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Arrogância fascista de Milei leva pancada e recua por Pacto de Maio para não cair

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O “Pacto de Maio”, a ser firmado, rebaixa a autocracia mileriana à condição política dada pela relatividade imposta pela realidade Os candidatos a ditadores não aprendem nunca. Precisam, primeiro, levar pancadas, para depois cair na real. Se o presidente argentino, Javier Milei, tivesse a sabedoria dos simples, teria evitado a derrota que as ruas lhe impuseram, jogando, no lixo, as suas mais de 600 providências legislativas de arrocho fiscal e monetário ultraneoliberais, sem antes combinar com a sociedade. Agora, derrotado e humilhado pelos hermanos, que não engoliram, a seco, seu receituário antipopular, volta, cabisbaixo, a tentar, novamente, uma saída honrosa, para não perder o poder. O discurso de 14 páginas que pronunciou, na sexta-feira, 1º de março, na abertura dos trabalhos legislativos, perante deputados, senadores, governadores e elites conservadoras, em geral, que o apoiam, com mil e uma restrições, depois das paralisações populares, foi, na verdade, uma mea culpa, embora cheia de resquícios autoritários, antes de fazer nova proposta essencial. Como viu que deu com os burros nágua, fruto da inexperiência e impulso fascista, diante de uma população politicamente polarizada, o presidente volta à cancha, no Congresso, para propor o que denominou “Pacto de Maio”. Realizará, em Córdoba, no dia 25 daquele mês vindouro, uma reunião com os governadores argentinos, que estão cerrados em uma posição de resistência contra os cortes de verbas fiscais, em proporção inaceitável, visto que eles inviabilizam, completamente, governabilidade nas províncias. Pacto de Maio - São dez propostas que têm o caráter não de imposição, mas de chamada ao diálogo, o que denota derrota da posição governamental, relativamente, ao ímpeto arrogante com que Milei iniciou sua administração: 1 – Inviolabilidade da propriedade; 2 – Equilíbrio fiscal inegociável; 3 – Redução do gastos público de 25%; 4 – Reforma tributária simplificada que promova o comércio; 5 – Rediscutir coparticipação federal dos impostos; 6 – Compromisso das províncias na exploração de recursos naturais; 7 – Reforma trabalhista para promover trabalho formal; 8 – Reforma previdenciária pública e privada; 9 – Reforma política adequada aos representantes e representados; e 10 – Abertura do comércio internacional Troca de 600 por 10 - Como se vê, bem mais comedido, o titular da Casa Rosada troca 600 providências legislativas impositivas por dez propostas de negociação, cujo resultado, naturalmente, dependerá da correlação de forças política entre governo e oposição. Como o presidente não tem maioria no Legislativo e as ruas estão contra ele, o “Pacto de Maio”, a ser firmado, em Córdoba, rebaixa a autocracia mileriana à condição política dada pela relatividade imposta pela realidade. Cai por terra a pretensão de Milei de impor governabilidade que gostaria, ou seja, repetir o ex-presidente Carlos Menem e sua proposição de estabelecer relações carnais com os Estados Unidos. Como se sabe, tais relações carnais se materializaram com a fixação, pelo ex-ministro ultra neoliberal, Domingos Cavalo, da dolarização, que não deu certo. Inicialmente, como a história demonstrou, a hiperinflação argentina cedeu, com as relações carnais Argentina-Estados Unidos, mas os efeitos práticos resultaram em desastre econômico, refletidos na desindustrialização, destruição de empregos de qualidade, queda violenta dos salários, desbalanceamento econômico em forma de déficits em contas no balanço de pagamentos, responsáveis por detonar empréstimos em dólares, que detonaram a sustentabilidade do peso, da moeda nacional, dando fim às reservas nacionais etc. No final, explodiu a crise política. Desejo oculto - O desejo oculto de Milei é reviver Carlos Menem, que elogia no seu longo discurso, carregado de ódios e ressentimentos para com o centro e a esquerda argentinas, dominados, historicamente, pelo Peronismo. Joga contra ele a inflação cujo diagnóstico divide, novamente, agora, peronistas e mileinista, razão pela qual o atual presidente embarcou num pacote de medidas neoliberais que os argentinos não engoliram. Para os mileinistas ultraneoliberais, a inflação decorre das emissões do Banco Central para financiar o tesouro endividado pela deterioração histórica imposta pelo déficit em contas correntes do balanço de pagamento. Assim, fechar o Banco Central seria, para Milei, a solução. Já para os peronistas e kirchneristas, o buraco é mais embaixo. Como destacou em longo discurso há duas semanas a ex-presidente Cristina Kirchner, a inflação argentina sobe sistematicamente por conta da insuficiência crônica de dólar. Se falta a moeda americana para pagar as importações maiores que as exportações, decorrentes da desindustrialização neoliberal, os preços internos disparam. Ela expõe estatísticas históricas que demonstram que o déficit fiscal produzido pelas emissões do Banco Central manteve inflação baixa e taxa de emprego industrial alta, resultando em elevado poder de compra dos salários. Ditadura destruiu economia - A situação, segundo ela, deteriorou com a ditatura militar, apoiada pelos Estados Unidos, responsável por desindustrializar o país e jogá-lo em crise cambial sistemática, somente sustentada por repressão do Exército que chegou a matar mais de 30 mil argentinos e argentinas, com a chamada Operação Condor. Não é à toa que Javier Milei, em rompantes ditatoriais, expelidos nas últimas semanas, admitiu que governará, se preciso, por decreto, enquanto acena, para os militares, maior quantidade de recursos para a defesa nacional. Enfim, sem militares, para reprimir os resistentes às políticas neoliberais, Milei não conseguiria governar com o neoliberalismo fascista. A Argentina, portanto, está em situação política polarizada. Milei levou pancada das ruas e teve que recuar. Agora, com o couro curtido por pancadas, propõe o Pacto de Maio, mas adverte que se precisar confrontar, diante de esquerda resiliente, não correrá da briga etc. Depois de ficar falando pelos cotovelos, sentiu a barra do perigo de não ter apoio no Congresso e de poder ser derrubado, se partir para a ignorância neoliberal.










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