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O regime aquático global, ameaças e possibilidades

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É mais importante do que nunca que organizações multilaterais como a OTCA ou a CELAC assumam a responsabilidade regional Às ameaças ao comércio internacional decorrentes da guerra Houthi na Península Arábica somam-se os problemas que o Canal do Panamá enfrenta em consequência da grave seca, que também prejudica o comércio global. A isto devemos acrescentar as consequências das alterações climáticas no Ártico e na Antártica, além da poluição da água através de múltiplos fatores, desde plásticos até metais que são descartados pela indústria. O caso mais grave deste último é o Bangladesh: 70 milhões dos seus habitantes contaminaram a água, entre outros, com arsénico ou por dependerem de água impura. Transversal a esta situação crítica, temos o problema do acesso à água, cada vez mais restrito para boa parte da população, na África, na Ásia e em alguns lugares das Américas como a Cidade do México, que está perto de atingir um ponto zero de não poder fornecer água aos seus moradores. A ONU estima que 2,4 bilhões de pessoas vivam em locais com estresse hídrico, outras fontes aumentam para 4 bilhões de pessoas vivendo nessa situação. Estamos numa situação em que temos que reconhecer o problema que os países e a humanidade têm no cumprimento da Agenda 2030 e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. Historicamente, as potências dominantes optaram por dominar os mares, através de diversas estratégias: no século XVI os Países Baixos através das suas fábricas comerciais em pontos estratégicos, no século XVIII a Inglaterra, através das suas frotas marítimas. O problema começa a estar relacionado com a questão da segurança internacional em geral. Durante algum tempo, na década de 1980, a água foi vista como uma fonte de problemas geopolíticos no Médio Oriente. Na verdade, uma das atrocidades cometidas por Israel contra a Palestina é a utilização arbitrária das escassas fontes de água naquela região. Por outro lado, e numa perspectiva latino-americana e com maior ênfase na América do Sul, os países membros da OTCA também enfrentam um problema típico dos países a montante no que diz respeito aos países a jusante, refiro-me à situação do Brasil, no que diz respeito a os países tributários da Amazônia (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia). Os efeitos da mineração ilegal e do uso de mercúrio praticados em todos os países da bacia amazônica, sem exceção, são cumulativos na água consumida em Manaus e Belém, onde foi realizada a última cúpula presidencial amazônica. Um novo tratado sobre águas de alto mar foi recentemente aprovado. Estão envolvidos o PNUD, a FAO, o PNUMA e até a UNESCO e a UNICEF, entre as principais agências do sistema multilateral. Este último salienta que só na América Latina e nas Caraíbas, 17,8 milhões de raparigas e rapazes vivem em áreas de elevada vulnerabilidade hídrica.Nos próximos dias - e após 47 anos - a Conferência da Água reunir-se-á em Nova Iorque. Porém, devido às múltiplas manifestações objetivas da crise que vive o regime de água doce no planeta, podemos concluir dizendo que está vazando e requer uma solução muito mais proativa. Portanto, é mais importante do que nunca que organizações multilaterais como a OTCA ou a CELAC assumam a responsabilidade regional pela questão, na nossa própria perspectiva.










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