O ano era 1930 e a Frente Negra Brasileira elegeu como um dos seus compromissos a luta por uma educação que contemplasse a história do continente africano e de povos negros e combatesse o racismo na escola. Se juntam a esta causa, já nos anos 1940, o Teatro Experimental do Negro, liderado por Abdias do Nascimento, discutindo a formação do negro e indicando políticas públicas capazes de diminuir o abismo entre a formação de brancos e negros. Não posso deixar de citar o Movimento Negro, que sempre reivindicou a necessidade do resgate do conhecimento das culturas africana e afro-brasileira em todos os níveis escolares. Também não poderia deixar de mencionar o MNU – Movimento Negro Unificado, que ao longo da década de 1980 reuniu intelectuais e pesquisadores da área da educação para discutir amplamente sobre a importância de um currículo escolar que refletisse a diversidade étnico-racial da sociedade brasileira. Em 1995, marchamos sobre as bençãos de Zumbi dos Palmares contra o racismo, pela cidadania e a vida e reivindicamos e propusemos políticas públicas para a população negra, inclusive com políticas educacionais. Puxo o fio da história para elucidar que nossos passos vem de longe e que a formalização das propostas que vinham sendo pensadas acontece em janeiro de 2003, com a assinatura da lei 10639/03, que é justamente o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, que passa a integrar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A partir daí eu provoco: como implementar e garantir? Acredito na educação cidadã que engaja pais, professores e comunidade na intenção do respeito à diversidade, ao conhecimento de nossas raízes africanas e indígenas, dentro e fora da escola. No estímulo à construção coletiva de um projeto educacional de inclusão social na perspectiva da diversidade cultural e da superação da desigualdade. Na valorização da comunidade negra, contribuindo para elevação de sua autoestima. E sobretudo, na fundamental capacitação de professores-multiplicadores e multiplicadoras com conhecimentos sobre a História da África e do negro no Brasil, na intenção de formar cidadãos livres que pensem o país na perspectiva da afirmação de sua identidade nacional. Me encho de esperança e alegria nos primeiros dias de 2023, pois vislumbro o início de um novo tempo que aponta na direção do meu sonho: negros e negras sendo referenciados e reverenciados toda vez que falarmos em construção da identidade nacional. (*) Gloria Moura é doutora em Educação pela Universidade de São Paulo e professora do Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT).
Азербайджанский мигрант возмутился из-за того, что в Калининграде суд назначил 4,5 года лишения свободы за убийство в ДТП школьницы. Видео
Стало известно, куда неожиданно и массово устремились российские туристы на майские: это оказался вовсе не обычный курорт, а работающий по специальному закону
Сотрудники СЛД «Курск» филиала «Московский» ООО «ЛокоТех-Сервис» продолжают проводить экологические акции
Не чувствую руку: Доктор Кутушов рассказал к чему приводит частое онемение конечностей
В Москве пройдет заплыв «Кубок Чемпионов» от организаторов Swimcup. В старте, который пройдет в гребном канале «Москва», примут участие более 1000 пловцов
Каратисты завоевали бронзу на Всероссийских соревнованиях по каратэ «Кубок Танкограда»
«СВЯТОЙ ЛЕНИН» помогает Государственной Думе РФ оптимизировать налоговую сферу. «СВЯТОЙ кибер ЛЕНИН» удаляет налоги: перезагрузка.
Титов о визите Путина в Китай: Можно говорить о настоящем повороте на Восток