Greve unificada dos trabalhadores do Metrô, CPTM, Sabesp, da Educação e da Fundação Casa está agendada para a próxima terça-feira
247 - "São Paulo vai PARAR no dia 28", prometeu Camila Lisboa, a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, em publicação feita na rede social X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (23). A mobilização da próxima terça-feira será coordenada por representantes trabalhistas do Metrô, CPTM, Sabesp, Apeoesp, SindSaúde, Centro Paulo Souza e Fundação Casa, contra as privatizações promovidas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em uma série de publicações, a líder metroviária e socióloga explicou os motivos da greve. Confira na íntegra abaixo:
"MOTIVO 1 – CONTRA A VENDA E CORTES NOS SERVIÇOS PÚBLICOS - Tarcísio acelerou o processo de privatização. No Metrô e na Fundação, através dos editais de terceirização; na Sabesp, com envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp. Para Educação, impõe um corte de R$ 10 bi.
MOTIVO 2 – EM DEFESA DO EMPREGO - Uma das principais consequências das privatizações em todo o mundo é a DEMISSÃO para redução de custos. Isso ficou explícito no caso da ENEL: desde que essa empresa privada assumiu o serviço de energia, reduziu 36% do o quadro de funcionários.
Isso acontece porque empresa privada sempre quer ter mais lucros. Com isso, os trabalhadores perdem seus postos de trabalho e a população perde na qualidade e agilidade do serviço. VIA CALAMIDADE (Via Mobilidade) E ENEL SÃO A PROVA DISSO!
MOTIVO 3 – A POPULAÇÃO TEM QUE SER OUVIDA - É um absurdo que uma política que vai afetar serviços essenciais como água e o direito de ir e vir não seja discutida com a sociedade. E por que Tarcísio se recusa a fazer um plebiscito oficial para consultar a população?
O plebiscito popular, realizado pelos movimentos sociais, deu uma amostra do que a população pensa: 99% dos votos coletados são contra as privatizações. Tarcísio sabe que vai perder o debate e usa do autoritarismo e da mentira para levar os seus planos adiante.
MOTIVO 4 – PELA REINTEGRAÇÃO DOS DEMITIDOS - O autoritarismo de Tarcísio está na recusa de ouvir a população e na perseguição aos que lutam. Na última greve, ele impôs multas milionárias ao sindicato e trabalhadores foram demitidos por lutarem. Tarcísio aprendeu muito com Bolsonaro. A sua postura antissindical escancara o seu trato com os direitos democráticos.
Tarcísio não sabe governar com divergências. A sua política que é abusiva. Ele tenta silenciar ou passar por cima de quem diverge dos seus planos.
Pois é, motivos não faltam para fazer greve. Mas, Tarcísio insiste no discurso de que a greve é ilegal, abusiva e política. Mas o que ele NÃO DIZ é que está nas suas mãos que a greve aconteça com CACTRACA LIVRE.
E, aí, Tarcísio, no dia 28, vai liberar a catraca ou não?"