Motoristas de ônibus ameaçam nova paralisação por falta de reajuste salarial
Os motoristas de ônibus do transporte coletivo de Campo Grande estão ameaçando, mais uma vez, paralisar as atividades no dia 18 de janeiro, caso não haja um posicionamento sobre o reajuste salarial de 16% da categoria. A data-base venceu dia 18 de novembro. “Nós vamos aguardar até dia 17, se não desenrolar isso, no dia 18 nós vamos parar”, disse ao Campo Grande News o presidente da Federação de Transporte de Mato Grosso do Sul e tesoureiro do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Willian Alves da Silva. Segundo o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, o impasse ocorre devido à falta de reajuste da tarifa de ônibus. “A Prefeitura de Campo Grande informou que até o dia 17 de janeiro ia definir a tarifa. Eles falam que estão trabalhando para calcular e não nos chamou. Estamos aguardando a definição da prefeitura sobre a tarifa, que através dela vem o reajuste salarial, que vem o reequilíbrio”, comenta. A tarifa técnica calculada ficou em R$ 8. Cerca de 2,5 milhões de passageiros utilizam o transporte coletivo por mês na Capital. Com isso, a variação da tarifa técnica vigente, de R$ 5,15, para R$ 8, ficou em R$ 2,85. Diferença de R$ 7,1 milhões. Entenda – No dia 27 de dezembro, representantes do transporte coletivo se reuniram com a diretoria do Consórcio Guaicurus para definir o aumento salarial. Na ocasião, o Consórcio propôs reajuste de 6,46%, acumulado da inflação em 12 meses. No entanto, a categoria recusou, sendo marcada uma nova reunião no dia 29 de dezembro, que foi cancelada sob justificativa de que a empresa que gere os ônibus da Capital teria pedido mais um tempo para se organizar com as propostas. Ou seja, no dia em que estão ameaçando parar, completa 20 dias sem devolutiva. O piso salarial é de R$ 2.468, mais 1,5% sobre passageiros pagantes na catraca, 9% do salário diluído de seis em seis meses, um vale-gás (um mês sim, outro não), adicional noturno, ticket alimentação de R$ 150 e assistência médica.