Senador questionou interferência de PM vinculado à assessoria militar de Maceió em denúncia de agressão doméstica envolvendo irmão do prefeito: "impunidade rima com irmandade?"
247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou suas redes sociais para denunciar um suposto caso de constrangimento e interferência por parte da Polícia Militar no episódio de uma denúncia de agressão doméstica envolvendo o médico João Antônio Caldas, irmão do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC).
"Presidindo o Congresso, aprovei a Lei Maria da Penha e, em briga de marido e mulher, o Estado mete a colher. Em AL outra covardia. A agressão à cunhada do prefeito de Maceió é agravada por usar PMs para constranger a vítima e proteger o agressor. Impunidade rima com irmandade?", escreveu Renan em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.
Presidindo o Congresso, aprovei a Lei Maria da Penha e, em briga de marido e mulher, o Estado mete a colher. Em AL outra covardia.A agressão à cunhada do prefeito de Maceió é agravada por usar PMs para constranger a vítima e proteger o agressor. Impunidade rima com irmandade?— Renan Calheiros (@renancalheiros) November 23, 2023
A denúncia de agressão à cunhada do prefeito, Isadora Martins, uma cirurgiã-dentista, ganhou novos elementos após a prisão dos policiais militares Sivanilson dos Santos e Fabrício de Souza. Eles foram detidos sob a alegação de negligência em suas funções, permitindo a interferência de Gilvan Cabral, policial militar vinculado à assessoria militar da Prefeitura de Maceió. A informação é do colunista Carlos Madeiro, do UOL.
Cabral é acusado de influenciar a mudança na versão da vítima, que inicialmente havia acusado João Antônio de agressão. O policial militar teria, segundo relatos, interferido na condução da vítima até a delegacia, onde ela negou as acusações, mudando seu depoimento anterior. Esta mudança, segundo fontes, alterou o curso das investigações e levou à não prisão de João Antônio Caldas.
A Polícia Militar anunciou que recorrerá da decisão que concedeu habeas corpus a Cabral e também abrirá um processo por deserção contra o mesmo. Cabral, que não estava em serviço no momento da ocorrência, é acusado de utilizar sua posição para influenciar a investigação em favor do agressor.