A legitimação
Os sobressaltos da adolescência não duram eternamente
Os sobressaltos da adolescência não duram eternamente
Se tudo avança à mesma velocidade, tudo tem igual importância
Entre as principais questões que se perderam na enxurrada de comentários sobre a inteligência artificial está a seguinte: quais são os países que irão beneficiar e quais os que não beneficiarão?
Um nome faz parte da nossa identidade mais profunda. Vale a pena pensar nele antes de entrar na igreja ou na conservatória mais próxima
A heterodoxia é uma situação existencial, mas a ortodoxia é uma essência
A PrEP baseia-se num comprimido que gera uma proteção até 99% contra o VIH. Maravilha. Os heteros estão incluídos?
Um país que tem sobretudo palavras na época que vivemos é um país destinado à terceira divisão internacional
A fidelidade dos subscritores de Certificados de Aforro, apesar de historicamente elevada, não é inquestionável. Vimos o que se estava a passar com os depósitos bancários
Depois das margens das gasolineiras e das margens das empresas de distribuição, estiveram agora as margens dos bancos debaixo de fogo. É assim tão claro que os bancos são um cartel?
O populismo é um conceito de significados múltiplos e contraditórios e a sua única consistência é a forma de atribuição: esclarece mais sobre quem designa do que sobre o seu objeto
Nem parece que os crónicos baixos níveis de poupança e o consequente endividamento externo sejam um dos maiores problemas da economia portuguesa
Não temos de funcionar como porteiros ou fiscais; não há arte certa ou errada, de esquerda ou de direita, católica ou ateia, há só arte ou ficção ou narração
Uma efusiva multidão recebeu Japanese Breakfast no Primavera Sound Porto como se de uma velha amiga se tratasse. Michelle Zauner e comparsas retribuíram o carinho com uma atuação vibrante, debaixo de chuva copiosa e castigadora
Medina optou por retirar aos portugueses a hipótese de se conseguirem proteger um pouco melhor da enorme perda de poder de compra, ao mesmo tempo que lhes dá argumentos para continuarem a gastar
Cristina não exibe o luxo para humilhar. Mostra o milagre aos céticos. Dirigindo-se a 10 mil, revelou que uma imagem de Nossa Senhora lhe apareceu nuns sapatos de sola gasta que custaram o que muitos ganham num mês. Sinal de aprovação divina da riqueza e do esforço a ela associado. É a religião do capitalismo. Sem comunidade, sem superação política ou coletiva. Esforço individual e prémio
Há dez anos éramos um protetorado do FMI. Os turistas e os imigrantes são muito mais um combustível do que um problema
Boaventura não foi o único acusado. Bruno Sena Martins nasceu em 1978
O mundo move-se ao cheiro do dinheiro e nada cheira a dinheiro como o sacrossanto petróleo
A ter de indemnizar alguém pelos anos de terror da troika, quem é que o Estado português deveria indemnizar primeiro: os professores, pelos 6 anos e tal de progressões não contabilizadas, ou os 300 mil desempregados e os emigrados, pelos anos de vida e esperanças roubados?
A banda de Omar Rodríguez-Lopez e Cedric Bixler-Zavala deu o espetáculo musicalmente mais multifacetado do festival do Porto até agora (e, porventura, até ao seu final), com rock progressivo desvairado, ecos cósmicos, free jazz, até soul e algo mais dentro de um caldeirão fervilhante. Uma pequena multidão de aficionados resistiu à chuva insistente e aos escorregões na lama
“Queria agradecer-vos por me fazerem tão feliz”. Com um novo álbum para apresentar, a britânica Arlo Parks subiu ao palco principal do festival portuense munida de canções elegantes e uma simpatia ímpar, agradecendo a resiliência do público, que não arredou pé apesar da chuva
Pedro Nuno Santos foi ao Parlamento, na terça, apresentar o seu novo low profile que passou semanas a trabalhar com um encenador de teatro, um terapeuta da fala e um jogador profissional de póquer que mandou vir de Las Vegas