Lixo e carros em calçadas geram debate entre moradores e expositores de feira
No terceiro domingo de cada mês, o bairro Carandá Bosque, na Capital, recebe a Feira do Bosque da Paz. O evento se tornou uma tradição na região, mas nos últimos dias tem gerado controvérsias entre expositores e alguns moradores do bairro. Uma das principais queixas dos moradores é sobre os veículos estacionados em locais proibidos, além da sujeira após o evento. Em contrapartida, para os expositores, a Feira do Bosque da Paz é uma fonte de renda essencial. Uma das expositoras, Ivanilde Prado, destaca a contribuição da feira para a comunidade e para as famílias. "Quantas famílias esta feira ajuda? Quantas pessoas levam o sustento para casa? Deixem o pessoal trabalhar", afirma. Os expositores também ressaltam que a feira não deixa sujeira, porque a organização disponibiliza lixeiras no evento. “Lá não fica sujeira, porque as responsáveis colocam lixeiras e no final de cada feira, o lixo é retirado”, explica Ivanilde. Inaugurada em agosto de 2022, a Feira do Bosque tem sido realizada uma vez por mês e movimentado R$ 7,2 milhões e beneficiado 550 expositores de artesanato, moda autoral, antiguidades, gastronomia e uma gama diversificada de atrações culturais. Uma dessas expositoras é Telma Nogueira, que faz um apelo por empatia por parte dos moradores. "Fazemos nossa parte, mas acho que deveria haver mais empatia da parte dos moradores. A feira acontece apenas 11 dias no ano, e nós dependemos dela. Em todo lugar do Brasil existem feiras; será que Campo Grande é diferente?", desabafa Telma. A expositora Bruna Caruso reforça que os problemas citados são responsabilidade da Prefeitura. "Acredito que falta apoio do poder público. Inclusive, os carros que estacionaram em lugares proibidos devem ser punidos, mas a organização da feira não tem como multar e guinchar esses veículos. É necessário que o Poder Público faça o seu papel em garantir que quem estacionou de forma irregular seja punido." Bruna também reforça que a Feira do Bosque da Paz tem sido uma alternativa para o comércio na cidade, já que atrai cerca de uma média de 20 mil visitantes em cada edição. “A feira é o local em que mais comercializamos, é a oportunidade em garantir o sustento e vender nossos produtos, já que o comércio de Campo Grande vem há anos decaindo”. Reclamações - Apesar de ser realizada uma vez por mês, moradores do Carandá Bosque estão indignados com a ousadia de motoristas. Conforme noticiado pelo Campo Grande News , alguns visitantes da feita tem estacionado em locais proibidos e até mesmo em frente às garagens das casas para não terem que andar muito até chegarem à Feira do Bosque da Paz. Para o morador da região, João Pedro Oliveira, a feira tem atrapalhado a circulação de carros. “Uma moça bateu o carro tentando manobrar para desviar da feira. Só fica sujeira no bosque, carros que estacionam nas garagens, sujeira que fica na frente das casas”, reclama. Insatisfeito com a situação, o morador também pede uma fiscalização mais rigorosa por parte do poder público. “Se for pra ter essa feira deveria ter alguma regulamentação, igual qualquer comércio. Preciso de ter respeito a vigilância sanitária, limpeza do local, organizar carros estacionados e trânsito. Só tem causado problema pros moradores da região”. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber se há alguma possibilidade de reforçar a fiscalização do trânsito na região, durante a realização do evento. Entretanto, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .