"Queria ter um lugar para dormir”, diz moradora após desocupação no Lagoa Park

Na tarde desta quarta-feira (2), 47 famílias que ocupavam irregularmente um terreno na rua Lagoa Santa, Bairro Lagoa Park, foram retiradas pela GMC (Guarda Municipal de Campo Grande). A ação causou indignação entre os moradores da região. O terreno é da Prefeitura, e vinha sendo ocupado há aproximadamente três anos por famílias, que haviam construído barracos de madeira e outros materiais adquiridos em ferro velho. As moradias improvisadas, não tinham eletricidade. Os moradores dividiram o terreno em quadras e estavam planejando separar por ruas quando foram surpreendidos pela chegada dos guardas. As autoridades policiais solicitaram que todos deixassem o local em apenas 10 minutos, segundo relatado à reportagem.  A vendedora, Deusli Souza de Oliveira, mora na região há mais de 15 anos e se solidarizou com a situação. Inclusive, cedeu o quintal de casa para que as famílias retiradas da área invadida, pudessem guardar os pertences. "Todos eles têm cadastros sociais e estão apenas em busca de um local para viver. Cadê o suporte da Prefeitura? Cadê a Emha para ajudar essas pessoas?", questionou. A motoentregadora Leila Pantaleão Silva, que vivia no terreno ocupado, relatou as condições precárias da área e o questionou a maneira como a desocupação foi feita: "Eu só queria ter um lugar para dormir. Não me importo de pagar um aluguel. Eles chegaram com brutalidade, destruindo tudo, enquanto as crianças choravam. Deram-nos apenas 10 minutos para sair ou ameaçaram destruir nossos pertences". A reportagem  tentou entrar em contato com a Prefeitura de Campo Grande e com a Guarda Municipal para obter um posicionamento sobre a ação e as demandas dos moradores retirados da área. Entretanto, até o fechamento da matéria não obteve resposta. O espaço segue aberto.  Receba as principais notícias do Estado pelo WhatsApp.  Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.