Na Igreja do Campo Grande, a geopolítica fica à porta: lá dentro, católicos de Taiwan e da China cantam, dançam e esquecem as perseguições
Os católicos chineses sorriem, mas recusam-se a falar com jornalistas, sem nunca quererem explicar o motivo. Já os católicos taiwaneses comunicam e recorrem ao tradutor instalado no telemóvel quando lhes falta o inglês. Os primeiros, mais contidos, vestem t-shirts vermelho-alaranjado; os segundos, mais expansivos, envergam-nas de cores variadas e logótipo comum à sua nacionalidade. A festa da celebração começou (a sério) quando Alu Lin ocupou o altar com as roupas costuradas pela avó, ostentando a pertença aos católicos aborígenes de Taiwan: “É uma forma mais expansiva de demonstrar a fé”, disse a missionária Margareth Lee, que mudou de vida depois de sentir um “chamamento” na Jornada da Juventude de Cracóvia