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Os 150 anos do compositor Sergei Rachmaninoff

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“Se houvesse um conservatório no inferno, Rachmaninoff iria receber o primeiro prêmio por sua Sinfonia, tão diabólicas as discórdias que ele coloca diante de nós”, César Cui

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O mundo celebra os 150 anos de nascimento Sergei Rachmaninoff, nascido em primeiro de abril de 1873, na Rússia.  Pianista virtuoso foi considerado um dos músicos mais influentes do século XX.

Com um estilo fundamentalmente russo, sua música possui grande influência de Pyotr Ilyich  Tchaikovsky (1840 – 1893), seu ídolo na juventude, carregando, assim, certa melancolia própria do Romantismo.

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)

Posteriormente, Rachmaninoff foi influenciado por Alexeyevich Balakirev (1837 – 1910) e Modest Mússorgsky (1839 – 1881), ambos integrantes do famoso movimento nacionalista intitulado “Grupo dos Cinco”, também na Rússia. 

Alexeyevich Balakirev (1837 – 1910) e Modest Mússorgsky (1839 – 1881)

O repertório para piano integra parte significativa das principais obras do compositor russo.  Rachmaninoff  trabalha com maestria a sonoridade do instrumento  em suas obras, como é o caso dos seus concertos; prelúdios; estudos e sonatas.

Sergei Rachmaninoff (1873 – 1943)

Uma de suas mais famosas obras, o Concerto n. 2 opus 18 em dó menor para piano e orquestra,  que, com certeza, você leitor, já ouviu várias versões. A canção popular estadunidense “All By Myself” cujo sucesso foi escrito por Eric Carmen e gravado em 1994 por Sheryl Crow e em 1996 por Celine Dion, é um arranjo temático do segundo movimento desse concerto. O tema do concerto n. 2 foi também popularizado no filme O Pecado Mora ao Lado” (1956), dirigido por Billy Wilder e estrelado por ninguém menos do que Marilyn Monrroe, Tom Ewel e Evelyn Keyes.

Marilyn Monrroe em “O Pecado Mora ao Lado” (1956)

Embora cultuado na atualidade, Rachmaninoff passou por difíceis momentos em sua carreira. A estreia de sua primeira sinfonia foi um fracasso, causando-lhe uma depressão profunda, permanecendo sem compor por vários anos.

Foi realmente desastrosa a estreia de sua Primeira Sinfonia, op. 13 sob a direção de Alexander Glazunov (1865 – 1936). Na manhã seguinte à estreia, o compositor César Cui (1835 – 1918) escreve: “Se houvesse um conservatório no inferno, Rachmaninoff iria receber o primeiro prêmio por sua Sinfonia, tão diabólicas as discórdias que ele coloca diante de nós”.

“Se houvesse um conservatório no inferno, Rachmaninoff iria receber o primeiro prêmio por sua Sinfonia, tão diabólicas as discórdias que ele coloca diante de nós”, César Cui

Segundo relatos, desolado no primeiro momento, o compositor consegue sair da depressão através da hipnoterapia e psicoterapia ministradas pelo doutor Nikolai Dahl (1860 – 1939). O médico russo era especialista em neurologia, psiquiatria e psicologia.  Dahl era também violista amador, chegando a integrar o naipe de viola na orquestra de estreia do concerto opus 18. Foi para o médico que Sergei Rachmaninoff dedica seu afamado Concerto n. 2.

Composto em 1901, marco de sua cura, o compositor reúne aspectos essenciais de sua arte. Sua música fundamentalmente russa demonstra a influência recebida por seu ídolo de juventude Tchaikovsky (1840 – 1893). Rachmaninoff constrói no concerto n. 2, de forma magistral uma melodia lírica expandida a partir de pequenos motivos.

Segundo Rachmaninoff:

“cada movimento foi construído em torno de um ponto culminante. (…) Tal momento deve realizar-se como o romper da fita de chegada ao fim de uma corrida, deve agir como a libertação do último obstáculo material, vencendo a última barreira entre a verdade e sua formulação”.

Ouviremos o concerto n. 2 opus 18 de Sergei Rachmaninoff   interpretado pelo pianista russo  Evgeny Kissin com a Orquestra filarmônica da Rádio Francesa sob a regência do maestro Myung-Whun Chung.

Observe que este concerto inicia com uma série de acordes intercalados por uma nota grave, oscilando lentamente, lembrando um pendulo. Pode ser uma referencia aos pêndulos utilizados em seções de hipnose. Não podemos afirmar ao certo, mas não deixa de ser uma curiosa coincidência.

Comemoremos os 150 anos de Sergei Rachmaninoff e o seu legado musical.

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