República é um termo do latim que traduzido é coisa pública, comum, coletiva, não de padrinhos, seitas, militares ou sociedades secretas e, obviamente, laica.
Os estudantes se acotovelam em alguma casa entre estranhos, oriundos de cidades do interior para estudar em alguma universidade, longe dos pais e com regras próprias. Uma vida comunitária, ninguém é melhor que ninguém ou rouba a meia ou cueca que se seca atrás da geladeira. Os moradores mais ricos também têm de obedecer a regra da casa. Nesse convívio se estuda, se reza, se grita, se festeja e começam as ideias sobre a realidade coletiva. São as chamadas repúblicas de estudantes.
No âmbito de governo, a iniciar-se no século XIX a forma republicana se opunha à monarquia. No Brasil, foi um meio de destituir o monarca por retaliação – a proclamação da República veio um ano após a Abolição assinada pela filha de D. Pedro.
Tão rapidamente veio a República que ninguém sabia ao certo o que era. O povo ainda gritava vivas ao Imperador, pois o marechal que chefiou o golpe era monarquista e próximo a D. Pedro.
República é um termo do latim que traduzido é coisa pública, comum, coletiva, não de padrinhos, seitas, militares ou sociedades secretas e, obviamente, laica.
Com o fortalecimento da província de São Paulo, ora estado, fez-se o terceiro presidente na pessoa de Prudente de Moraes, advogado e vereador reconhecido por Piracicaba.
Era a primeira fase da República, a qual consolidou as oligarquias cafeeiras. Na época, os ribeirinhos de Piracicaba que vivem na região hoje assediada pelo mercado imobiliário, eram “os de baixo” e os da região onde morava o antigo presidente, hoje museu Prudente de Moraes, “os lá de cima”.
O que é ser republicano? O republicanismo diz respeito ao espírito cívico, de quem atua em nome da coletividade, não àqueles que usam de minúcias para privar o povo dos seus direitos – o bem comum é a regra precípua de ser republicano.
Tem os grupos que atuam politicamente dentro do Congresso, quais sejam os da Indústria, Construtoras, Imobiliárias, Planos de saúde, Agronegócio e muitos outros. São os lobbies que influem nos políticos e pressionam os eleitos, conforme suas pautas.
Como o povo influi com suas demandas? Ara, como pode!
Em votações ‘impopulares’ no Congresso, nas pautas contra o cidadão, a quem o político devia defender vacila. A plebe vai às galerias de Brasília e grita muito, esperneia. Nas ruas toma spray de pimenta na cara, apanha de cacetete e seus cartazes passam em segundo plano no noticioso, em flashs rápidos, “mai nói vorta”.
Os movimentos populares fazem a República de fato e levam muitos a confundi-la com democracia no Brasil, mas a luta é longa até fazer valer seus direitos. A abolição não foi benemerência – os donos do poder não conseguiram segurar por mais tempo à vista dos ingleses. Veio de muitas leis arrancadas, por sangue derramado, dor, lágrimas, vexações, dos abolicionistas anônimos ou ilustres. Temos história, não somos República de bananas.