Riedel discute com ministério medidas para auxiliar setor agrícola em MS
Com perdas no setor agropecuário em Mato Grosso do Sul, que podem chegar a 40% da receita da soja, por exemplo, o governo estadual discutiu com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, alternativas para ajudar o setor. A expectativa da União é anunciar as ações em prazo de 15 dias, antes do fim da colheita da safra de grãos. Em MS, segundo dados do governo estadual, foram cultivados cerca de 4,2 milhões de hectares de soja, com estimativa de produção é de 54 sacas por hectares. No entanto com a alta nos custos de produção e a estiagem, muitos agricultores estão colhendo menos que o previsto. Entre as medidas, a prorrogação de parcelas de investimentos com vencimento em 2024 e a disponibilização de linha de capital de giro em dólar via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,) com carência de dois anos e prazo de três anos para pagamento. A equipe econômica também tenta destrinchar as parcelas de investimentos contratadas com recursos equalizados que vencem neste ano — a maioria no segundo semestre — que somam R$ 28,1 bilhões, montante total que estaria passível de prorrogação. Antecipação - Na reunião que contou com a participação além do governador Riedel, do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, o presidente da Aprosoja MS, Jorge Michelc, e o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, André Dobashi, o ministro esclareceu que o governo federal vai anunciar as medidas de apoio financeiro ao setor rural nos próximos dias. A meta segundo ele é antever a “crise iminente” no campo e anunciar ações de ajuda aos produtores antes do fim da colheita da soja. A intenção é evitar agir apenas depois que se instale um ambiente de endividamento e de seus efeitos colaterais. O ministro também já considera que a segunda safra de milho será menor que o projetado inicialmente. Uma das propostas discutidas é jogar a parcela de investimento deste ano para o fim do contrato ou redistribuí-la nas prestações restantes, com a manutenção das condições iniciais de juros. O secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta avaliou as medidas como positivas. “É uma forma de minimizar as perdas que os produtores já estão vivendo com a safra de soja, que está perto dos 60% concluída no Estado”, pontuou lembrando que a estimativa é que sejam colhidas 12,5 milhões de toneladas de soja neste ano, abaixo dos 15 milhões de toneladas do ano passado. Eduardo Riedel diz que o governo está atento às ações. “Neste momento é importante que a nossa bancada federal está presente e atuando nessa discussão, assim como a nossa bancada estadual na Assembleia Legislativa. Parlamentares participando diretamente para que a busquemos soluções para esse difícil momento”. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .