Falta de medicamento afeta tratamento contra o câncer no HR

O ifosfamida, medicamento necessário no tratamento contra alguns tipos de câncer, está em falta no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul desde julho deste ano. Como resultado, pacientes da instituição não conseguem dar andamento a sessões de quimioterapia. A denúncia foi feita ontem (19), no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, pelo deputado Pedro Kemp. Ele pediu ao secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, providências urgentes para que os estoques sejam repostos. Nesta quarta-feira (20), o Hospital Regional confirmou à reportagem, via assessoria, que enfrenta o desabastecimento do fármaco devido ao descumprimento de contrato vigente com a NSA Distribuidora de Medicamentos Eirelli, por parte da empresa. A fornecedora alega, segundo nota enviada pela instituição de saúde, que há escassez do medicamento. O Campo Grande News questionou a empresa para obter mais detalhes, mas ainda não recebeu retorno. O espaço segue aberto. Novo prazo - A expectativa é que um lote da ifosfamida seja entregue até 25 de setembro. "No último contato com a empresa, foi acordado o prazo", afirma o hospital em nota. A empresa foi notificada sobre o não cumprimento da entrega dos insumos de acordo com o contrato firmado. "Nesse período, o hospital utilizou os medicamentos disponíveis em estoque, implementando medidas para garantir a continuidade dos tratamentos aos pacientes", acrescenta o Regional. O que disse o deputado, no entanto, é que "há pacientes com sessões de quimioterapia interrompidas", devido à falta do medicamento, o que a instituição não confirmou. Um processo administrativo foi instaurado pelo Regional, ainda, para responsabilização da fornecedora pelo não abastecimento adequado do medicamento. Outro remédio -  Mais um fármaco utilizado para quimioterapia esteve em falta recentemente no Hospital Regional, conforme apurou o Campo Grande News . Era o Pegaspargase, conhecido como PEG. "O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul informa que houve atraso, por parte da empresa fornecedora, na entrega do medicamento Pegaspargase utilizado no tratamento de pacientes com leucemia. Por se tratar de um medicamento específico e de curto prazo de validade, o hospital faz o pedido de acordo com a demanda", justificou em 8 de setembro a assessoria da instituição. O medicamento foi entregue na primeira do semana do mês, confirmou o hospital, há três semanas. "Com a chegada dos medicamentos, o tratamento já será retomado".