Alvo de operação que vasculha Secretaria de Obras é preso com arma de fogo

Durante a Operação Cascalhos de Areia, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta quinta-feira (15), Adir Paulino Fernandes, de 65 anos, foi preso por posse irregular de arma de fogo, na Chácara Santa Dirce, em Terenos, distante 25 quilômetros de Campo Grande.  Conforme boletim de ocorrência, os policiais do Batalhão de Choque cumpriam mandado de busca e apreensão, quando encontraram dentro do imóvel, debaixo da cama de um dos quartos, uma arma de fogo calibre 32 com duas munições intactas e duas deflagradas. Adir foi preso em flagrante e levado para a delegacia de Terenos.  No total, a ação cumpre 19 mandados de busca e apreensão e tem como um dos alvos a sede da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e a empresa ALS Transportes, localizada na Avenida Ministro João Arinos, no Bairro Cidade Jardim. A reportagem tentou contato com o secretário de infraestrutura, Domingos Sahib Neto, mas não conseguiu. Os policiais estiveram por duas vezes na secretaria, às 6h e às 8h, e saíram sem levar nada, conforme a assessoria de imprensa da prefeitura. Os crimes investigados são: peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro relativos aos contratos, possivelmente praticados por uma organização criminosa.  Por meio de nota, a prefeitura informou que "a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos recebeu nesta manhã as equipes da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social, que cumpriram mandado de busca e apreensão. "O Município permanece à disposição para qualquer esclarecimento ou fornecimento de informações necessárias aos entes do processo". Operação - Conforme a investigação, a operação é proveniente de Procedimento Investigatório Criminal que tramita perante a Promotoria de Justiça e apura a atuação de possível organização criminosa estabelecida para a prática de crimes de peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, relativos a contratos para manutenção de vias não pavimentadas e locação de maquinário de veículos junto ao município, que ultrapassam o valor de R$ 300 milhões. Uma equipe do  Campo Grande News  esteve na empresa ALS Transportes para ouvir os responsáveis e também tentou contato por telefone, mas não houve resposta até o momento da publicação desta reportagem.