Chuvas alagam rua e vizinhos reclamam há 20 anos de “cratera” em linha de ônibus
Moradora do bairro Rita Vieira, a aposentada Dimiciana Lacerda, de 77 anos, disse que as recentes chuvas e o grande volume de água na porta de sua casa são um problema crônico que atinge a vida de quem vive no cruzamento entre a Rua Rômulo Cappi e a Rua Padre João Delfino há pelo menos 20 anos. Área com oficinas mecânicas, o trecho conta com grande fluxo de caminhões e linhas de ônibus. Na região desde 1998, Dina, como é conhecida, vive sozinha na companhia de seu gato e conta com a ajuda dos vizinhos para as tarefas simples do cotidiano, ao passo que os problemas ficam evidentes quando ela precisa sair de casa. “Quando chove, a água sobe, saio daqui (casa) e vou até o segundo poste próximo ao asfalto para conseguir chegar na rua. Se eu estiver com uma roupa de ficar em casa, me enfio dentro da lama e saio”, falou ao Campo Grande News nesta quarta-feira (6). Sobre o local, ela diz que as condições sempre foram as mesmas desde que chegou no bairro. Para ela, o fato de o bairro não ser todo asfaltado também influencia na condição dos moradores. “Acontece que a ‘ponta’ do asfalto veio até ali. Você sabe como é o sistema. Pessoal vem aí, faz remendo, em época de política, falam que vão vir, que vão começar, arrumar. Eu estou cansada”, falou. A opinião da aposentada é compartilhada pelo enfermeiro Renato Laurentino, que vive no cruzamento das ruas há 18 anos. Ele diz que a região sempre foi assim, e que a água das chuvas cai sobre as calçadas e avança para a casa de toda a vizinhança. “Poeira demais, muita chuva. Os motoqueiros e veículos menores estão, inclusive, subindo na calçada para desviar da poça de água, se cair ali não sai mais”, disse. O profissional da saúde disse que a região sempre foi assim e que as coisas pioraram quando os “barracões” de mecânica chegaram no bairro. “Sempre foi assim. Depois que fizeram esse barracão aqui atrás, piorou. O trajeto é de caminhões, ônibus, mas a rua não suporta, as chuvas e o peso dos veículos enfraqueceram o asfalto”, destacou. Renato disse que “de vez em quando” a Prefeitura vai até o local para averiguar, realiza pequenos reparos que não suportam o número de veículos que passam pelo cruzamento. Em resposta ao Campo Grande News , a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) disse que estará no local na próxima sexta-feira (8) “realizando as ações necessárias”. Direto das Ruas – A sugestão chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .