O sistema de gestão financeira das universidades públicas é mesquinho, incapacitante e caótico para quem sente a concorrência com as grandes universidades internacionais
Na política, o Governo está em crise em curto prazo mas sólido no longo prazo. Já a economia está bem no curto prazo mas ainda medíocre nas perspetivas de longo prazo
O pântano tornou-se a forma de governar da maioria absoluta, que nem sabe nem quer sair disto. António Costa, como já se percebeu, é o padrinho do populismo e está orgulhoso do seu papel
Em abril celebraram-se dois dias: um para o ar, outro para o ruído. Falta celebrar o dia da capacidade política para planear a transição das áreas metropolitanas
Portugal está sem Governo há já vários meses. Estamos quase como os belgas, que passam a vida sem Governo
António Costa deverá reagir amanhã aos duros avisos do Presidente da República, mas o Expresso sabe que a crise política deverá ficar - para já - por aqui. Governo tenta desvalorizar ultimato do PR ("já não é novo") e acredita que, tendo sobrevivido a isto, se a economia continuar a dar frutos, não haverá motivos para Marcelo espetar a espada da dissolução tão cedo
O único foco de Costa é fazer o que for preciso para proteger o seu poder. É só isso. Estamos no estado da natureza, não no reino da política
As tropas foram arregimentadas e o bluff que Marcelo faz há meses foi exibido. A elite mediática, que se indignava contra Galamba, embasbacou-se de admiração. Jogada brilhante, disseram. Até parece política a sério. Brilhante é resolver os problemas das pessoas. Isto é a política da bolha em estado puro. Aquela de que Costa se queixa. Aquela que Costa e Marcelo adoram
Falam muito de xadrez, em fazer xeque, mas pouco devem saber de xadrez — fazer xeque, se não for mate, nada significa num jogo, e, de qualquer modo, não é esse (penso eu, que estou desatualizado) o objetivo da política
A influência de um PR não decorre de ser popular; assenta numa legitimidade direta que tem que saber preservar
O ministro das Infra-estruturas é claramente um produto que não dura muito tempo. Estraga-se com facilidade e é necessário substituí-lo periodicamente
Contra os factos arrolados por Costa para não demitir o ministro, Marcelo veio contrapor a “percepção pública” — um Presidente e professor de Direito a defender a justiça popular contra a justiça fundada em factos?
João Galamba pediu para sair do cargo de ministro das Infraestruturas, mas o pedido não foi aceite porque, como tudo o que está relacionado com a TAP, envolvia uma indemnização choruda de centenas de milhares de euros e o pagamento integral do salário até encontrar um novo emprego, condicente com o seu amor aos computadores, como administrador da JP Sá Couto
Quando o ministro ligou para a Judiciária, o SIS já tinha recuperado o computador do ex-adjunto. Operação foi inédita. Ilegal?
Nova moradia tem mais de 800 m2 de construção. Quanto custou? Líder do PSD não diz. E não informou o Tribunal Constitucional sobre o aumento do valor do seu património imobiliário
Na edição desta semana falamos da crise política, destacando as palavras do Presidente da República ao país. Em Economia, os ganhos dos bancos com os juros e o atraso dos estudos do já há muito prometido novo aeroporto de Lisboa. Na Revista E, a aviação do futuro que está “prestes a descolar”. A análise da diretora-adjunta do Expresso Paula Santos
Terceiro relatório médico garante que apesar dos novos tratamentos, estado mental do ex-banqueiro agravou-se significativamente
Foi um discurso de pré-rutura. Marcelo compromete-se a não criar conflitos institucionais, mas chamou quase tudo ao Governo de António Costa e avisou que a parceria que alimentou durante sete anos, chegou ao fim. Agora, são duas unipessoais. Se uma falhar, a outra ataca.
Depois da tensão entre Belém e São Bento, Marcelo confirmou que não dissolve parlamento, mas prometeu ficar “mais atento”. À direita, IL e Chega pediram mais. PSD concordou com a leitura do Presidente. Da esquerda chegaram críticas às duas principais figuras do Estado, mas pediu-se que o foco se recentre nas “respostas aos problemas do país”
Fim da TAP obrigaria portugueses a apanhar os voos importantes em Madrid ou Paris, acredita o ex-presidente da administração da companhia aérea. Criticou a ‘governance’ que encontrou em 2017, mas quando lá esteve sempre se deu bem, tanto com as Finanças como com a tutela das Infraestruturas