Conveniência vira “inferno particular” de moradores próximos à Avenida
O que deveria ser apenas mais uma conveniência em Campo Grande se transformou no “inferno particular” de moradores próximos à Avenida Mato Grosso. Som alto, urina nos portões e “muvuca” testam a paciência dos residentes que já não aguentam mais a festança infinita, já que o local funciona 24h. A conveniência Pit Stop V8 fica localizada na Avenida com a Travessa Zezé Flores e tem atraído diversas pessoas desde a inauguração em março deste ano. Nesta madrugada, moradores estimam que o lugar chegou a comportar até 200 pessoas. No vídeo encaminhado ao Campo Grande News é possível ouvir o som alto e o céu já claro. Em seguida um dos moradores mostra a parede da casa onde mora com urina e o que, segundo ele, são fezes humanas no gramado. Moradoras há 20 anos, mãe e filha contam como é conviver próximo a conveniência. “Temos imagens sobre, a vizinhança começou a se incomodar bastante, a partir das 22h vira uma bagunça. É som alto, gritaria, começaram a fazer racha. Já fui atrás com a prefeitura e eles tem um alvará especial pra funcionar 24h”. De acordo com a mulher, o problema se intensifica de quarta-feira a domingo. “Fica impossível de dormir, principalmente após a 00:00 que é quando som fica mais alto. Tem pessoas que urinam na frente das casas porque lá não tem banheiro”. À reportagem ela relata que entrou em contato com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e que a pasta informou que não poderia fazer nada, pois o problema compete à Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. Há 35 anos, o casal, que também não quis ser identificado, conta que desde que o local abriu eles vivem no inferno. “Nessa madrugada foi o auge, isso virou uma zona total. Era 2h e eu fiquei com a minha esposa sentado na frente de casa para evitar que o povo urine. Descem de monte aqui. Eu não sei mais como resolver. Não respeitam o portão da casa de ninguém”. A solução para o transtorno, segundo o homem, seria o local não funcionar mais durante as 24h. Outro lado - O proprietário da conveniência, Mateus Gomes , 24 anos, afirma que está ciente do transtorno causado pelos clientes e que o fluxo no local ficou maior do que o esperado. Ele revela que inicialmente, o plano era que as pessoas apenas buscassem a bebida no local e fossem embora, mas a situação fugiu um pouco ao controle. “Vamos cortar o consumo de vez no local, meter grade em tudo para impedir que as pessoas fiquem, não é nosso intuito a permanência. Eles não obedecem. Queremos resolver também porque tenho casa aqui e não consigo dormir também”. Para tentar amenizar a situação, o dono colocou placas de sinalização no local, advertindo o consumo de álcool no balcão, assim como o de não ligar som alto. Segundo ele, também contratou seguranças para controlar o público. Quanto a reclamação da urina, Mateus conta que construiu um banheiro e que aguarda a liberação da Águas Guariroba para que comece a funcionar. A reportagem entrou em contato com a concessionária, responsável pelos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto de Campo Grande, mas até o momento não obteve retorno. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .