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Vida de trabalhador não é fácil, mas a de aposentado pode ser tão difícil quanto

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Vida de trabalhador não é fácil, mas a de aposentado pode ser tão difícil quanto

Acordar cedo para ir trabalhar e chegar em casa quando o sol já foi embora, cansado e ainda pensando nas contas a pagar, não é vida fácil. Mas e depois que aposenta, será que melhora? O Campo Grande News aproveitou este Dia do Trabalhador (1º) para sair às ruas de três bairros e saber como a vida pós-aposentadoria está sendo para alguns e qual a realidade e as expectativas de outros que ainda não chegaram lá. Sebastião Caju, 68, é proprietário de uma oficina no Bairro Mata do Jacinto e aposentou-se há dois anos. Por causa dos descontos, o benefício é parte muito pequena de sua renda. “Eu aposentei, mas ganho uma mixaria de R$ 400 por mês. Sempre trabalhei, desde os 7 anos na roça, em Naviraí. Arava algodão, feijão, mexia com amendoim também. Ia para o colégio, voltava e trabalhava de novo. Trabalhei demais na minha vida, fui segurança de carro forte aqui em Campo Grande, já morei no Bairro Universitário, Pioneiros, e vim aqui para a Mata do Jacinto, onde trabalho das 7h às 17h para fazer 'um trocado' e conseguir fechar o mês", conta. A também aposentada Agostinha Peralta, 70, ainda não parou de trabalhar porque precisa complementar o que ganha e se sente útil trabalhando. Ela mora no Bairro Dom Antônio Barbosa. "Eu não consigo ficar em casa. Recebo a aposentadoria e pensão do meu marido [falecido], mas não dá. Sou empregada doméstica e continuo trabalhando para completar a renda e também porque patrão não me larga. Tentei ficar dois anos em casa depois que aposentei, mas ele me chamou de novo", fala. A aposentada relatou, ainda, ter sido vítima da onda de descontos indevidos que associações são acusadas de fazer em pensões e aposentadorias. "A aposentadoria ajuda muito, mas não dá pra viver só dela, é muito pouco e também tem muito desconto. A minha estava tendo desconto de R$ 360 reais e eu nem sabia do que era. Cancelei, mas depois teve outros", lamenta. Falta pouco - Antônio Carlos Del Maõ, 59, mora no mesmo bairro que Agostinha. Ele trabalha na bicicletaria do sogro e mora com a esposa, já aposentada.  Para ele, o momento da aposentadoria está chegando.  "Pelas contas do meu advogado eu me aposento ano que vem. Eu gostaria muito de parar de trabalhar, mas ainda pretendo continuar porque é muito pouco [a aposentadoria], é menos de um salário [mínimo]", conta. O trabalho na bicicletaria é "puxado" e os ganhos são poucos.  "Comecei trabalhando com vendas de peças e agora estou com a bicicletaria. Aqui já foi bom, mas agora nem dá pra tirar um salário [mínimo] direito. A aposentadoria seria um complemento dessa renda", prevê. Para o tapeceiro do Bairro Coronel Antonino, Luiz Mario Alves, 58, faltam sete anos. Ele também quer seguir trabalhando após a aposentadoria. “Olha, eu não tenho intenção de me aposentar 'completamente'. Aos 65 anos vou me aposentar, mas continuar na tapeçaria. Enquanto tiver saúde, vou ficar trabalhando, né ?", planeja. O motivo é não ter outra alternativa. "Eu não tenho outra opção. Mil [reais] não vai dar, mil e pouquinho. Uma 'idazinha' no supermercado pra comprar pão e leite já dá R$ 50. Se vai todo dia, ao final do mês vira R$ 1.500, fora as contas de casa, fora a carne a bebida", calcula. Ele comemora morar com a família em uma casa própria, onde montou a aposentadoria. "Imagina se tivéssemos que pagar aluguel? A aposentadoria não ia conseguir pagar tudo". Falta muito -  Ney Emilliano, 27, é microempreendedor individual e tem uma loja de assistência técnica em Paraíso das Águas, cidade onde ele mora. A aposentadoria está distante para ele, que não esconde o desânimo. "Eu não tenho filhos, mas o custo de vida onde moro é muito alto. O aluguel lá é em media R$ 1.200, mais os gastos que teria, provavelmente de R$ 400. Não daria pra viver só com a aposentadoria. Ainda nem sei se vou conseguir me aposentar porque cada ano que passa está ficando mais longe. Quando eu chegar aos 65 anos para me aposentar, [a regra] vai ser ter 100 anos", diz. O professor Clarialdo Gabriel Alonso, 30 anos, trabalha em meio período do dia e usa parte da renda para pagar as dívidas. Pensa em financiar uma casa e compara como era na época dos pais dele. "Com essa mesma idade os meus pais já teriam casa e outros bens", afirma. A reforma da previdência atrasou a aposentadoria e prejudicou principalmente a sua categoria, lamenta.  "É mais difícil se aposentar, ainda mais para os professores. A aposentadoria já não é mais um sonho", conclui. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .











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