Semana começa com vários semáforos desligados e caos no trânsito do Centro
Quem passa pelo Centro de Campo Grande, nesta manhã de segunda-feira (24), no retorno à rotina após feriado seguido do fim de semana, enfrenta o caos no trânsito que vários semáforos desligados estão causando. O trecho mais crítico é na Afonso Pena, entre os cruzamentos com a Rua Joaquim Nabuco até a Rua José Rosa Pires, que vão da sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) até o Camelódromo. Os equipamentos estão completamente desligados nos dois sentidos da via, sem nem emitir o "pisca-pisca" de quando estão intermitentes. Há semáforos desligados também na Rua Antônio Maria Coelho, na Rua 25 de Dezembro e Rua Espírito Santo. Até as 7h30, ainda no horário de pico, não havia equipes para reparar os equipamentos na Avenida Afonso Pena, onde o transtorno está maior, e nem agentes de trânsito para orientar e sinalizar o trânsito. À reportagem, chegou a informação de que um transformador de energia havia queimado no Centro e provocado o desligamento dos semáforos. Em contato com a concessionária de energia, a Energisa, não houve retorno sobre o ocorrido até a publicação da matéria. Ao Campo Grande News, a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) confirmou que o desligamento se deu por falta de energia nos locais. "As equipes foram acionadas para o restabelecimento dos semáforos e os agentes de trânsito já estão nos pontos mais críticos, onde o fluxo de veículos é maior para ordenação do trânsito", afirmou em nota. Sempre estraga - Enfrentar o trânsito com os semáforos da Avenida Afonso Pena desligados não é novidade para o recepcionista Kaio Arruda Souza, 26, que mora no Centro e vai até o trabalho de bicicleta todos os dias. "Vira e mexe estraga, pelo menos duas vezes por mês. Hoje até que foi rápido, fiquei um minuto e meio para atravessar, mas teve que ser de outro jeito, porque um caminhão ficou parado em cima da faixa de pedestre e não consegui passar", relata Kaio. O recepcionista reclama da pressa e da falta de atenção dos motoristas e motociclistas nesses dias. "Tem gente que passa direto e nem olha se tem alguém querendo atravessar. Eles não param, tem que ficar esperto. A situação é complicada, misericórdia!". O motorista Josenil Siqueira, 67, também mora no Centro e vai trabalhar a pé. Ele confirma que os problemas nos semáforos da principal avenida da Capital são constantes. "Sempre estraga nesse trecho e sempre demora muito, além de ser perigoso a gente se acidentar. Ninguém tem paciência de esperar um pouco, saem 'atropelando", diz. O pedestre também critica a ausência de equipes no local para organizar o trânsito e evitar que acidentes aconteçam. "Como é que agora, no horário de pico, não tem ninguém monitorando ou auxiliando o trânsito? Mas para multar eles estão ótimos! Fico com medo de alguém me atropelar e eu ficar sozinho na rua. Isso é péssimo, um absurdo para uma cidade que está crescendo e se desenvolvendo", desabafa Josenildo. Matéria editada às 08h42 para acréscimo de informações.