Revitalização da Bom Pastor: mais do mesmo fracasso

A incorreta ideia de revitalização da 14 de Julho está com data marcada para ser repetida na Av. Bom Pastor. Na principal artéria da cidade foi um fracasso retumbante. Repetir o mesmo erro não é característica dos humanos. A concepção de shopping que desejam empreender não tem pé e nem cabeça. Os shoppings modernos são isolados do tecido Urbano por bolsões de estacionamento. Sem um imenso local para estacionar carros, o projeto está fadado ao insucesso. Eles são parte de uma configuração de cidade que privilegia o uso do carro. Esse é o conceito que não pode ser esquecido. A segurança originária do fechamento e de multidões. Os shopping prescindem de uma batalhão de guardas armados até os dentes. A segurança que oferecem é advinda do fechamento das "ruas" e das lojas conetadas por um teto que facilite o passeio noturno dos cidadãos, mantendo as ruas movimentadas. É esse conjunto de lojas conectada por um teto e multidão passeando que coíbe crimes violentos. Quem tem dinheiro embaixo do colchão? O melhor projeto do mundo, tocado pela melhor equipe que exista na face da terra. Ainda que oferecessem à Bom Pastor essas condições de obras, ainda restaria um "pequeno detalhe": durante alguns meses, os comerciantes viverão do dinheiro que tiverem acumulado "debaixo do colchão". Aquele que não tiver alguma economia está fadado à falência. Não há como tocar obras e ter clientes ao mesmo tempo. Não há plano vendido como mirabolante que conserte o problema da fuga de público. Quem quer correr risco? E há outra condição preocupante. Como tudo na vida dos comerciantes, há risco. Ainda que fosse um deslumbrante projeto - e não é - ninguém pode dizer que, ao término das obras, a Bom Pastor receberá um público muito maior. As mudanças são paupérrimas e sem nenhuma criatividade. Apenas mais do mesmo projeto fracassado.