Moradores do Oliveira protestam contra atraso nas obras de pavimentação
Moradores dos bairros Oliveira 1 e 2, organizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (2), para cobrar da prefeitura o andamento das obras de drenagem e pavimentação asfáltica da região, que já havia sido aprovada pela administração pública, que começaram no fim de 2022, com previsão de conclusão para 12 de junho deste ano. Entretanto, segundo moradores do bairro, até o momento, não foi colocado nem um metro de asfalto nas ruas. Eles reclamam, também, que desde que ficou decidido qual empresa atuaria nos trabalhos, que no caso é a BTG empreendimentos, foram colocados apenas cinco trabalhadores e duas máquinas para realizar todo o trabalho nos bairros, sendo um número de profissionais muito abaixo do necessário. Com isso, em dias de chuva as ruas se transformam e lamaçais, ficando completamente intransitáveis. “A obra começou no ano passado, colocaram manilhas, abriram buracos e agora está totalmente parada. A prefeitura foi procurada pelos moradores, mas disse que acabou o dinheiro para terminar. Agora quando chove vira um lamaçal e quando está sol tem muita poeira. Eles acabaram com as ruas, que estavam até boas antes”, protestou o assistente social Josué Lemes de Oliveira, 45 anos. Para chamar atenção do poder público, os moradores fixaram cartazes em diversas ruas do bairro. “Bem-vindo a lua, aqui só tem cratera e poeira. Adote um Buraco”; “Os moradores do Oliveira 1 e 2 agradecem o abandono e descaso para a conclusão asfáltica”, eram algumas das mensagens usadas nos cartazes para ironizar a situação. De acordo com o Portal + Obras da prefeitura de Campo Grande, os trabalhos de pavimentação nos bairros tiveram inicio em setembro de 2022 e a previsão de conclusão seria no dia 23 de junho de 2023, no entanto apenas 20% dos serviços foram executados. Do valor total do contrato que é R$ 10.037.602,60, foram executados R$ 2.048.500,28. Em resposta à reportagem, a prefeitura de Campo Grande admitiu o atraso na execução do contrato. Entre os fatores apontados estão a falta de repasses e as intempéries climáticas que que prejudicaram o cronograma. “Os períodos de estiagem foram muito curtos e os serviços de drenagem e pavimentação requerem um tempo de uma semana no mínimo para secagem do material, então quando o material começava a secar havia nova precipitação voltando à estaca zero por conta da chuva. A Secretaria espera agora receber os repasses de verba para que a obra tenha continuidade e possa ser retomada”, informou a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).