De cama à geladeira, doações chegam para remontar casa consumida pelo fogo

A casa de seis cômodos onde o mecânico Eloandes Corrêa Barros Neto, 35, e a funcionária pública Laisa Andreoli, no Bairro Residencial Sírio Libanês I, em Campo Grande, moravam com os dois filhos, foi totalmente destruída por incêndio nesta quinta-feira (24). Dois dias depois, o que é principal para remontarem o lar, já foi conseguido por meio de doações. "Veio de uma grande corrente de amigos e de doadores que mandaram sem se identificar. Está todo mundo mandando nos grupos de WhatsApp. Graças a Deus, ganhamos muita coisa", contou Eloandes neste sábado (26) ao Campo Grande News . Como Laisa trabalha na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites, ficou sabendo do que aconteceu e enviou áudio no aplicativo de mensagens pedindo que doações fossem entregues no Centro da cidade, durante o desfile cívico-militar em comemoração ao aniversário de Campo Grande. Um caminhão estava no local para receber a entrega. O veículo estava estacionado na Rua Rui Barbosa, a uma quadra de onde o desfile acontecia. Havia pouca coisa dentro pouco antes do evento terminar. O que falta -  A família ganhou geladeira, fogão, cama de casal, camas de solteiro, muitas roupas e sapatos, armário para a cozinha e itens para quarto. Neste fim de semana, se empenham em buscar tudo. Eloandes pede, de quem puder doar, utensílios para cozinha. "De jogo de talheres até microondas, tudo o que se usa na cozinha e perdemos", descreve. Para combinar como fazer a doação, é preciso entrar em contato com o mecânico: (67) 99263-4821. Suspeita -  É impossível a família voltar a ocupar o mesmo imóvel, pois restou somente a varanda em pé. Um engenheiro consultado explicou que será necessário demolir tudo e erguer a casa do zero. De acordo com Eloandes, perícia concluiu que o incêndio começou na casa vizinha. Um inquérito foi aberto para apurar qual a responsabilidade das pessoas que estavam no local no momento do ocorrido. Por enquanto, o mecânico, a esposa e os filhos estão morando na casa do pai dele. Nas próximas semanas devem se mudar para uma residência alugada. A expectativa é conseguirem resgatar valor de seguro contra incêndio, para construir o imóvel novamente no terreno onde a casa foi consumida. "Tudo foi conquistado com muito suor, é desesperador ver tudo acabado", lamenta Eloandes.