rosa. Em 1949, graças a uma petição lançada por Jean Cocteau e Jean Paul Sartre e assinada por diversos escritores, Jean Genet foi agraciado com um perdão do Presidente da República e deixou definitivamente a prisão.Genet nunca escondeu sua homossexualidade e seus primeiros livros causaram escândalo pela franqueza e pela liberdade, até então nunca vistas, com que ele escreveu sobre os homossexuais e sobre si mesmo.Mas foi nos seus escritos em solidariedade com o Partido dos Panteras Negras e com o Povo Palestino na luta contra o racismo e a opressão que Jean Genet nos deixou um legado fundamental e talvez sua mais importante mensagem para o nosso tempo.Jean Genet nos Estados Unidos“Portanto, onde quer que eu me encontre, sempre me sentirei ligado ao movimento que trará a libertação dos homens. Hoje e aqui, esse movimento é o Partido dos Panteras Negras, e eu estou ao lado eles porque estou com eles.”Em 1970 dois emissários dos Panteras Negras dos Estados Unidos foram à França para solicitar o apoio de Jean Genet, então uma celebridade literária mundial, para sua luta contra o racismo. A peça de teatro Os Negros de Genet tinha feito enorme sucesso em Nova York nos anos sessenta, ficando em cartaz por quatro anos, quando há apenas poucos anos tinha se tornado possível por lei que afro-americanos e brancos frequentassem o mesmo teatro nos Estados Unidos. Para grande parte da audiência branca, esta peça fora um choque. Mas para os espectadores afro-americanos o texto de Genet fora liberador e catártico. Para James Baldwin esta peça de teatro de Genet fora uma revelação. Daí o interesse dos Panteras Negras por esse autor branco que compreendia tão bem a realidade da opressão e do racismo. Em resposta ao apelo dos Panteras Negras, Genet propôs ir imediatamente aos Estados Unidos.O contexto desta visita de 1970 é assim descrito pelo biografo americano de Genet, Edmund White (2):“O vice-presidente de Nixon, Spiro Agnew, havia prometido travar uma guerra impiedosa contra os Panteras, o que ele fez com total convicção até ser destituído do poder em 1972 por sonegação de impostos. Em Chicago e na Filadélfia, a polícia se envolveu em tiroteios com os Panteras ou, mais precisamente, fez um ataque surpresa à sua sede local. Em Chicago, por exemplo, em 4 de dezembro de 1969, a polícia invadiu o apartamento de Fred Hampton, presidente dos Panteras Negras de Illinois. O líder do partido em Peoria, Mark Clark, e Fred Hampton foram mortos. Quatro outros Panteras e dois policiais ficaram feridos. A polícia disse que foi um tiroteio geral, mas não foram encontrados buracos de bala que comprovassem essa versão.Na realidade, a polícia vinha travando uma guerra aberta contra os Panteras desde a criação do partido e, em 1970, todos os seus líderes (inclusive Bobby Seale e Huey Newton) estavam mortos, na prisão ou escondidos, com exceção de David Hilliard, o Chefe de Gabinete Nacional (que em 1992 estava preparando um livro sobre a amizade de Genet com os Panteras em 1970).Em 2 de abril de 1969, vinte e um Panteras foram presos em Nova York e acusados de conspirar para bombardear lojas e prédios públicos. Dezesseis foram mantidos sob custódia (com fiança fixada em cem mil dólares por pessoa) por dez meses até o julgamento em fevereiro de 1970. Foi nesse cenário que Jean Genet chegou aos Estados Unidos. Os americanos, segundo ele, não podiam suportar ‘uma ideologia vermelha em uma pele negra’ e haviam massacrado vinte e oito Panteras nos dois anos anteriores.”Nos EUA, Genet fez várias conferências acompanhado pelos Panteras Negras em diversas universidades americanas. Lá ele redigiu uma ‘Carta aos Intelectuais Americanos’ , que teve ampla difusão naqueles encontros e onde ele escreveu:“Para uma pessoa branca, a História, passada e futura, é muito longa e muito imponente em seu sistema de referências. Para uma pessoa negra, o tempo é curto. Ele não pode voltar em sua história além dos períodos da escravidão. E nos Estados Unidos, ainda tentamos limitar o tempo e o espaço dos negros. Não apenas eles estão cada vez mais confinados a si mesmos, mas nós os aprisionamos. Quando necessário, nós os assassinamos.(...)Diante do vigor de sua ação (dos Panteras) e do rigor de seu pensamento político, os brancos, e particularmente a polícia, emanação da casta dominante nos EUA, subitamente tiveram um reflexo racial: como os negros estavam se mostrando capazes de se organizar, a coisa mais fácil a fazer era desacreditar sua organização.Dessa forma, a polícia conseguiu esconder o verdadeiro significado de suas ações por trás de pretextos inqualificáveis: julgamentos por porte de drogas, julgamentos por assassinatos ou julgamentos por vícios. Na verdade, eles estavam tentando massacrar os líderes do Partido dos Panteras Negras.”Num outro discurso, pronunciado no dia Primeiro de Maio nos EUA, Genet afirmou:“Outra coisa que me preocupa é o fascismo. Ouvimos com frequência o Partido dos Panteras Negras falar sobre fascismo e os brancos acham difícil aceitar esta palavra. É preciso um grande esforço de imaginação para que os brancos entendam que os negros vivem sob um regime opressivo e fascista. Para os negros, esse fascismo não é obra apenas do governo americano, mas de toda a comunidade branca, que é realmente privilegiada.Aqui, os brancos não são oprimidos diretamente, mas os negros são, em espírito e, às vezes, no corpo.Os negros têm toda a razão em culpar a comunidade branca por essa opressão, e têm razão em apostar que isso é fascismo.Nós podemos viver talvez em uma democracia liberal, mas os negros vivem sob um regime autoritário, imperialista e dominador. É importante disseminar o gosto pela liberdade entre vocês. Mas os brancos têm medo da liberdade. É uma bebida muito forte para eles. Eles têm ainda outro medo, que está crescendo o tempo todo, que é o de descobrir a inteligência dos negros.O que chamamos de civilização americana desaparecerá. Ela já está morta porque se baseia no desprezo. Por exemplo, no desprezo dos ricos pelos pobres, no desprezo dos brancos pelos negros, e assim por diante.Qualquer civilização baseada no desprezo deve necessariamente desaparecer.”A relevância e a atualidade dessas palavras para o nosso tempo me parece bastante óbvia.Jean Genet teve uma influência civilizadora sobre o Partido dos Panteras Negras. Era comum na linguagem dos Panteras na época o uso de adjetivos referentes à homossexualidade como ofensas, revelando um enorme preconceito. A solidariedade de Jean Genet não o impedia de ver nem de denunciar os preconceitos dos Panteras Negras e de exigir uma mudança de comportamento, o que levou uma das mais importantes lideranças do partido, Huey Newton, a uma tomada de posição por escrito. Em um artigo escrito na prisão, Newton teve a admirável coragem de confessar seu próprio mal-estar na presença de homossexuais masculinos e de reconhecer que se sentia ameaçado por eles. E Newton então afirmou que os homossexuais eram ‘ talvez as pessoas mais oprimidas do planeta’, defendeu sua dignidade e exigiu dos Panteras que os respeitassem e que parassem de usar termos pejorativos e ofensivos em relação à homossexualidade. Este texto de Huey Newton foi extremamente importante para o incipiente movimento de liberação dos homossexuais nos EUA naquele momento.Jean Genet e os PalestinosSua experiência no exército francês no Marroco muito cedo despertou a consciência de Genet sobre a realidade do colonialismo. Mais tarde ele escreveria uma peça de teatro que ele mesmo chamou de uma ‘longa meditação’ sobre a guerra de libertação da Argélia, Os Biombos (Les Paravents).A extrema direita francesa na época, sobretudo a partir de seu braço armado , a O. A. S. ( Organisation de l’Armée Secrète ) praticava atos de terrorismo na França contra argelinos e contra quem quer que apoiasse o movimento de independência da Argélia. Prevendo ataques virulentos da direita e da extrema direita, os produtores da nova peça de Genet decidiram realizar cinco ao invés de uma ‘première’ da peça Os Biombos, em abril de 1966. Assim, os jornalistas poderiam escolher a qual delas assistir. Mas na noite de 30 de abril, um grupo invadiu a cena da peça lançando garrafas e uma cadeira. A partir de então, todas as representações da peça foram atacadas de maneira semelhante. Em uma ocasião, um grupo, dentre os quais estava um jovem Jean Marie Le Pen, tentou barrar aos gritos a entrada do público no teatro. Anos depois Jean Marie Le Pen se tornaria o líder da extrema direita na França e pai de Marine Le Pen.A partir de seu engagamento pelas lutas anticoloniais do povo árabe era natural que Jean Genet viesse a se dedicar, nos últimos anos de sua vida, à causa Palestina.Em 1971, cerca de uma ano após a sua visita aos Estados Unidos em apoio aos Panteras Negras, Genet publicou Os Palestinos, seu primeiro texto importante consagrado à causa palestina, onde escrveu:“Quanto a Israel, concebido no final do século XIX talvez para oferecer segurança aos judeus, logo se tornou e continuou sendo, nessa parte da Ásia, a ameaça imperialista ocidental mais ofensiva.(...) Sejamos claros: para os palestinos, o inimigo tem duas faces: o colonialismo israelense e os regimes reacionários do mundo árabe.”Para Jean Genet, tanto os afro-americanos representados pela luta dos Panteras Negras quanto os Palestinos sofriam com a mesma opressão colonial , daí a similaridade de suas lutas e posições. Um grupo de Panteras Negras aliás foi à Palestina mais ou menos naquele período para conhecer suas estratégias de luta e oferecer sua solidariedade e apoio, num movimento que pretendia unificar todas as lutas contra o colonialismo, incluindo àquelas dentro do próprio território norte-americano. Jean Genet percebeu e expressou com clareza que a luta anticolonial, como ainda hoje continua a ocorrer na Palestina, é indissociável da luta contra o imperialismo.O Massacre de ChatilaO momento crucial da experiência de Genet na defesa da causa palestina se deu no Líbano. Em 1982 Genet voltou ao Oriente Médio dez anos depois de sua primeira visita, em companhia de sua amiga Layla Shahid, responsável pela Revue d’études palestiniennes (Revista de estudos palestinos). Mais uma vez recorro à biografia de Edmund White para contextualizar o momento histórico da visita de Jean Genet:“Quando Genet chegou ao Líbano em 12 de setembro de 1982, após dez anos de ausência, Beirute estava calma. Era um momento crucial na guerra do Líbano. Sitiados por três meses - o exército israelense estava nos portões da cidade - os combatentes palestinos, que haviam se refugiado nos distritos ocidentais da capital, finalmente concordaram em deixar o país e ser evacuados para a Tunísia, a Argélia e o Iêmen. Os campos palestinos foram então desarmados e, em 23 de agosto, um novo presidente libanês, Béchir Gemayel, foi eleito. Os civis palestinos que permaneceram no Líbano receberam a promessa de proteção por uma força internacional composta por soldados americanos, franceses e italianos. (...) Em 13 de setembro, Genet observou da varanda ( do apartamento onde estava com Layla Shahid) a partida da força internacional. Assim que os navios deixaram o porto, em 14 de setembro, o novo presidente (que também era o líder da direita cristã) foi assassinado. Na manhã seguinte, em violação a todos os acordos firmados, o exército israelense entrou em Beirute ‘para manter a ordem’. Os israelenses começaram a rastrear os últimos combatentes palestinos que restavam na cidade e, na mesma noite, tomaram os campos de Sabra e Chatila nos arredores de Beirute, estabelecendo seu quartel-general em um prédio de oito andares a duzentos metros da entrada.Na quarta-feira, 15 de setembro, às cinco horas da manhã, as tropas israelenses entraram em Beirute Ocidental. (...) Determinadas a varrer os últimos vestígios dos palestinos, as forças israelenses, sob o comando do general Sharon, fizeram um acordo secreto com os falangistas, ansiosos para vingar a morte de Béchir Gemayel, que atribuíram aos serviços secretos palestinos, o Estado-Maior israelense decretou, nos termos da Ordem nº 6, que os ‘campos de refugiados estão interditados, a busca e a limpeza dos campos serão realizadas pelos falangistas do exército libanês’. Uma pequena unidade de milicianos falangistas, provavelmente não mais do que cento e cinquenta homens, entrou em Chatila e massacrou todos os ocupantes sob os holofotes e sinalizadores do exército israelense. Como conclui Thomas L. Friedmann, autor de From Beirut to Jerusalem (De Beirute a Jerusalém), ‘(...) os funcionários da Cruz Vermelha me disseram que estimavam o número total de mortos entre oitocentos e mil’. “Jean Genet foi um dos primeiros a entrar no campo de refugiados após o massacre. Reproduzo aqui partes de uma entrevista de Genet ao jornalista austríaco Rüdiger Wischenbart em Viena sobre o que aconteceu :R.W. : Dizem que foi mais ou menos por acaso que você estava em Beirute na época dos massacres de Sabra e Chatila. Como você chegou ao campo de Chatila e o que viu?J.G. : Não, eu não estava lá por acaso, eu tinha sido convidado pela Revista de estudos palestinos (...) Então, naquela segunda-feira, visitei Beirute. Na terça-feira, Béchir Gemayel foi assassinado (...) No dia seguinte, as tropas israelenses atravessaram a passagem de Museu, passaram por outros lugares no oeste de Beirute e ocuparam os campos de Sabra, Chatila e Borj el Barajneh, entre outros. As razões que eles deram foram para evitar um massacre. E o massacre aconteceu. É difícil dizer que os israelenses queriam esse massacre. Não tenho certeza. Mas eles deixaram que ele acontecesse. Ele foi realizado sob sua proteção, de certa forma, porque eles iluminaram os campos de Sabra, Chatila e Borj el Barajneh. Quando lançamos sinalizadores, é para que possamos nos ver neles, para ajudar nossos apoiadores. E os apoiadores de Israel eram obviamente as pessoas que cometeram o massacre.R.W.: Houve um inquérito no parlamento israelense sobre a responsabilidade pelo massacre. Suas observações e sua investigação no local são mais ou menos idênticas às deste inquérito parlamentar?J.G. : O objetivo da minha visita e o objetivo deste inquérito não coincidem. Não coincidem de forma alguma. O objetivo do inquérito - de acordo com o que li – era de salvar a imagem de Israel. Certo. Uma imagem não tem sentido. (...) Portanto, eu não poderia me importar menos com uma imagem. Quando o inquérito foi conduzido por Israel, ele queria salvar uma imagem. Eu procurava discernir uma realidade, uma realidade política e uma realidade humana. Portanto, não posso me deter no objetivo de Israel com sua investigação. Na minha opinião, sua investigação foi parte do massacre. Deixe-me explicar. Houve o massacre, que manchou uma imagem, e depois houve a investigação, que apagou o massacre. Estou sendo claro?”Sobre o que viu em Chatila Genet escreveu um dos mais importantes textos de sua última década de vida: Quatro horas em Chatila.As análises de Jean Genet, sua indignação e a clareza contundente de suas palavras podem nos ajudar a compreender bem mais profundamente o que se passa hoje na Palestina. Nada começou agora, tudo tem uma história. E uma história que se entrelaça com outras histórias. Em Jean Genet a luta dos Panteras Negras se entrelaça com a luta dos palestinos e acima de tudo com a luta contra o colonialismo, o imperialismo e seu racismo implicito, pois a mítica superioridade da ‘raça branca’ sempre foi a justificativa central tanto da opressão colonial quanto das conquistas imperiais.Por tudo o que viu, sentiu e expressou; por sua coragem e pela clareza de suas posições, Jean Genet permanece como nosso incômodo e necessário contemporâneo.Franklin FrederickO texto, como todos os outros de Jean Genet citados aqui, foi publicado na França pela Editora Gallimard com o título L’ennemi déclaré, 2010.Edmund White. Jean Genet – Editora Knopf, Nova York,1993. News Brasil 247 2023-11-18T11:06:45-03:00 b247-462523 Dez dicas para entender o Estado Sionista de Israel e sua constante prática de genocídio https://www.brasil247.com/blog/dez-dicas-para-entender-o-estado-sionista-de-israel-e-sua-constante-pratica-de-genocidio img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231118101144_85503e96-f621-4b14-9321-28a06660f4c1.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Veja materiais de grande relevância histórica traduzidos por Jair de Souza: possibilitam compreensão bem fundamentada sobre o que há por trás dos bombardeios br clear="all" Para ajudar a entender como foi possível que surgisse no Oriente Médio um estado de caráter racista, supremacista e praticante inveterado de limpeza étnica e genocídio, como é o Estado de Israel, gostaria de sugerir que assistissem com atenção a todos estes vídeos-documentários que abordam esta questão. São materiais de grande relevância histórica que me interessei em traduzir e legendar há vários anos por acreditar que nos possibilitam ter uma compreensão bem fundamentada sobre o que está por trás dos bombardeios que, no momento, massacram impiedosamente as crianças palestinas na Faixa de Gaza:Palestra de Ilan Pappe sobre A Limpeza Étnica da Palestina: Documentário de Renen Berelovich: A História Sionista: John Pilger: A Palestina Continua sendo a Questão: Documentário: A Batalha pelo Holocausto: Palestra de Mark H. Ellis: Judaísmo não é igual a Israel: Entrevista com Ilan Pappe: Mitos e propaganda israelenses: Documentário de Miko Peled: O Filho do General: Palestra de Stephen Sizer: O Sionismo Cristão, na rota para o Armagedom: Documentário: Sionismo Cristão, Avante: News Brasil 247 2023-11-18T10:51:15-03:00 b247-462522 Frente Parlamentar visita estaleiros Renave e Mauá no Rio de Janeiro https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/frente-parlamentar-visita-estaleiros-renave-e-maua-no-rio-de-janeiro img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231118101128_c7d5f3ac-d4e0-43d4-ae91-c98d2d42d508.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Estamos numa caminhada importante pela retomada da indústria naval, setor estratégico para o Brasil, disse o presidente da Frente, deputado federal Alexandre Lindenmeyer br clear="all" 247 - Integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Naval Brasileira, presidida pelo deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), estiveram no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (17), para realizar visitas técnicas nos estaleiros Renave e Mauá, e aprofundar o diálogo com universidades e demais instituições envolvidas na retomada do setor naval no país. “Cumprimos mais uma etapa de visitas aos principais estaleiros do Brasil com o objetivo de conhecer de perto as estruturas e os potenciais das unidades de construção naval. Aqui vimos estaleiros com capacidade instalada, mas gerando emprego e renda muito aquém daquilo do que poderiam. Estamos numa caminhada importante pela retomada da indústria naval, setor estratégico para o Brasil, e a nossa Frente Parlamentar está fazendo a sua parte”, disse Lindenmeyer. Para o presidente da Frente, o fortalecimento da indústria naval brasileira deve estar no centro de uma política de reindustrialização do país, fundamental para o reposicionamento da nação na nova ordem econômica mundial. Segundo o parlamentar, a forte retomada dos investimentos das indústrias naval, Offshore e de navipeças a partir dos anos 2000, trouxe impactos importantes sobre a economia brasileira, como forte geração de emprego e renda; desenvolvimento de uma rede de fornecedores nacionais de insumos, peças e componentes; oportunidades para a expansão de processo de inovação e de novas tecnologias em produtos e processos; e desenvolvimento e expansão do segmento de produção de plataformas de exploração e produção de petróleo e de gás Offshore. Ele lembrou, ainda, que o setor naval já empregou mais de 80 mil pessoas diretamente e gerou mais de 400 mil vagas indiretas no auge da sua atuação, até 2014.A vice-presidenta da Frente, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), destacou a importância das visitas técnicas que o grupo tem realizado em diferentes estaleiros. “Recebemos propostas para ajudar na retomada do setor e diagnosticamos gargalos que contribuem muito para o trabalho da Frente. Hoje, temos novamente um governo federal que quer industrializar o país, e o setor naval é parte importante deste contexto”.Para o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Joacir Pedro, o papel da Frente Parlamentar é fundamental na defesa da soberania nacional e pela retomada do setor. “Hoje estamos no Rio de Janeiro, que já foi o berço da indústria naval brasileira, e sabemos bem que esse movimento da Frente é fundamental para que tenhamos navios, descomissionamentos e obras da Petrobras sendo feitas aqui no Brasil. Isso é o que importa. Chega de mandar obras e gerar empregos lá fora! Vamos construir no Brasil”, alertou.Já o 1º secretário da Frente Parlamentar, deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), lembrou que o melhor momento do setor naval no país foi justamente nos governos de Lula e Dilma. “Temos que retomar aquela política de valorização do conteúdo local que foi já vitoriosa e que foi interrompida. Esse é o nosso objetivo através desta Frente Parlamentar. Queremos a volta dos empregos de qualidade no setor naval”, enfatizou o parlamentar.No final da tarde, os integrantes da Frente reuniram-se com reitores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antônio Cláudio da Nóbrega, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Cláudia Gonçalves, e da Universidade Federal Rural do RJ (UFRRJ), Roberto Souza, e promoveram uma reunião pública, na UFF, para dialogar sobre as perspectivas de retomada da indústria naval no Brasil. Estas incursões pelos estaleiros brasileiros, salientou Lindenmeyer, têm sido fundamentais para acumular conhecimento e reunir propostas dos trabalhadores e da indústria para ajudar no caminho do crescimento e do fortalecimento desse segmento da economia tão importante para o país. Com esse trabalho, a Frente pretende construir um relatório, até o final do ano, que aponte para a retomada dos empregos de qualidade e para o aperfeiçoamento da legislação a fim de superar os gargalos e impulsionar a indústria naval.Participaram das atividades da Frente, também, a deputada estadual Verônica Lima (PT-RJ), presidente da Frente Parlamentar de Acompanhamento do Polo GasLub e representantes da Petrobras, Transpetro, Sinaval, Conttmaf, Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem, ABIMAQ, EMGEPRON, CTB, Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, IBP, CNM-CUT, Seenemar e Sindmetal. News Brasil 247 2023-11-18T10:31:15-03:00 b247-462521










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