Justiça determina internação provisória de filho que ateou fogo na casa do pai

Para a juíza Eucelia Moreira Cassal, a prisão não é a opção mais adequada para Paulo Sérgio dos Santos de Oliveira, de 32 anos, homem detido em flagrante por atear fogo na casa do pai, de 83 anos. O caso aconteceu na última sexta-feira (2), na região do bairro Parque do Lageado, em Campo Grande.    Durante a audiência de custódia, a magistrada decidiu converter a prisão em flagrante para uma internação temporária. O documento destaca que: “a prisão preventiva não é medida necessária e cabível, uma vez que as circunstâncias demonstram que o caso está relacionado a condição de saúde, que ao menos para este caso neste momento, parece necessitar de imediato atendimento médico, com o acompanhamento devido”. Durante o depoimento, Paulo contou que no dia ele havia tomado remédios controlados com álcool. Ainda em depoimento, alega que o fato praticado foi uma tentativa de suicídio e a juíza ressalta que o ato foi um pedido de socorro. Paulo foi encaminhado para um tratamento no Caps (Centros de Atenção Psicossocial) do bairro Coronel Antonino, e o tratamento será de um mês inicialmente. O caso  - O idoso de 83 anos contou com a ajuda dos vizinhos para apagar o incêndio que atingiu sua residência na tarde da última sexta-feira (2). Com baldes e bacias, os moradores das casas próximas conseguiram controlar o fogo até a chegada do Corpo de Bombeiros. O incêndio expôs um drama vivido pela família há anos com as agressões praticadas contra o idoso. O fogo destruiu totalmente a casa onde os dois moravam e agora é reerguida pelos outros filhos da vítima.   Um dos irmãos de Paulo contou que há anos a família tem passado por momentos assim com o autor. Segundo ele, as agressões começaram quando o idoso e Paulo ainda moravam em uma chácara na cidade de Sidrolândia e só foram piorando. Paulo foi preso após quebrar objetos da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Parque do Sol e ameaçar os servidores do local. Ele precisou ser contido por equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana), depois foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol por equipe da Polícia Militar.