Água para lavar: folião de Salvador enfrenta chuva na reta final do Carnaval
Previsão é de novas pancadas de chuva até o final de semana, segundo Inmet
Os foliões que aproveitam as últimas horas do Carnaval de Salvador precisam fazer as pazes com a chuva, pois não haverá trégua. A possibilidade de novas ocorrências estão previstas até o próximo final de semana (25). A temperatura mínima pode chegar a 23° C enquanto a máxima pode chegar a 32°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Nas últimas 24h, as maiores concentrações de precipitação foram nos bairros Alto do Cabrito (19,6mm), Piatã (17,2mm), Rio Sena (16,1mm) e Itapuã (15,8mm), de acordo com boletim da Defesa Civil de Salvador (Codesal).
A temporada chuvosa chegou a Salvador nesta segunda-feira (20), após dias intensos de calor e muito sol. Pancadas de chuva e até trovoadas marcaram o quinto dia de Carnaval e chegou a interferir em alguns locais de festa. O motivo da chuva é a atuação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). As chuvas vêm do oceano Atlântico.
No circuito Dodô (Barra-Ondina) foram registrados ventos de até 37,8 km/h. Já no Osmar (Campo Grande), os ventos atingiram velocidade de até 19,8 km/h.
Prejuízos
A força dos ventos na orla de Salvador chegou a destruir parte da estrutura superior do palco montado para o Carnaval da Boca do Rio, o que fez a prefeitura decidir pelo cancelamento das apresentações previstas para a segunda.
Estavam previstos shows do grupo Simples Assim e dos cantores Lincoln, Danniel Vieira, Nêssa, Carlos Pitta, Ju Moraes e Os Mortalhas.
Após a suspensão, ambulantes credenciados para trabalhar no local reclamaram de prejuízos financeiros. Ao CORREIO, Adenildes Santana relatou o desespero diante da situação.
Ela informou ter investido R$ 5 mil em insumos, no entanto, o valor foi emprestado por um terceiro, que disponibilizou um cartão de crédito. “Perdi tudo. Cinco quilos de feijoada. Eu doei aqui para não perder. Mas perdi purê de aipim, carnes de churrasco. O cartão dos outros não espera. Estou desesperada. Passei mal”, contou.
Trabalhadores ambulantes reclamam de prejuízos com a suspensão de festa da Boca do Rio (Foto: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO) |
A trabalhadora relatou que o prejuízo não foi apenas consequência da chuva. No sábado (18) e no domingo (19) o local onde aconteceria a festa sofreu com falta de energia e queima de gerador.
Cerca de 70 trabalhadores estavam escalados para trabalhar no Carnaval da Boca do Rio.
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