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«Campo Grande News»
Март
2024

Desmama lado a lado impulsiona resultado financeiro de fazendas de cria

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Desmama lado a lado impulsiona resultado financeiro de fazendas de cria

O manejo racional compreende todo o ciclo de vida dos bovinos, com boas práticas existentes para o cuidado desde o nascimento até o momento do abate. No caso da separação dos bezerros de suas mães, processo conhecido como desmama, a condução adequada dessa tarefa proporciona impactos positivos no ganho de peso do animal e, consequentemente, no resultado financeiro da fazenda. A desmama lado a lado, como é conhecida essa prática, consiste na separação gradual de bezerro e mãe, de forma a reduzir o estresse característico dessa atividade. Posteriormente, isso também permite uma retomada mais rápida da rotina de pastejo, ruminação e descanso. “É muito perceptível que uma desma­ma abrupta acabou de ser realizada numa propriedade. Tanto as vacas quanto os bezerros ficam se movendo de um lado para o outro do pasto, reduzindo a ingestão de alimentos, a ruminação e o descanso. Com esse cenário, a consequência esperada é um desempenho inferior no período após a desmama, além da elevação do risco de doenças e acidentes”, explica o zootecnista, Gustavo Lazarin. Por isso, o profissional aponta a necessidade de planejamento e estruturação da fazenda para esse processo. Após a realização dos manejos que precedem a desmama, como vermifugação e identificação, vacas e bezerros retornam para o mesmo pasto onde ficarão juntos por três dias. “Pastagem de fácil acesso é imprescindível para o êxito dessa prática, pois esse é o ambiente que abriga os bezerros após a saída das vacas. O momento de abastecimento dos cochos é uma oportunidade para que o vaqueiro ande no meio deles de forma calma, para que também se acostumem com a sua presença”, destaca. No quarto dia, as vacas devem ser conduzidas para um pasto próximo ao dos bezerros, dividido por cercas e com um corredor no meio, no qual elas devem ficar por, pelo menos, mais três dias. “Esse tempo é suficiente para que o bezerro reconheça o pasto e encontre os recursos, além de se recuperar do estresse do manejo”. Depois desse período, as vacas são colocadas em pastagens vizinhas. Tanto elas quanto os bezerros passam a aprender que ainda existe uma proximidade entre eles e, dessa forma, ganham confiança para explorarem o ambiente sem estarem na presença um do outro. Reflexo no bolso do pecuarista De acordo com análises conduzidas pelo ETCO (Grupo de Estudos e Pesquisa em Etologia e Ecologia Animal), os bezer­ros desmamados no manejo lado a lado apresentam ganhos de peso até 37% superiores quando comparados com os desmamados de forma abrup­ta. Essa diferença no desempenho se dá, principalmente, durante as quatro primeiras semanas e, após esse tempo, ela se reduz, mas o peso vivo continua su­perior nos bezerros desmamados lado a lado. “Considerando que cerca de 63% do lucro das fazendas de cria se relaciona com ganho de peso nos bezerros, esse atributo impacta diretamente a saúde financeira dos negócios, ainda mais no cenário atual, em que é crescente a venda com base no peso vivo”, ressalta Lazarin. “Além de contribuir para o bem-estar dos ani­mais, a desmama lado a lado também traz ganhos econômicos para os produtores, de­correntes do melhor desempenho dos bezerros, que são vendidos por um valor melhor e/ou iniciam a re­cria mais pesados, acelerando o ciclo de produção”, avalia. MS é grande celeiro de bezerros O município de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, possui o segundo maior rebanho bovino do País, onde predomina notadamente a criação de bezerros. Segundo boletim da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o perfil do rebanho em Corumbá em 2022 é dividido em: 0 a 12 meses (20,27%); 13 a 24 meses (15,75%); 25 a 36 meses (13,33%) e +36 meses (50,56%) sendo o município com maior proporção de animais com mais de 36 meses no Estado. O município de Corumbá é o principal fornecedor de animais de 0 a 12 meses dentro de MS. A importância deste celeiro de bezerros não é apenas restrito ao MS, outros estados recebem bezerros gerados em Corumbá, como São Paulo e Mato Grosso.











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