A menos de uma semana da eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, os deputados estaduais dizem que as articulações continuam e ainda pedem votos. Nos bastidores, a informação é de que os dois cargos mais importantes já foram acordados e Gerson Claro (PP) tem o apoio da maioria dos parlamentares para assumir o comando da Casa de Leis. Mesmo assim, a disputa parece não ter acabado para deputados como Lídio Lopes (Patriota). Ele disse por telefone que o nome ainda está à disposição e ao voltar de viagem de férias amanhã, vai se reunir com colegas para pedir votos. Mara Caseiro (PSDB) e Rafael Tavares (PRTB) também entraram na disputa pela presidência. O atual presidente da Alems, deputado Paulo Corrêa (PSDB), aparece como o mais cotado para o cargo de primeiro-secretário, responsável por administrar os recursos do Legislativo. Ao ser questionado nesta quinta-feira (26) pela reportagem do Campo Grande News, durante cerimônia de troca de Comando do Corpo de Bombeiros, o parlamentar tucano respondeu: "não vou falar nada sobre este assunto". Outros seis parlamentares da bancada entraram na disputa pela vaga, entre eles Jamilson Name, do mesmo partido de Paulo Corrêa. A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul será no dia 1º de fevereiro, às 9h logo após a posse dos 24 deputados. Uma reunião está agendada para a véspera e, segundo parlamentares que estão na disputa, é este encontro que vai oficializar os nomes dos cargos tão cobiçados responsáveis por "comandar" a Casa de Leis. O governador Eduardo Riedel (PSDB) nega que tenha discutido o assunto ontem, durante um almoço com parlamentares. "A reunião com os deputados foi para discutir a linha de trabalho do governo. Não discutimos Mesa. É uma decisão da Assembleia. Claro que os parlamentares estão discutindo, se articulando. Os candidatos são todos da base do governo. Não tem porque interferir nesse processo. É uma decisão da Casa de Leis", disse o chefe do Executivo. Até a segunda secretaria, cargo menos cobiçado pelos parlamentares, segue indefinida, ao menos oficialmente. O deputado estadual Coronel David (PL) é um dos candidatos e conta que precisa de mais dois votos para garantir a maioria: "consegui 11 votos e se não tiver consenso, no dia da eleição, espero que os deputados votem com a consciência. Não está nada certo o Pedro Kemp (PT) na segunda secretaria como estão dizendo por aí", avisa. Questionado pelo Campo Grande News dois dias atrás, Pedro Kemp havia dito: "o meu nome está sendo indicado. Está praticamente certo”. Para a vice-presidência, o nome de Renato Câmara (MDB) aparece entre o mais cotado. “Eu tenho interesse, mas o martelo ainda não foi batido. Temos um compromisso que o MDB vai caminhar junto com a Assembleia”.
