Operação que investiga grupo atacadista por sonegar impostos cumpre nove mandados de buscas
Foram apreendidos computadores, celulares e documentos
A Operação Parapitinga, que investiga um grupo empresarial do setor de comércio atacadista, suspeito de sonegar pelo menos R$ 3,5 milhões em impostos, foi finalizada no início da tarde desta quarta-feira (26), com a apreensão de celulares, computadores e documentos.
A força-tarefa envolvida na operação cumpriu nove mandados de busca e apreensão em seis endereços, nas cidades de Bom Jesus da Lapa e Sítio do Mato, no oeste do estado. O esquema fraudulento foi identificado pela inteligência fazendária da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), em conjunto com o Ministério Público estadual (MP) e a Polícia Civil.
De acordo com as investigações, o grupo fazia aquisição e distribuição de mercadorias sem documentação fiscal; usava "laranjas" no quadro societário, cujas pessoas jurídicas utilizadas eram posteriormente abandonadas e imediatamente sucedidas por outras, no mesmo segmento de mercado; e utilizava empresas em nome de terceiros para aquisição de mercadorias, deixando para trás valores expressivos em débitos tributários de ICMS, promovendo assim a blindagem patrimonial dos verdadeiros gestores do grupo.
Ainda segundo o MP, as primeiras informações sobre a ação criminosa dos investigados foram mapeadas há 10 anos, mas as investigações começaram há três. As identidades dos alvos não foram reveladas. A ação visa interromper o esquema e coletar provas para instruir a investigação em curso, iniciada pelo escritório do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) em Vitória da Conquista.
Os próximos passos envolvem a análise dos materiais apreendidos pela Polícia Civil e a coleta de depoimentos, para finalizar a fase de investigações. O objetivo também é descobrir se o valor sonegado é superior aos R$ 3,5 milhões.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual da Fazenda para saber mais detalhes sobre a operação e aguarda retorno.